quinta-feira, 6 de junho de 2013

Não foi por acaso que Marcos Valério concordou com o esvaziamento das acusações contra o fugitivo Lula


Seu recuo não saiu de graça, até porque qualquer nova declaração sua representaria prejuízos milionários ao PT. Resumindo, alguém pagou, e muito, pelo silêncio do caixa do Mensalão.

Rota alterada – Só mesmo um inocente para acreditar que Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado a quarenta anos de prisão no julgamento da Ação Penal 470 (Mensalão do PT), desistiu de revelar o que sabe por causa da recusa das autoridades em conceder a delação premiada.

Operador financeiro do maior escândalo de corrupção da história brasileira, Marcos Valério é um arquivo ambulante e deveria revelar o que sabe, independentemente de qualquer benefício por parte da Justiça. O Brasil precisa se livrar da quadrilha que se instalou no Planalto Central, o que só será possível com a revelação de fatos passíveis de comprovação.

O Mensalão do PT transformou-se em uma espécie de rodoanel de outros tantos casos escabrosos, os quais precisam ser investigados a fundo e seus protagonistas levados ao banco dos réus. Do contrário, o Brasil se perpetuará na história como reduto da impunidade. Na esteira do esquema criminoso montado com a aquiescência do Palácio do Planalto para comprar parlamentares há uma conjunção de crimes, alguns conhecidos.

O primeiro deles é a repatriação dos recursos da cobrança de propinas em Santo André, operação que culminou com a morte do petista Celso Daniel, que foi covardemente assassinado por se contrapor à destinação dada pelo PT ao dinheiro que deveria financiar a campanha do então candidato presidencial Lula. Depositado no exterior, o dinheiro voltou ao Brasil por meio dos empréstimos fictícios que rechearam a epopeia do Mensalão.

Diferentemente do que muitos acreditam, o caixa do Mensalão não foi abastecido apenas com o dinheiro desviado do Banco do Brasil (Visanet) e dos empréstimos bancários. Ao longo dos últimos anos, pouca atenção se deu a determinada declaração do ex-petista Silvio Pereira, o “Silvinho Land Rover”, que afirmou que o objetivo do partido era arrecadar perto de R$ 1 bilhão com o esquema.

Para que isso fosse possível, os palacianos abriram o balcão de negócios e aceitaram doações escusas de empresários que buscavam negócios com o governo. O repasse do dinheiro imundo se deu através de campanhas publicitárias superfaturadas, algumas das quais operacionalizadas pelas agências de Marcos Valério. O que explica o fato de a polícia ter encontrado talões de notas fiscais das empresas queimadas em um terreno de Belo Horizonte... Continuar lendo

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