sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FAZENDAS MAIS ANTIGAS DE BARROCAS _ Alambique

ALAMBIQUE

Na série FAZENDAS MAIS ANTIGAS DE BARROCAS, citaremos aqui mais uma das fazendas mais antigas de Barrocas – Alambique - indicando seus donos primitivos. Claro que não é uma informação exata a rigor; haverá muitas falhas, porém aproximará o mais possível da realidade. Para isso, recorri à memória privilegiada e às informações do barroquense João Gonçalves Pereira Neto e de outras pessoas antigas e conhecidas da região.

Com o passar do tempo, a Fazenda Alambique - que foi de Joaquim de Umbelino, tornou-se um povoado. Localiza-se a três quilômetros de Barrocas; sua principal fonte de renda é o cultivo da mandioca. Sua origem vem desde os portugueses que ali se instalaram ao longo da “estrada real” que passava na localidade ligando o litoral a Vila Nova da Rainha (Senhor do Bonfim).
Na baixada fértil iniciaram um plantio de cana-de-açúcar e instalaram um alambique. Daí o nome da fazenda e, depois, povoado. O senhor Umbelino é citado como um dos moradores mais antigos; foi dono da Fazenda Alto Alegre, que ficava entre o atual Alto Alegre e a Fazenda Alambique. Dizem que Umbelino teve um alambique na localidade, onde fabricava cachaça. No povoado de Alambique a estrada principal ramifica-se em três outras estradas, ligando a sede do município a vários outros povoados e fazendas.
Possui uma quadra de esporte e dois times de futebol: Náutico e Bahia. O Bahia foi fundado em 1990; em 1995, conquistou o título de campeão no Campeonato Regional de Barrocas. (Conf.: http://jornalanossavoz.blogspot.com/ ).

A comunidade católica está construindo uma igreja; os atos religiosos estão sendo celebrados na antiga escola; um grupo de jovens ainda está em formação. A moradora mais antiga da comunidade é a senhora Martiniana Cardoso de Oliveira.

Curiosidade: Uma antiga baraúna é um ponto de referência do povoado. Os moradores mais antigos já encontraram lá e os antepassados faziam referência a ela.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A COMUNICAÇÃO EM BARROCAS

http://jornalanossavoz.blogspot.com/

Barrocas não tinha Agência ou posto dos Correios, mas havia o trem que trazia e levava as correspondências, em um vagão (uma classe) do trem de passageiro destinado para esse fim. As pessoas podiam postar as cartas diretamente no Correio do trem. A estrada de ferro prestava também o serviço de telégrafo para a população. Os jornais chegavam pelo trem. Naquela época costumava-se chamar o jornal de notícia de gazeta. Já existia o jornal “A Tarde”; a mais famosa das revistas era “O Cruzeiro”. Pouca gente comprava jornal e revista, mas iam passando de mão em mão para os que tinham o hábito da leitura.

Fora das noticias que vinha pelo jornal “A Tarde” e pelo “Cruzeiro” ou por outro boletim de notícia de Serrinha, a comunicação dos fatos e acontecimentos era feita de boca em boca. E acontecia o que diz o ditado: “Quem conta um conto, aumenta um ponto”.
Mas, eu quero registrar aqui um jornalzinho de Barrocas que teve significativa importância na luta pela reemancipação de Barrocas. Refiro-me ao “VOZ COMUNITÁRIA”. Ele foi idealizado e criado por José Leonys Pereira Cosme (Leonys Pereira) e mais outras pessoas idealistas, justamente quando se começava a lutar pela reemancipação de Barrocas.
“Devido à grande dificuldade enfrentada por toda comunidade, surgiu a feliz e providencial idéia de se criar um veículo que divulgasse os fatos e colocasse de forma coerente e transparente os desejos e a voz de quem não tinha vez nem voz para se expressar. Eles tiveram o pensamento de criar um informativo de linguagem simples e de fácil compreensão” - conta Leonys. Foi o informativo “Voz Comunitária” que trouxe em destaqueem suas páginas a notícia:

“Somos Independentes! - Barrocas já tem prefeito”!
José Edílson de Lima Ferreira (Edílson da Serraria) estava eleito prefeiro de Barrocas e Joseval Ferreira Mota seu vice-prefeito.




JORNAL@NOSSA VOZ – BARROCAS-BAHIA


Dando continuidade ao processo de comunicação de massa em Barrocas, foi fundado, em cinco de setembro de 2005, o informativo impresso intitulado JORNAL@NSSA VOZ – BARROCAS-BAHIA. Uma criação de Rubenilson Nogueira e vem se mantendo com o apoio de sua equipe:Verônica Mota, Antônio Zacarias, Marcos Tripa, Telma Queiroz, Jailton de Deus, Berlane Nogueira, Wilian, Brito e Rafael, com a assessoria jurídica de Dr. Nerciso Lima.

No início começou com apenas duas páginas e pouco mais que 100 exemplares. Hoje é editado com 10 páginas e 1.000 exemplares. Seus temas são os mais variados: Atualidades, Opinião, Juventude, Esporte, Espaço do Leitor, Figura Popular, Me Contaram, Fala Povo, Perfil, Cidade em Foco. A edição de julho e agosto de 2010 teve um número especial, já comemorando oseu quinto aniversário, na qual lideranças da cidade e cidadãos e cidadãs comuns puderam dar sua opinião a respeito do Jornal.

Na ocasião, Marcos Tripa assim se expressou: “Foram cinco anos de crescimento, e hoje despertamos o prazer da leitura nas diversas pessoas do nosso município, independentemente de partido político, religião, classe social e/ou hierarquia social. Todos têm a possibilidade de se expressar aqui no Jornal@Nossa Voz”.

Clécio Avelino de Queiroz diz: “O Jornal tem uma grande importância no desenvolvimento do comércio que o utiliza como meio de divulgação de suas propagandas”.

José Almir afirma: “O Jornal impresso é um meio de informação de tudo que acontece em nossa cidade e região. O Jornal a Nossa Voz traz informações diversificadas e desperta o interesse pela leitura, levando o leitor a desenvolver seu senso crítico, tornando um cidadão atuante no meio social”.


O BLOG

Outra iniciativa ousada e fefeliz de Rubenilson Nogueira e sua equipe foi a criação blog http://jornalanossavoz.blogspot.com/. Sua primeira matéria postada data do dia 17 de Fevereiro de 2010. Daí para cá esta página vem sendo um sucesso. Pessoas de Barrocas espalhados por várias cidades, estados e países vêm acessando. Com menos de um ano de criada, o número de acessos já ultrapassou os 100.00 (cem mil).

Apesar de suas preferências políticas pessoais dos responsáveis, o Blog procura manter uma posição equilibrada quanto aos comentários e notícias de cunho político. Nos comentários postados relativos às diversas publicações, não faltam as críticas negativas, mas os elogios são muito maiores.

O blog presta um serviço muito importante aos barroquense e amigos de Barrocas que residem longe da sua terra. É um meio de cada um ser bem informado do que se passa no município e região, e de poder expressar suas opiniões.

sábado, 4 de dezembro de 2010

FAZENDA ESPERA - BARROCAS - BAHIA

Escrevendo sobre as fazendas mais antigas de Barrocas, João Neto assim se expressa: “São várias as fazendas mais antigas de Barrocas, mas começo falando da Fazenda Espera, porque ela tem uma importância marcante para a história de Barrocas e de seus primeiros habitantes.
Foto: João Neto e Tiago de Assis autografando o livro "BARROCAS,uma filha da estrada de ferro (22/08/2007).

Ela pertencia ao senhor José Alves Campos. O seu território ia desde a sede da fazenda até o limite com a Fazenda Maçaranduba, que ficava a 300 metros do lado sudoeste da estação da estrada de ferro. A residência do proprietário era localizada onde hoje é o sangradouro do atual açude da cidade, a uma distância de aproximadamente um quilômetro da estação.

O senhor José Alves Campos foi casado com dona Felisberta Maria de Jesus. Ele era filho legitimo de Manoel Alves Campos e dona Ana Maria de Jesus. Ela, filha natural de Marcolina Maria de Jesus.

Dessa união nasceram duas filhas: Guilhermina Maria de Jesus e Jerônima Maria de Jesus.

Guilhermina casou-se no dia 12 de março de 1898 com José Ferreira de Oliveira (Caduda), filho de Ângelo Ferreira Oliveira e Madalena Maria Oliveira. Desse casamento nasceram: Maria Madalena de Jesus (Mariquinha), Santinha, Antônia (Totonha) e José Bonifácio.,br>
Maria Madalena de Jesus (Mariquinha) casou com Sinfrônio Alves de Queiroz.
Santinha casou-se com Fernando, ferroviário, residente em Salgada (Salgadália).
Jerônima Maria de Jesus - filha de José Alves Campos e Felisberta Maria de Jesus - casou-se com Antônio Teles de Oliveira (irmão de Pedro Teles). Dessa união nasceram: José Zeferino, Joaquim, Messias, Miro Teles, Antônia, Felisberta, Balbina, José Teles e Joana.
Com a morte de José Alves Campos, Felisberta Maria de Jesus casou-se com Pedro Teles de Oliveira, irmão de Antônio Teles, natural de Ouriçangas (Ba), filho legítimo de Joaquim Teles e de Balbina. Dessa união de Felisberta e Pedro Teles, nasceu Raimundo Teles de Oliveira, entre outros. Ficando viúvo, Pedro Teles casou-se pela segunda vez com Maria Alves de Lima (Bilia), vindo a falecer com 103 anos, em 08 de agosto de 1961.

Com a morte de José Alves Campos, e Pedro Teles, casando com a viúva, passou a ser dono de uma parte da Fazenda Espera com a sua esposa Felisberta. Antônio Teles, casando com Jerônima, filha de José Alves, passou a ser dono também da outra parte da fazenda. Com o passar do tempo, a fazenda foi dividida entre os herdeiros e muitos já venderam a parte herdada, dando origem a outras pequenas fazendas. Lembrar que o perímetro urbano da cidade de Barrocas também fazia parte da Fazenda Espera”.

O comércio do povoado foi desenvolvendo-se, a população aumentando, casas melhores foram sendo construídas, mas uma capelinha simples, que tinha sido construída para atender celebrar os atos religiosos, já não comportava as pessoas que freqüentavam para ouvir a Palavra de Deus e fazer suas devoções. Situava-se justamente onde foi a delegacia velha, com frente para a estrada de ferro. Precisava-se de um templo mais amplo e confortável.

Igreja antiga de Barrocas e a praça, cujo terreno foi doado á igreja por Pedro Teles e sua esposa.
.

Diante disso, sensibilizados, o senhor Pedro Telles de Oliveira e sua mulher D. Felisberta Maria de Jesus (conhecida também por Alberta) doaram um terreno - com escritura pública datada de 24 de outubro de 1935 - para a construção de uma capela maior que fosse mais adequada a atender os fiéis. O terreno media três tarefas de comprimento por uma de largura, partindo do fundo da estação até onde foi construída a atual igreja.

Algum tempo depois, iniciou-se a construção da igreja. Foi erguida toda de em pedra e cal em regime de mutirão. Foi concluída em março de 1942. O local escolhido para a edificação do novo templo foi o mais apropriado possível, devido à sua localização, na parte mais alta do povoado.

O documento de doação do terreno para a construção da igreja encontra-se no Livro de Notas do Cartório de Imóveis de Serrinha (BA), número 18, folhas, 99 e 100, assinado pelo tabelião Cornélio Paz Cardoso.

domingo, 21 de novembro de 2010

IGREJA CATÓLICA SOBE PARA 2º LUGAR NO RANKING DE INSTITUIÇÕES MAIS CONFIÁVEIS



Uma pesquisa que aponta o Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), feita pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que a Igreja Católica está em 2º lugar no ranking de confiança das instituições. Com 54%, ela fica atrás apenas das Forças Armadas, que têm 66%.
Antes a Igreja ocupava a 7ª posição, com 34%. Houve, portanto, um aumento de 60% no terceiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores.
"A Igreja só perde para as Forças Armadas e ganha de longe do governo federal e, inclusive, das emissoras de TV que normalmente são instituições consideradas confiáveis pela população", disse a professora da Direito GV e coordenadora do ICJ Brasil Luciana Gross Cunha.
O ICJ Brasil foi criado pela Escola de Direito da FGV para verificar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza o poder para a reivindicação de direitos e busca por soluções. Nesta pesquisa o Judiciário aparece em 8º lugar com 33%.
Outras instituições tiveram o seguinte resultado: Grandes Empresas (44%); Emissoras de TV (44%); Governo Federal (41%); Imprensa escrita (41%), Polícia (33%); Congresso Nacional (20%) e os partidos políticos (8%).

(http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/5216-igreja-catolica-sobe-para-2o-lugar-no-ranking-de-instituicoes-mais-confiaveis).

sábado, 13 de novembro de 2010

FALANDO DE POLÍTICA












Fotos: José Edilson de Lima Ferreira e José Almir Araújo Queiroz - Ex-prefeito e atual prefeito de Barrocas.

Lendo “BARROCAS@NOSSA VOZ”, blog que sempre acompanho, encontrei esse título: “Em 2012 o mundo pode até não acabar, mas vai ter terremoto” (http://jornalanossavoz.blogspot.com/). Li com interesse para ficar por dentro do que se passa em minha terrinha. Achei interessante em saber que em Barrocas os cidadãos se interessam pela política local. Isso é bom. Diante disso, tomei a liberdade de fazer alguns comentários sobre a matéria postada pelo meu amigo Rubenilson. Nada de tomar posição partidária ou contestar nada. Apenas expor minha reflexão sobre o que li.

A matéria publicada no blog diz:

“Nos bares, nas barbearias, nas esquinas e nas ruas o assunto mais discutido em Barrocas ainda é a eleição, ou melhor, o resultado dela”.
Neste ponto, o povo de Barrocas está de parabéns. Sinal de que está acompanhando o processo político e se interessa por ele; está exercendo sua cidadania.

“Muita gente que é ligada a Edilson da Serraria não ficou nem um pouco satisfeita com o excelente resultado obtido no pleito pelos candidatos apoiados pelo atual prefeito e até pela oposição”.
Isso é um direito do pessoal ligado a José Edilson de Lima Ferreira. Essas pessoas não estão isoladas; elas fazem parte dos 43.711.388 brasileiros e brasileiros (43,95%) e dos 1.948.584 baianos (29,15%) que não votaram na candidata do Presidente. De nenhum modo sentem-se derrotados. Eles têm uma função importante no governo democrático: Fiscalizar a atuação de quem está no poder e ajudá-lo com seu apoio no que for do interesse do bem comum; e descobrir e denunciar todo tipo de corrupção que possa existir.

“Para não ficarem com gosto da derrota alguns já começam a falar em 2012. O que vai acontecer em 2012? Para estes é como se fosse o ano da revanche”.

Não há derrotados nem se deve pensar em revanche. Deve-se pensar na alternância do poder, dando vez às lideranças que mais se destacarem e merecerem a confiança do eleitor.

“A população barroquense sabe muito bem que grande parte do Grupo Barrocas Livre (lideranças) só apoiou Almir, porque sabia da sua força junto ao povo,... o até então comerciante tinha carisma e popularidade”.
Foi uma feliz e sábia escolha. Eleito, continuou as obras e projetos do prefeito anterior com independência e liberdade, mostrando, desde o inicio, que tem capacidade para dirigir o município; na formação de sua equipe, soube aproveitar quem já tinha dado exemplo de capacidade e competência no serviço público.

“Almir é eleito, toma posse em 2008 e, com poucos meses de governo, já surgiam os primeiros comentário: era o ex criticando aquele que ele mesmo apoiou”.
Nada mais natural. Num regime democrático, toda crítica é bem-vinda. As críticas ajudam a avaliar a administração, quando são feitas com objetividade e lealdade.

“A administração de Almir está longe de ser perfeita e não será. Nenhuma o é, mas pode melhorar”.
A verdade é que “o pesador de açúcar” que nem vereador era escolhido por José Edilson para candidato a prefeito, está aí dando conta do seu recado.
Observação: “Pesador de açúcar”(como o chamaram) é um título que ele deve se orgulhar. Indica que o Almir é um homem do trabalho. E ele começou cedo a trabalhar.

“Agora eu pergunto: É justo comparar dois anos contra oito”?
Claro que pode comparar. Mas comparar dentro das devidas proporções e comparar também as dificuldades enfrentadas por Edilson desde o início do seu primeiro mandato, quando na Prefeitura, “em 2001, não tinha sequer uma cadeira para sentar” – conforme disse ele em entrevista ao CN por ocasião da comemoração dos 10 anos de emancipação de Barrocas.

“O atual prefeito tem muito que mudar, e a maioria das mudanças devem ser feitas justamente nas áreas que continuam controladas por pessoas que, talvez, não queiram ver o melhor para o gestor, ou o melhor para a cidade na gestão dele. Muitos sabem disso, resta imaginar se ele também tem essa percepção, e, se tem, porque permite”.

Está na hora de colaborar com o gestor público apontando o que deve ser mudado e melhorado; indicar os setores que não estão funcionando a contento e dar nomes aos responsáveis; sugerir as mudanças e melhoramentos; partir para o diálogo sincero e honesto.
Quanto a 2012 muita coisa vai acontecer, o mundo não deva acabar, prováveis candidatos podem ser barrados pela lei da Ficha Limpa, outros poderão aumentar a rejeição”.
Em 2012, os eleitores irão dizer nas urnas se aprovaram ou não a presente administração, como disseram quando elegeram o candidato de Edilson em 2008.

Aqui encerro as minhas considerações, como filho da terra – embora morando distante. Como conclusão, deixo a de meu amigo Rubenilson Nogueira:
“Em 2012 o mundo pode acabar, mas eu prefiro acreditar..., pois sonhar é sempre melhor do que se acomodar; falar é melhor do que se omitir. Criticar às vezes é melhor do que 'deixar o circo pegar fogo' principalmente quando há poucos bombeiros para apagar o fogo".
Isso aí: Acreditar no futuro de Barrocas, sonhar, falar com responsabilidade; criticar com objetividade e honestamente, quando preciso; não se omitir. Tudo isso por um motivo: Amor à nossa terra.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIA FORMA PROFESSORES EM BARROCAS

















Realizou-se, no último dia 16 de outubro em Barrocas, a solenidade de colação de grau de uma turma de 130 formandos da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Barrocas – Estudo á Distância - (FTC-EAD), nas áreas de Geografia, História, Letras com Inglês, Biologia, Pedagogia. A maioria dos formandos já trabalhava na cidade como professores ou auxiliares de ensino. A educação em Barrocas está de parabéns, a classe estudantil e os recém-formados também. São mais profissionais da educação com melhor preparo e competência no exercício do magistério.

Transcrevo o que Antônio Zacarias disse na matéria postada no http://jornalanossavoz.blogspot.com/ em 19/10/10:

“Agora podemos contar com mais professores. E isso consequentemente traz benefícios para Barrocas, onde a educação vai melhorar, pois os professores têm conhecimento daquilo que eles ensinam, além de que a população fica mais crítica e atenta com o que acontece, sem esquecer de que o trabalho dos professores fica mais valorizado”.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MAS ou MAIS

REVISANDO O NOSSO FALAR E ESCREVER


Todos nós temos dúvidas ao falar e escrever. Dizemos que nossa língua portuguesa é muito complicada. O descuido com ela vai aumentando e cada dia. Torna se difícil encontrar quem fale ou escreva corretamente. Lembro-me que, quando criança em Barrocas, ouvia sempre os mais velhos dizerem quando cometíamos um erro ao falar: “Isso não se escreve”. E nos corrigiam indicando a forma correta. Usava-se o termo “ bem-falante” para elogiar uma pessoa que falava corretamente. Era um elogio dizer que, por exemplo, o senhor fulano de tal ou o namorado de fulana era bem-falante. Lembrando disso, veio-me a idéia de colocar aqui essa contribuição para os estudantes e para todos que gostam de falar e escrever bem.

1. Quando usar MAIS ou MAS

Se a relação for de adversidade, oposição, é “mas”: “Estudou muito, mas não passou”; “A equipe jogou bem, mas não venceu”; “Programa brasileiro é elogiado, mas o país não pode descuidar”.

Note que “mas” pode ser substituído por “porém”: “Estudou muito, porém não passou”.

Se a relação for de intensidade, quantidade, é “mais”: “Comprou mais sorvete”; “A equipe precisa jogar mais no ataque”; “Ele é a pessoa mais preparada da empresa”.

Note que “mais” pode ser substituído por “menos”: “Comprou menos sorvete”.
Veja: http://www.portuguesnarede.com/2009/02/mas-ou-mais.html

2. Uso de MAS OU MAIS

Usa-se mas para indicar uma idéia contrária, uma oposição (tente trocar por porém).

Usa-se mais para indicar uma idéia de adição, um acréscimo (soma).

Observe:
Eu não gosto de novelas, mas assisto a elas.
De que você mais gosta na televisão?


3. Diferença entre MAIS, MAS e MÁS

Mas é conjunção e significa porém, todavia.
Ex.: O rapaz é culto, mas pouco simpático.
Más é adjetivo e significa ruins.
Ex.: Não devemos andar com más companhias.
Mais pode ser advérbio e quer dizer aumento; pode ser substantivo e quer dizer o restante; pode ser preposição e quer dizer em companhia de.
Ex.: Estuda mais e serás aprovado.
Por hoje é só, o mais fica para amanhã.

Meu tio mais sua filha estão vindo para cá.
Veja: http://idealdicas.com/dica/?gratis.

Aqui fica a minha colaboração. Da próxima vez, tem MAIS.
Dei as dicas, MAS eu também erro às vezes.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BARROCAS - BAHIA


O que é a Lei Orgânica de um município?


A Lei Orgânica do Município é uma lei “que oferece ao município instrumentos legais capazes de enfrentar as grandes transformações que a cidade passa, o que vai proporcionar nova ordem ao desenvolvimento de todo o município”.

A Lei Orgânica é promulgada pela Câmara Municipal. Nela “está contida a base que norteia a vida da sociedade local, na soma comum de esforços visando o bem-estar social, o progresso e o desenvolvimento de um povo”.


A Lei Orgânica Municipal de Barrocas foi elaborada na primeira legislatura da Câmara Municipal de Barrocas, sob a presidência do vereador Luiz dos Santos Queiroz (Pimba de Ziza) e participação dos demais vereadores da época.


Para adaptar essa lei às novas exigências do Município e da sociedade, no ano de 2007, foi promovida uma grande revisão do texto original da Lei Orgânica do Município. Essa revisão foi presidida pelo então Presidente da Câmara Municipal de Barrocas, vereador Miguel Carvalho de Queiroz (Guel) com a participação dos vereadores dessa legislatura, sendo publicada em outubro de 2008.


A Lei Orgânica é dividida em Títulos; cada título é dividido em Capítulo e cada capítulo dividido em Seções.


Os Títulos traçam as linhas gerais da Administração: O Município com sua identidade, competência e divisão administrativa; a Organização do Município; a Organização do Governo Municipal; a Administração Financeira; a Ordem Econômica e Social.


ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL (Título V).


O Título V da Lei Orgânica é importante que o cidadão e a cidadã comuns conheçam para fazer suas reivindicações no momento oportuno. Lá estão contidos os deveres do Município de Barrocas para com a sociedade barroquense, nos campos da: Política Urbana (moradia, saneamento ambiental, transporte, trabalho, lazer etc.); Previdência e Assistência Social, Saúde, Cultura, Educação, Desporto; Assistência à Família, à Criança, ao Adolescente e ao Idoso; ao Meio Ambiente.

Conhecendo a Lei Orgânica de seu município, o cidadão e cidadã poderão ajudar ao Poder Público a servir melhor.


CAPÍTULO IV DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BAROCAS

DA SAÚDE


Art. 153 – Sempre que possível o Município promoverá:


I – Formação de consciência sanitária individual nas primeiras idades, através do ensino primário;


II – Serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União e os Estados;

III – Combate ás moléstias específicas, contagiosas e infectocontagiosas.


IV – Combate ao uso de tóxicos;

V - Serviço de assistência à maternidade e infância;


§ 1º - Compete ao Município complementar, se necessário, a legislação federal e estadual que disponham sobre a regulamentação,fiscalização e controle das ações e serviços de saúde, que se organizam em sistema único, observados os preceitos estabelecidos na Constituição Federal.

§ 2º - O Município aplicará, anualmente, em ações de serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre o produto de arrecadação de impostos a que se refere o artigo 77 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) na Constituição Federal, sobre a participação do município na arrecadação do imposto sobre a renda do FPM (Fundo de Participação dos Município).

Art. 154 – A inspeção médica, nos estabelecimentos de ensino municipal, terá caráter obrigatório.

Parágrafo único – Será efetuado periodicamente nos servidores municipais inspeção médica de caráter obrigatório.

Art. 155 – O Município cuidará do desenvolvimento das áreas urbanas e interurbanas, provendo-as de saneamento e urbanismo, com a assistência da União e Estado, sob condições estabelecidas em lei complementar federal.

***
Conscientize-se dos seus direitos e dos deveres do Município para com a comunidade. Ajude os Poderes Públicos a servir melhor.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

OS CASAMENTOS EM BARROCAS DE ANTIGAMENTE

O ideal de todo rapaz e de toda moça em Barrocas de antigamente,era o casamento. Também a maior alegria dos pais era casar uma filha com um rapaz de boa família, mesmo que fosse de origem humilde. Meninos e meninas eram educados desde pequenos para futuramente serem esposos e esposas, pais e mães. Os meninos seguiam o exemplo dos pais; começavam a ajudar o pai desde cedo: se o pai era comerciante, o filho já começava a ajudá-lo no balcão; se era ferreiro, carpinteiro, funileiro, ajudavam-no em sua tenda enquanto iam aprendendo a profissão. Na roça, cedo começavam a pegar na enxada, na foice, no machado; à medida que iam crescendo, já começavam a plantar sua rocinha de milho, feijão, mandioca, amendoim, fumo; se o pai criava vacas, ovelhas e cabras, o garoto já ia aprendendo a apartar bezerro, tirar leite, cuidar da criação; aprendiam a lidar com os animais de montaria e de carga; onde havia carro de boi, o menino começava como chamador de boi, depois ia aprendendo a carrear; quando o pai lidava com tropas de burros ou de jegues, o filho aprendia esta atividade. Passado o tempo, ficando rapaz, o jovem começava a namorar; começava a se estabelecer numa profissão ou fazia o seu roçado e construía sua casa. Era tempo de pedir ao pai da moça licença para namorar na porta; depois pedia a moça em casamento; ficavam noivos e marcavam já o casamento. Havia o costume entre alguns chefes de família, de o pai do rapaz pedir ao pai da moça a mão da filha em casamento para o filho. Casado, a história ia se repetindo: criar os filhos para serem futuros pais de família.
Procedimento semelhante ocorria com as filhas. Essas tinham a mãe como exemplo. Desde meninas se preparavam para o casamento; olhando o procedimento da mãe, iam aprendendo como ser esposas e mães. Ajudavam a mãe nos afazeres domésticos: cozinhar, lavar roupa, buscar água na fonte, cuidar dos irmãos menores. Quando a mãe estava de resguardo, as filhas tomavam conta da casa, lavavam os cueiros do nenê. Cuidava dos irmãos menores. Desde criança já iam à fonte com a mãe lavar roupa; estendia os panos, molhava-os no quarador, estendia na cerca para enxugar.


Eram cercadas de todos os cuidados e vigilância para que se mantivessem inocentes e puras, para que assim, fossem para o altar receber o noivo como marido. Havia brinquedos de meninas e brinquedos de menino; menina brincava com menina e menino com menino. Os pais tinham o maior cuidado para as filhas não ficarem “faladas”. Moça falada não encontravam namorados sérios nem casamento; ou ficavam pra titia ou “se jogavam na vida” com a excomunhão dos pais; muitas, depois de se perderem, eram expulsas de casa.
Com a mãe as filhas aprendiam todos os deveres de uma esposa e mãe exemplar; os mistérios para se tornarem mães, aprendiam com alguma colega mais ousada que já tinha passado pela experiência ou com alguma vovozinha mais desinibida.
Site de relacionamento - Namoro on line

Mas essa era já passou. Graças à facilidade de comunicação, informação e educação mais abertas, a juventude feminina do interior mais longínquo, já tem outra visão da vida, da sexualidade, do casamento; os rapazes continuam ajudando seus pais, porém, se tornam independentes sempre mais cedo. Quanto ao casar-se ou deixar de casar ou quando devem se casar, rapazes e moças decidem pela própria cabeça, sem ficarem submissos ao desejo e aos caprichos dos pais.

domingo, 10 de outubro de 2010

LAZER E PASSA-TEMPOS NOS PRIMÓRDIOS DE BARROCAS



No início, o lazer das pessoas em Barrocas era muito simples. Mas as pessoas viviam felizes. Após um dia de trabalho e canseiras, famílias, vizinhos, amigos ou parentes se reuniam em frentes de suas casas, à noite, para baterem papo, contar estórias, anedotas, “causos”; faziam adivinhações e repassavam os fuxicos.


Vitrola antiga (gramofone)

Em outras noites, reuniam-se na casa de Pedrinho Pimentel para “apreciar” vitrola (um instrumento musical, com uma manivela que se girava para “dar corda” e poder fazer rodar um enorme disco de vinil de 78 rotações por minuto.



Aparelho de rádio antigo



Depois Pedrinho Pimentel e Joaquim Otaviano adquiriram aparelho de rádio que funcionava por meio de um “acumulador” (bateria de caminhão). Outras pessoas de poder aquisitivo maior foram adquirindo rádios. As baterias tinham que ser recarregadas em Serrinha. Foi aí que Joaquim Otaviano montou um catavendo, acoplando a ele um gerador que recarregava os acumuladores.

Acumulador que fazia os primeiros aparelhos de rádio funcionarem


Os adolescentes se divertiam jogando bola de borracha ou bola feita de meia velha de sapato cheia molambo ; também improvisavam uma bola enchendo de ar uma bexiga de boi conseguida no “curral da matança”; brincavam de cavalo-de-pau ou de trenzinhos formados de latas de sardinhas engatadas umas às outra e um ferro velho de passar como se fosse a locomotiva.

Também se divertiam badogando passarinho e armando arapucas, esparrelas, visgueiras, alçapões e eixos pelas roças e fazendas vizinhas.


Crianças brincando de picula

Nas noites de lua, meninos brincavam de cabana, corriam picula, “chicotinho queimado”, de “carneirinho quer mel”, cabra-cega. As meninas brincavam de roda, de lagarta pintada, anelzinho e outras brincadeiras inocentes. A vigilância das mães era grande sobre as meninas; raramente meninos e meninas brincavam juntos e isso somente entre irmãos e primos.

Primas e priminhos brincando de roda (Saudade!)


Os rapazes organizavam partidas de futebol para disputarem com os times das localidades vizinhas. Em vésperas de jogo de futebol, os galinheiros eram visitados à noite, para providenciar comida para os jogadores de fora e de casa.

Fonte: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro – João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista – 2007.

Parece estarmos falando de uma era longínqua, mas faz pouco mais de 60 anos. Rapidamente, tudo evoluiu. Hoje o lazer é outro e muito variado. A adolescência foge ao controle dos pais; os jovens vivem em outro mundo bem distante dos limites da família, da sua comunidade; ultrapassam fronteiras, navegam pelas ondas da rede mundial de computadores e formam suas comunidade, suas tríbus.

Vovozinha mexendo no computador - E por que não?


E ai dos pais que também não entrarem nessa da juventude. Ficarão para trás e jamais poderão entender e dialogar com seus filhos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

OS RESGUARDOS E OUTROS CUIDADOS COM A SAÚDE

Em Barrocas de antigamente, como era difícil o acesso aos centros de saúde e muito precários os cuidados com a higiene, os resguardos e outros cuidados eram rigorosamente observados para evitar doenças ou recaídas. O resguardo da mulher parida era o mais rigoroso de todos; durava 40 dias. A parida ficava com os ouvidos tapados com algodão e cabeça amarrada. Muito preconceito e crendices giravam em torno da mulher desde quando estava “naqueles dias” até o final do resguardo. Durante esse tempo, muitas comidas eram proibidas, banhos só de folhas cozidas.

Quando uma mulher estava próximo a dar à luz, já ia preparando os capões para comer durante o resguardo; preparava uma bebida com cachaça, mel e folhas aromáticas (a famosa meladinha), para oferecer às amigas e comadres que a vinham visitar. Logo que a criança nascia, soltavam-se foguetes para avisar que a criança tinha nascido e a mãe já tinha “se livrado” (expelido a placenta). Se a criança era homem, soltavam-se três foguetes; se mulher, dois. O umbigo de menino era enterrado no quintal da casa, mas de preferência na porteira de um curral, pois isso daria sorte ao recém-nascido, segundo a crença de algumas pessoas.


Outros cuidados com a saúde


As pessoas tinham muito cuidado em não misturar certos alimentos com outros e frutas com outras “para não fazerem mal”; Os alimentos eram classificados como carregados e não carregados; as frutas como remosas e em não remosas, quentes ou frias.

Também não bebiam água quando chegavam suadas do trabalho ou de viagem; ao tomar um café quente, não saiam ao vento para não se estoporarem; evitavam tomar água em casa dos outros - em viagem (quase sempre a cavalo, jegue ou a pé), preferiam beber água nos tanques numa cuia ou abaixado jogando água na boca com a mão côncava. Se alguém pedisse água em uma casa, a dona jogava o caneco ou copo no borralho e depois lavava areando com cinza; ao levantar da cama, não pisavam no chão frio...
Quem tivesse sarampo, catapora, varicela, “papeira” (caxumba) observava um rigoroso resguardo: banho só depois de um mês, sendo que o primeiro deveria ser de folhas cozidas de alecrim-de-boi e outras.


Fonte: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro – João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista – 2007.

sábado, 2 de outubro de 2010

MEDICINA POPULAR

Nos primeiros tempos de Barrocas, devido à dificuldade de acesso aos centros de saúde, ao médico e aos medicamentos, a população, para curar suas doenças recorria a vários meios: Chás de folhas e raízes de plantas, rezadores, benzedores, garrafeiros e, às vezes, a curadores. Como ajuda na cura e prevenção das doenças, os “resguardos” eram rigorosamente observados. Também usavam remédios de farmácia, mas sem receita médica. Algumas vezes a pessoa ia à farmácia, contava ao dono o que sentia e logo um medicamento era indicado. Aquela pessoa tendo-se dado bem com o remédio ensinava às outras dizendo que tal remédio, para tal doença, era mesmo que um “arrelique”, era tiro e queda.


Os chás de folhas e raízes de plantas

Erva-cidreira: Para gases ,comida que tinha feito mal, empanzinamento, dor


de cabeça.




Capim-santo


Pau de rato: Para mal do estômago e intestino .
Implastro de mastruz (mastruço) para pancadas, hematomas e fratura de ossos.
Orvalho colhido da folha de mandioca pela manhã, para lavar os olhos quando acometidos de dor d'olhos (conjuntivite).



Arruda


Goma de tapioca dissolvida em água para disenteria, diarréia e “desarranjo”.
“Lambedor” - Um xarope feito com folhas de maria-preta, camará, cebola branca, folha de pitanga, raiz de fedegoso e mel. Servia para tosse, catarro no peito e ”difluxo”.
Casca de umburana-de-cambão cozida com leite para doença do peito (bronquite, catarro).
Pó de fumo torrado dissolvido na água para provocar vômito quando algum elemento tóxico era ingerido.
Pó de café para estancar sangue.
Rapé preparado com capas de fumo-de-corda torrado juntamente com folhas de velame e caroço de umburana-de-cheiro para gripe, resfriado, “defloxo” (coriza).
Sumo da rama de melancia, contra cólicas quando a mulher estava de “incômodo”, estava na fase da “lua”.
Chá de sabugueiro - para sarampo; quebra-pedra - para doenças dos rins;
Pau-de-resposta - para impotênci sexual.

Erva-cidreira


Para limpar os dentes usavam-se folhas do juazeiro ou capa de fumo de corda.
Muitas outras folhas eram usadas na medicina popular para as mais diversas doenças, fraquesas, incômodos ou outros males:
Losna, arruda, afavaca, cabelo de milho, malva branca, velame, manjerona, nanjericão, babosa, alecrim do reino, alecrim do taboleiro, espítio-de-lima, fedegoso (caroço e raiz), laranja, (folha e cascado fruto), casca do angico e de umburana, além de muitas outras que só a sabedoria popular conhece.

Garrafeiros



Havia também “os garrafeiros” que preparavam infusões de vários tipos de folhas de plantas e raízes (garrafadas) para muitas doenças e indisposições.
Curandeiros - Não eram muito comum, mas algumas pessoas recorriam a curandeiros e curandeiras, entendidos, rezadores. Como havia poucos na região, corriam para Alagoinhas em busca de cura contra males que, segundo assas pessoas, eram causados por feitiço, “olho grande”, inveja ou por “encosto” de algum espírito ruim.
Fonte: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro – João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista - 2007.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

AS REZADEIRAS E REZADORES

Curandeiro
Relembrando nossa Barrocas desde o início de sua fundação, não podemos esquecer os usos e costumes de nossa gente: o folclore, as crendices e outras manifestações.
Barrocas, como outros povoados perdidos em nosso sertão, sofria com a falta de assistência médica. Sem postos de saúde, sem maternidades, a população se virava como podia. Como não parava de nascer crianças e como as doenças estavam sempre presentes, parteiras e rezadeiras tinham grande influência e prestavam muito serviço á população.
As parteiras gozavam de muita consideração e estima na comunidade: eram elas que “pegavam” as crianças, ajudando-as a virem ao mundo. As rezadeiras ou rezadores e curandeiras ou curadores, benzendo com seus ramos verdes e orações especiais, “curavam” de várias doenças e males. No entender de muitas pessoas, havia doenças que não se curavam com remédios, mas só com “rezas”:
Mau olhado ou quebranto: - Rezavam com três ramos de vassourinha ou qualquer ramo verde. Se os ramos murchassem e a rezadeira começasse a bocejar, era sinal que a criança ou o adulto estava de olhado (o olhado dá mais em criança). Então começava o ritual da reza: enquanto fazia-se o sinal da cruz com os ramos sobre a pessoa, ia dizendo: Filha, (diz o nome), Deus te gerou e Deus te criou. Deus é quem te livra do mau olho que te olhou e do que tá pra te olhar. Com dois te botaram, com três eu te tiro, com o poder de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Amém.
Sintomas do mau olhado: No adulto dá sono, abrição de boca; fica mole. A criança fica com os olhos parados e fundos; fica descorada e mole. “O mau olhado vem da pessoa que tem olho ruim”, diziam. Se alguém achar uma criança muito bonita, esperta, deve dizer pra não botar olhado: “Benza-te Deus”.
Espinhela caída ou peito aberto - Primeiro ato era verificar com um cordão se a espinhela estava caída: Esticava o cordão de um dedo polegar da mão esquerda até o polegar da mão direita; dobrava-se o cordão ao meio e media-se o tórax do paciente. Se as pontas dos cordões ultrapassassem, o paciente não tinha espinhela caída. Se ficasse um espaço ente as duas pontas, o sujeito estava mesmo com a espinhela caída ou com o peito aberto. Começava o ritual: Amarrava-se um pano branco no tórax da pessoa e começava o ritual da reza, dizendo estas palavras: Deus quando andou no mundo em sua barquinha sem virar, levantando “arca”, espinhela, “vento caído”. Arca, vento caído, procura seu lugar, pelos poderes de Deus.
Sintomas da espinhela caída: dor nas costas, na boca do estômago e nas pernas e cansaço.

Dor de cabeça, enxaqueca (“Sol e sereno”): Colocava-se uma toalha branca dobrada sobre a cabeça do doente, uma garrafa branca cheia de água era emborcada sobre a toalha. Se subissem bolhinhas de água dentro da garrafa, era sinal de que a pessoa estaria de “sol e sereno”. Começava a reza em silêncio.
Erisipela (izipa ou mal de monte ) Na opinião das rezadeiras, a erisipela “vem de qualquer machucadura que inflamou, ficou vermelha, inchou e doi muito; a pessoa sente febre no local”. Cura-se na rezadeira. Oração para curá-la: Erisipela deu em Roma, de Roma deu aqui; daqui ela deu no “tutano”, deu na carne, da carne deu na pele, da pele deu em Roma, de Roma deu na cruz do meu Senhor Jesus, da cruz foi pro mar com os poderes de Deus e da Virgem Maria, pra nunca mais voltar”.
As rezadeiras e os rezadores sabiam uma infinidade de rezas para vários fins:
Para curar de cobreiro, de fogo-selvagem, “engasgação”, contra mordidura de cobras, para afastar as cobras do caminho ao andar pelo mato, para tirar cisco do olho, para amançar um boi ou um burro bravos, achar uma rês perdida, para curar bicheira dos animais, para estancar sangue, para afastar chuvas fortes, tovões e tempestades e tantas outras.

O “Responso” de Santo Antônio
Ao perderem um objeto, ao desaparecimento de algum animal, as pessoas corriam aos rezadores do Responsório de Santo Antônio (responso) para encontrar o objeto ou aminal desaparecido. Rezava-se e ficava-se esperando a resposta do resador, que prometia sonhor desvendando onde achar o perdido.
Os tempos passaram. O acesso à escola ficou mais fácil. Estamos da era da informação na escola, pelo rádio, pela TV e pela internet. Estamos numa época em que tudo evolui, mas acredito que informática, infelizmente as crendices estão soltas por aí, como também a ignorância religiosa, não obstante o proliferar das igrejas.
Respeitando as manifestações folclóricas, populares, o formador de opinião tem uma tarefa bem importante pela frente: manter as pessoas bem informadas, apontar caminhos do saber, despertar o senso crítico e o compromisso na busca da verdade e o direito á cidadania.

sábado, 11 de setembro de 2010

PREFEITURA E PARÓQUIA RESOLVEM PROBLEMA PENDENTE

Espaço reservado para a feira livre de Barrocas
Desde a gestão do senhor Aluízio Carneiro da Silva, como prefeito municipal de Serrinha, havia um problema mal resolvido de um terreno da Paróquia, ocupado com a feira livre de Barrocas. Apesar de o então Prefeito ter solicitado o aforamento do terreno para realizar a feira livre naquele local e construir um mercado municipal e tendo sido feito um acordo entre o prefeito e o Pároco, o problema continuou sem solução porque o acordo não foi cumprido pela Prefeitura municipal de Serrinha.
Barrocas tendo sido emancipada politicamente e tendo-se criado a Paróquia de são João Batista de Barrocas, as autoridades civil e religiosa tentaram solucionar para sempre o problema.
O Poder municipal criou instrumentos legais capazes de resolver o problema pendente do terreno de propriedade da Paróquia e utilizado pela Prefeitura, inclusive construindo imóveis.
Pela Lei Municipal nº 036/2002, o Poder Executivo Municipal é autorizado a celebrar Convênio com a Paróquia de São João Batista de Barrocas, visando o fornecimento de materiais de construção para reforma e ampliação da Igreja Matriz da cidade. Os materiais de construção indicado no artigo da Lei, deveriam ser fornecidos pelo Município à Paróquia, dentro do cronograma das necessidades e não poderiam exceder o valor global de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) incluídos os encargos decorrentes da aquisição.

Esse convênio foi devidamente assinado pela Prefeitura Municipal no dia três de abril de 2002, representada pelo então prefeito José Edilson de Lima Ferreira e pela Paróquia de São João Batista de Barrocas, representada pelo seu pároco Pe. Lorenzo Palácios Morale.
Assim ficou solucionado para sempre o problema que estava pendente havia tantos anos.

Conf.: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro de João Gonçaalve Pereira Nete e Tiago de Assis Batista - 2007.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

JOSÉ EDILSON É CONFIRMADO NO CARGO DE PREFEITO EM 2004

José Edilson - prefeito reeleito de Barrocas - Bahia (2004).


Joseval Ferreira Mota - vice-prefeito.

Nas eleições do dia três de outubro de 2004, o povo de Barrocas confirma no cargo de prefeito municipal José Edílson de Lima Ferreira e seu vice Joseval Ferreira Mota por mais quatro anos.

Foram eleitos vereadores:

Gerson de Queiroz Ferreira (reeleito),
Gilberto de Queiroz Brito (reeleito),
João Luiz Damião (reeleito),
Jailton Avelino de Queiroz,
José Queiroz da Silva (reeleito),
José Renivaldo de Oliveira,
Justiniano de Jesus Mota (reeleito),
Maria Lucenir Mota Oliveira
Miguel Carvalho de Queiroz.


REALIZAÇÕES DE JOSÉ EDILSON NO SEGUNDO MANDATO (2005-2008)


• Compra da estação ferroviária e restauração, transformando em Centro de Informática;
• Construção do Centro de abastecimento I e II;
• Construção das praças Jardim da Saudade e Miguel Carneiro;
• Duplicação da saída para Bandarrinha;
• Construção do Banco Postal;
• Ajuda na reforma do Clube Selão;
• Construção de dois jardins em Santa Rosa;
• Construção de uma praça e uma escola na comunidade de Rosário;
• Fundação do Conjunto Habitacional Alto do Ipê;
• Construção da Caixa d'água da EMBASA;
• Construção de quadra de esporte no Brasileiro e na Lagoa da Cruz;
• Casas de Farinha elétrica em Lagoa da Cruz;
• Construção de açudes em Curralinho, Riacho Grande e Lagoa dos Umbus;
• Construção de Barragem em Zequinha de Daniel, Empoeira e outras;
• Pavimentação de ruas em Lagoa da Cruz, Minação e Ladeira;
• Construção da Escola do Segundo Grau Plínio Carneiro – em parceria com o Governo do Estado.
Outras realizações que não foram mencionadas aqui, estão na mente das pessoas beneficiadas nas comunidades.


domingo, 22 de agosto de 2010

SEGUNDO PREFEITO DE BARROCAS


José Edilson de Lima Ferreira - prefeito (2001-2004).


Joseval Ferreira Mota - vice-prefeito


No pleito eleitoral do dia primeiro de outubro de 2000, foi eleito Prefeito de Barrocas José Edílson de Lima Ferreira, tendo como vice Joseval Ferreira Mota - que teve de renunciar o cargo de vereador de Serrinha.

Foram eleitos para a Câmara de Vereadores:

Abelardo dos Santos Oliveira,
Gerson de Queiroz Ferreira,
Gilberto de Queiroz Brito (Betão),
João Luiz Damião,
Joseilton Avelino de Queiroz,
José Eides Avelino de Queiroz,
Joaquim João de Oliveira,
Justiniano de Jesus Mota e
Luiz dos Santos Queiroz (Pimba).




Com o falecimento de Abelardo dos Santos Oliveira antes de terminar o mandato, foi empossado o suplente José Queiroz da Silva.

A posse ocorreu no dia primeiro de janeiro de 2001.

sábado, 14 de agosto de 2010

BARROCAS LIVRE

Anulada a emancipação e voltando à condição de distrito de Serrinha, Barrocas viveu um período de 13 anos de estagnação. Nesse período, foram representantes do Distrito de Barrocas na Câmara Municipal de Serrinha os seguintes vereadores: Roque Avelino de Queiroz, Joseval Ferreira Mota (substituindo Eronilton de Oliveira por ter falecido).
Houve um plebiscito em que os eleitores foram convocados a opinar sobre a recriação do Município. A maioria aprovou a idéia e Barrocas continuou na luta pela a emancipação, até que reconquista a categoria de Município que havia perdido.
No dia 30 de março de 2000 foi aprovada, por unanimidade, a Lei Estadual nº 7.620 e sancionada pelo Governo do Estado, recriando o Município de Barrocas. Esta vitória foi alcançada graças aos esforços dos políticos do “Grupo Barrocas Livre” e a participação decisiva do Deputado Estadual Vespasiano Santos e com o mérito do Senador Antônio Carlos Magalhães.

SEGUNDO PREFEITO DE BARROCAS



No pleito eleitoral do dia primeiro de outubro de 2000, foi eleito Prefeito de Barrocas José Edílson de Lima Ferreira, tendo como vice Joseval Ferreira Mota - que teve de renunciar o cargo de vereador de Serrinha.


Foram eleitos para a Câmara de Vereadores:


Abelardo dos Santos Oliveira,
Gerson de Queiroz Ferreira,
Gilberto de Queiroz Brito (Betão),
João Luiz Damião,
Joseilton Avelino de Queiroz,
José Eides Avelino de Queiroz,
Joaquim João de Oliveira,
Justiniano de Jesus Mota e
Luiz dos Santos Queiroz (Pimba).


Com o falecimento de Abelardo dos Santos Oliveira antes de terminar o mandato, foi empossado o suplente José Queiroz da Silva.
A posse ocorreu no dia primeiro de janeiro de 2001.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

BARROCAS VOLTA À CONDIÇÃO DE DISTRITO DE SERRINHA (31 de dezembro de 1988).


A emancipação de Barrocas contrariou os interesses dos Municípios de Serrinha, Teofilândia e Araci. Diante disso, por intermédio de cinco eleitores, influenciados por políticos da região, foi pedida, em 31 de dezembro de 1988 uma representação alegando inconstitucionalidade da Lei Estadual que emancipou Barrocas. A representação tinha o seguinte teor:
“Ezequiel Araújo Ferreira Filho, Diógenes Araújo Ferreira, Antônio da Silva Barreto, Josefa Rodrigues do Nascimento e Silvinha Bispo de Miranda, títulos de eleitor nºs 39513, 17506, 21680, 9616 e 39458, respectivamente, vêm no prazo legal, solicitar a V. Excia, que se digne oferecer Representação por inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 4.444 de 09 de maio de 1985 que criara o município de Barrocas, neste Estado da Bahia...”. (Conf. Processo).
Julgada e deferida a solicitação de anulação, Barrocas voltou a condição de Distrito de Serrinha, após ter funcionado legalmente como município, com todos os direitos e deveres que lhe competiam, da data de sua emancipação até 31 de dezembro de 1988.

SOLIDARIEDADE DOS AMIGOS DE BARROCAS

Diante de tamanha injustiça e barbaridade que foi a impugnação da emancipação de Barrocas, os seus amigos - políticos partidários ou não - jamais perderam a esperança de rever Barrocas independente e se mantiveram solidários. Vejamos os depoimentos de alguns entre tantos amigos de barrocas:

Salvador, 20 de dezembro de 1991

Prezado senhor, amigos e conterrâneos:

Sempre venho acompanhando os acontecimentos que por aí se dão. Fiquei bastante chocado com as atitudes incoerentes dos nossos vizinhos (Serrinha, Teofilândia e Aracy), em tirar a independência de nossa cidade, para conseguirem “roubar” em plena luz do dia o que sempre foi nosso e espero que em breve volte a nossas mãos.
É mais que necessário que todos se unam nessa luta. É preciso encarar de frente e de imediato. Chega de humilhação e pouco caso. Vamos dar as mãos numa corrente forte, e se preciso entrar com uma ação na justiça para reaver o que a nós pertence de fato e de direito. Não vai ser fácil. Se conseguirmos outra vez a independência política e desvinculação de Serrinha, passaríamos a ter o total comando sobre a Fazenda Brasileiro que faz parte do nosso município. Aí Serrinha, Teofilândia e Aracy cassariam outra vez o nosso título e colocar-nos-iam outra vez aos seus pés, que estão bastantes sujos e voltaríamos ao que estamos hoje.
Está bem evidente que é preciso levar até a Justiça esta polêmica, pois ambos vão tentar por todos os meios inviabilizar essa nossa reconquista.
Temos que nos unir. Não só o povo em geral, como também os políticos, todos. Não importa a legenda. O momento é de união e não de divisão. Após resolver a questão da desvinculação, então se organizam em partidos para disputar as eleições.
No momento todos os moradores sofrem as conseqüências na pele. No entanto, apesar de toda a situação complexa, tem alguns que não foram prejudicados. Isso porque creio que continuam exercendo a função de vereadores e recebendo todo mês a sua parcela que é simplesmente a parte de negligência e falta de respeito para com todos os moradores sofridos, dos campos de sisal, maus pagos e cheios de desesperanças no meio do sol ardente como também daqueles que se retiraram para ganhar o pão noutro local, porque a oferta de emprego não existe; Isso porque as vagas que surgem são restritas aos entes queridos... São poucos inteligentes, só olham o próprio bem-estar. Não sabem estes, que se a cidade cresce, desenvolve, todos ganham com isso, inclusive eles. Falta então, consciência política. Para nós falta tomarmos consciência de tudo, e unirmos as forças, regaçar as mangas e partir para as conquistas. Não vamos deixar que as três façam o que bem entendem.
Estamos distantes, mas não alheios aos acontecimentos. Vamos reconquistar nossa autonomia e desenvolvimento dessa nossa cidade, que apesar do que aconteceu, continua viva e capaz de reconquistar seu lugar. Temos forças e apoios, condição etc. Só resta formarmos uma corrente forte e buscarmos o que a nós pertence.
Só não entendo porque até agora não se manifestaram as atitudes das três cidades?
Sr. João, mesmo distantes, todos nós torcemos por isso. Gostaria de dar minha parcela de contribuição. Mesmo que seja com simples idéias e atitudes para obtenção do nosso intuito.

Abraços para todos.
FELIZ NATAL
Leonys Pereira



DE JOÃO OLEGÁRIO PARA LEONYS:

Barrocas 31 de dezembro de 1991.
Meu caro jovem Leonys,
Um abraço
É com muita satisfação que acuso o recebimento de sua carta que considero mais como uma mensagem datada de 20 -12-91. Você sabe da luta que venho enfrentando há muito tempo por nossa Barrocas. Agora mesmo, diante de um silêncio total de Serrinha e de grande parte dos barroquenses, principalmente de nossos adversários, venho enfrentando praticamente só uma luta tremenda e quase sem proveito. É como se remar contra a maré. Tanto que já estamos no fim da jornada e as esperanças são poucas, de salvar nossa terra, pelo menos desta vez, e mesmo assim não vou parar principalmente depois de ter recebido sua comovente mensagem e ter certeza que não estou só e que conto com jovens como você que mesmo estando fora daqui está dando provas através de sua correspondência que não se esqueceu de nossa Barrocas. Isto é muito importante e nos dar mais estímulo e coragem para, apesar dos meus 71 anos completos, não parar de lutar pela recuperação da independência e o progresso de nossa terra. Tenho certeza que você está acompanhando de perto e assim sendo estar vendo que a esta altura já estamos quase sem esperança mais enquanto faltar um só minuto eu estarei atuando para ver nossa terra independente. Já lhe incluir na relação dos autênticos Barroquenses e de um dos meus aliados em defesa de Barrocas e tenho certeza que juntos chegaremos lá.
Caso seja confirmado o plebiscito espero contar com sua presença para nos ajudar. Estou próximo ir até Salvador. Se for, farei o possível de chegar até você. Quando vier a Barrocas apareça em nosso sítio. Desejo-lhe um Ano Novo feliz extensivo aos nossos conterrâneos que estiverem próximos de vocês, especialmente o jovem que trouxe a correspondência.
Do amigo
João Olegário de Queiroz

domingo, 1 de agosto de 2010

BARROCAS FORMAVA TELEGRAFISTAS DA V.F.F.L.B.

A estrada de ferro, passando por Barrocas, trouxe também sua colaboração na formação de vários jovens. Com permissão do Inspetor Regional da VFFLB, jovens podiam praticar telégrafo na estação.
O praticante aprendia a reconhecer o Código Morse. Este código usa combinações de pontos e de linhas para representar o alfabeto, algarismos e sinais de pontuação. O futuro telegrafista teria que aprender a transmitir esse código através de um aparelho chamado de manipulador”; devia saber entender o código gravado numa fita onde as mensagens eram transcritas e mais ainda: saber “pegar de ouvido” a mensagem. Era sonho de muitos jovens tornarem-se um telegrafista. Era um caminho certo para se tornar um agente de estação e outras promoções na rede ferroviária. De
Barrocas saíram muitos telegrafistas e alguns se tornaram agentes de estação. Entre eles são lembrados: João Neto, Dudu, Antônio Pinheiro, Dãozinho de Pedro Avelino; também outros praticantes que seguiram carreiras diferentes como os filhos do agente Américo de Faro Teles: Joel e Tonhinho e alguns mais.
O jovem que não tinha escolaridade e aptidões para ser um telegrafista, não perdia a esperança de ser um ferroviário, um empregado do governo com salário garantido. Vários deixaram a enxada, a tropa de burro, o carro de boi e se tornaram garimpeiros, guarda-chaves, guarda freios, guarda-fios da ferrovia. Era também sonho dos pais, casarem suas filhas com um “empregado da estrada”. O ferroviário que chegasse solteiro em Barrocas, em pouco tempo estava casado, tendo o privilégio de escolher a moça mais bonita.

CÓDIGO MORSE USADO PELA ESTRADA DE FERRO
PARA TRANSMITIR MENSAGENS:









sexta-feira, 30 de julho de 2010

BARROCAS E A TELECOMUNICAÇÃO




Aparelho de telégrafo
Aparelho de telefone antigo

A ferrovia trouxe o telégrafo para Barrocas, o meio de comunicação mais moderno e rápido da época. Com ele os barroquenses começam a comunicar-se com todo o país. Pessoas de toda a região e dos povoados vizinhos vinham à estação de Barrocas para passar telegramas de transações comerciais, notícias familiares alegres ou tristes, como o falecimento de um ente querido ou o nascimento de uma criança.
Os telegrafistas da estação eram pessoas de destaque no povoado, não só porque sabiam transmitir mensagens em código Morse e decifrá-la, como pelo salário que recebiam. A pessoa dessa geração lembra-se de telegrafistas como Lourival Nunes Medeiro (Dudu) e Antônio Pinheiro. Os rapazes telegrafistas solteiros eram disputados pelas donzelas de Barrocas. Só o senhor Sinfrônio deu em casamento duas filhas a dois telegrafistas: Dudu e a João Gonçalves Pereira Neto.
A TELEBAIA chegou a Barrocas durante a gestão do prefeito João Olegário de Queiroz. Ele mesmo fez a doação de um terreno à companhia para a edificação da torre. Assim, o serviço telefônico pode chegar a Barrocas, possibilitando aos barroquenses se comunicarem com todo o país e com o mundo.
Agora, os barroquenses trazem o mundo para dentro de seus lares através da televisão. Muitas pessoas já têm acesso à internet e esse número vai sempre aumentando.

sábado, 17 de julho de 2010

BARROCAS EMANCIPADA

João Olegário de Queiroz - primeiror prefeito municipal de Barrocas - Bahia

Com o desenvolvimento de Barrocas, seu filhos e moradores acharam justo que o distrito passasse à condição de cidade, emancipando-se de Serrinha. Como distrito, toda a arrecadação de Barrocas ia para os cofres do Município de Serrinha sem ter o devido retorno. Foi então que surgiu um movimento em prol da emancipação de Barrocas encabeçado pelas lideranças políticas locais.
Finalmente, depois de tantos esforços de sua gente, em força da Lei Estadual nº 4.444 de nove de maio de 1985, Barrocas foi emancipada. Em 15 de novembro do mesmo ano, foi eleito Prefeito Municipal da nova cidade o senhor João Olegário de Queiroz, tendo como seu vice o senhor Josemir Araújo Lopes. Os eleitos tomaram posse cobertos por uma liminar, pois a criação do município estava sub judice, em virtude de um processo que corria na Justiça Federal em Brasília, contra a emancipação.
A solenidade da posse aconteceu no dia primeiro de janeiro de 1986 presidida pelo Meritíssimo Juiz Dr. Emílio Salomão Pinto Resedá, que estava substituindo o titular da Comarca de Serrinha. A Câmara Municipal estava constituída dos seguintes vereadores: Miguel Carvalho de Queiroz, Moacyr Carvalho de Queiroz, Luiz dos Santos Queiroz (Pimba), João de Mata Queiroz (Joanísio), José Nário de Queiroz (Genaro), João Batista de Queiroz, Abílio Cardoso de Oliveira, Joseval Ferreira Mota e Justiniano de Jesus Mota.


ATUAÇÃO DO NOVO PREFEITO

A primeira providência tomada como prefeito de Barrocas foi à instalação da prefeitura na Rua José Maximiniano da Mota, com móveis adquiridos com o então governador João Durval Carneiro. Em seguida, conseguiu instalar de rede elétrica de Paulo Afonso em Barrocas e nas localidades de Alambique, Rosário, Lagoa da Cruz; construir de prédios escolares nas comunidades de Lagoa do Velho, Fazenda Coalhada, Periquito, Lagoa da Cruz, Alambique, Ipoeira, Nova Brasília, Ouricuri, São Miguel (Colégio Albino Junqueira); assumiu a administração da Maternidade Fernando Lima Queiroz, recuperando a sala de parto com a colocação do forro; construiu o antigo Posto Médico de Barrocas à Rua Maria das Dores e um pequeno Posto Médico na localidade Lagoa da Cruz; comprou uma ambulância com verba adquirida do Governo Federal.
João Olegário continuou o calçamento iniciado e interrompido pelos prefeitos anteriores de Serrinha. Pavimentou a Rua Padre Demócrito até a casa residencial de Laerte, subindo para o lado Sul até encontrar a rua Maria das Dores; colocou naquela rua o nome de Décio Teixeira (um telegrafista de Serrinha). E assim foi concluindo o serviço de pavimentação das outras ruas. Por intermédio do então Governador Dr. Antônio Carlos Magalhães, foi construído o antigo Posto Médico de Barrocas situado à Rua Maria das Dores.
Mas não foi só isso, João Olegário deu continuidade aos projetos apoiados pelo FUNDEC e iniciados antes da criação do novo município de Barrocas:
Construção do matadouro: balança de pesagem para gado vivo, outra para o açougue;
Projeto para abastecimento de água da cidade - Apesar de estar pronto só foi inaugurado após o mandato do Prefeito João Olegário; 
Construção e equipamento da Maternidade Fernando Lima de Queiroz - na gestão de João Olegário, foi feito alguns melhoramentos, como forro na sala de parto etc;
Casas de farinha de Minação e Barrocas Foram equipadas com: forno elétrico, prensa manual, triturador de farinha, ralador elétrico e cocho azulejado. A casa de farinha da Minação encontra-se em funcionamento;
Ampliação do Ginásio JúlioVeríssimo;
• Construção da Praça São João - Foi construída em terrenos da Igreja através de um acordo feito com o padre Lucas, com a promessa de que a Igreja seria contemplada com outra área doada, para construção de uma casa e instalação de uma Congregação de Freiras - o que não aconteceu;
• Iniciou a construção da quadra poliesportiva;
• Construção de duas salas, uma área livre e cantina.
• Apoio ao artesanato, corte e costura: Foram compradas cinco máquinas, mesas, cavaletes e peças de tecidos, vindo a funcionar até a diretoria seguinte.
• Foi comprado um serviço de altofalante que funcionou por muito tempo;
• Posto avançado do Banco do Brasil, conseguido por intermédio do FUNDEC que começou atender ao público em 1985, no prédio onde funcionava a Prefeitura; posteriormente mudou-se para o prédio do Posto Telefônico, onde antes foi instalado o motor da luz .
Todo o benéfico vindo do FUNDEC foi por intermédio da Associação do Desenvolvimento Comunitário de Barrocas, segundo depoimento do senhor Joseval Ferreira Mota, primeiro Presidente da referida Associação.

domingo, 11 de julho de 2010

BARROCAS BENEFICIADA PELO FUNDEC




As fotos mostram a Praça São João Batista antes e depois antes e depois da reforma.
O FUNDEC (Fundo de Desenvolvimento das Cidades) é um órgão criado para financiar o desenvolvimento das cidades. Através dele, o barroquense Fernando Lima de Queiroz, funcionário do Banco do Brasil, achou por bem trazer dez projetos para o Município:

  • Construção da antiga Praça da Matriz;
  • Matadouro público;
  • Maternidade;
  • Praça de esporte;
  • Um trator agrícola (besouro) com os equipamentos necessários para lavoura;
  • Uma casa de farinha semi-industrial instalada na localidade de Minação e outra em Barrocas;
  • Projeto para o abastecimento de água da cidade;
  • Construção e aquisição de equipamentos para a Maternidade Fernando Lima de Queiroz;
  • Mobiliário para 14 escolas rurais;
  • Ampliação do Ginásio Júlio Veríssimo, apoio ao artesanato, corte e costura.


Como condição para que esses projetos fossem levados a efeito, vindo a beneficiar o Município, foi exigido a criação de uma sociedade de desenvolvimento da cidade. Em 16 de abril de 1984,criou-se Associação do Desenvolvimento Comunitário de Barrocas. A primeira diretoria foi composta por:

  • Joseval Ferreira Mota - Presidente;
  • Antônio Carlos de Oliveira Queiroz - vice presidente
  • Raymundo Luiz de Queiroz - Secretário;
  • José Alves de Queiroz Neto - Tesoureiro.


Todo o benéfico vindo do FUNDEC foi por intermédio dessa Associação, segundo depoimento do senhor Joseval Ferreira Mota, primeiro Presidente da referida Associação.
Assim sendo, fazemos menção honrosa a ele, dado o seu interesse pelo o progresso da cidade.

Um Posto Avançado do Banco do Brasil, conseguido por intermédio do FUNDEC, começou atender ao público em 1985, no prédio onde funcionava a Prefeitura; posteriormente mudou-se para o prédio do Posto Telefônico, onde antes foi instalado o motor da luz .

Até o ano de 1985, a Prefeitura Municipal de Serrinha manteve em andamento os projetos iniciados e mantidos pelo FUNDEC.
Com a criação do Município de Barrocas, o novo prefeito, João Olegário de Queiroz, deu continuidade aos trabalhos.