domingo, 1 de agosto de 2010

BARROCAS FORMAVA TELEGRAFISTAS DA V.F.F.L.B.

A estrada de ferro, passando por Barrocas, trouxe também sua colaboração na formação de vários jovens. Com permissão do Inspetor Regional da VFFLB, jovens podiam praticar telégrafo na estação.
O praticante aprendia a reconhecer o Código Morse. Este código usa combinações de pontos e de linhas para representar o alfabeto, algarismos e sinais de pontuação. O futuro telegrafista teria que aprender a transmitir esse código através de um aparelho chamado de manipulador”; devia saber entender o código gravado numa fita onde as mensagens eram transcritas e mais ainda: saber “pegar de ouvido” a mensagem. Era sonho de muitos jovens tornarem-se um telegrafista. Era um caminho certo para se tornar um agente de estação e outras promoções na rede ferroviária. De
Barrocas saíram muitos telegrafistas e alguns se tornaram agentes de estação. Entre eles são lembrados: João Neto, Dudu, Antônio Pinheiro, Dãozinho de Pedro Avelino; também outros praticantes que seguiram carreiras diferentes como os filhos do agente Américo de Faro Teles: Joel e Tonhinho e alguns mais.
O jovem que não tinha escolaridade e aptidões para ser um telegrafista, não perdia a esperança de ser um ferroviário, um empregado do governo com salário garantido. Vários deixaram a enxada, a tropa de burro, o carro de boi e se tornaram garimpeiros, guarda-chaves, guarda freios, guarda-fios da ferrovia. Era também sonho dos pais, casarem suas filhas com um “empregado da estrada”. O ferroviário que chegasse solteiro em Barrocas, em pouco tempo estava casado, tendo o privilégio de escolher a moça mais bonita.

CÓDIGO MORSE USADO PELA ESTRADA DE FERRO
PARA TRANSMITIR MENSAGENS:









2 comentários:

  1. Gostei da reportagem sobre os meios de comunicaçãoes daquele tempo ,a onde veio trazer lembraças na minha mente ,a onde eu corriam para ver o trem passar ,e ao mesmo tempo me recordo do barulho desses meio de comunicações,lembro me bons tempo de crianças ,abraços da conterrania Siderlandia.

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  2. É verdade, inclusive o meu pai foi um dos aprendizes e trabalhou 35 anos na RFFSA. Bons tempos!!!!!!!!!

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