terça-feira, 26 de outubro de 2010

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIA FORMA PROFESSORES EM BARROCAS

















Realizou-se, no último dia 16 de outubro em Barrocas, a solenidade de colação de grau de uma turma de 130 formandos da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Barrocas – Estudo á Distância - (FTC-EAD), nas áreas de Geografia, História, Letras com Inglês, Biologia, Pedagogia. A maioria dos formandos já trabalhava na cidade como professores ou auxiliares de ensino. A educação em Barrocas está de parabéns, a classe estudantil e os recém-formados também. São mais profissionais da educação com melhor preparo e competência no exercício do magistério.

Transcrevo o que Antônio Zacarias disse na matéria postada no http://jornalanossavoz.blogspot.com/ em 19/10/10:

“Agora podemos contar com mais professores. E isso consequentemente traz benefícios para Barrocas, onde a educação vai melhorar, pois os professores têm conhecimento daquilo que eles ensinam, além de que a população fica mais crítica e atenta com o que acontece, sem esquecer de que o trabalho dos professores fica mais valorizado”.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MAS ou MAIS

REVISANDO O NOSSO FALAR E ESCREVER


Todos nós temos dúvidas ao falar e escrever. Dizemos que nossa língua portuguesa é muito complicada. O descuido com ela vai aumentando e cada dia. Torna se difícil encontrar quem fale ou escreva corretamente. Lembro-me que, quando criança em Barrocas, ouvia sempre os mais velhos dizerem quando cometíamos um erro ao falar: “Isso não se escreve”. E nos corrigiam indicando a forma correta. Usava-se o termo “ bem-falante” para elogiar uma pessoa que falava corretamente. Era um elogio dizer que, por exemplo, o senhor fulano de tal ou o namorado de fulana era bem-falante. Lembrando disso, veio-me a idéia de colocar aqui essa contribuição para os estudantes e para todos que gostam de falar e escrever bem.

1. Quando usar MAIS ou MAS

Se a relação for de adversidade, oposição, é “mas”: “Estudou muito, mas não passou”; “A equipe jogou bem, mas não venceu”; “Programa brasileiro é elogiado, mas o país não pode descuidar”.

Note que “mas” pode ser substituído por “porém”: “Estudou muito, porém não passou”.

Se a relação for de intensidade, quantidade, é “mais”: “Comprou mais sorvete”; “A equipe precisa jogar mais no ataque”; “Ele é a pessoa mais preparada da empresa”.

Note que “mais” pode ser substituído por “menos”: “Comprou menos sorvete”.
Veja: http://www.portuguesnarede.com/2009/02/mas-ou-mais.html

2. Uso de MAS OU MAIS

Usa-se mas para indicar uma idéia contrária, uma oposição (tente trocar por porém).

Usa-se mais para indicar uma idéia de adição, um acréscimo (soma).

Observe:
Eu não gosto de novelas, mas assisto a elas.
De que você mais gosta na televisão?


3. Diferença entre MAIS, MAS e MÁS

Mas é conjunção e significa porém, todavia.
Ex.: O rapaz é culto, mas pouco simpático.
Más é adjetivo e significa ruins.
Ex.: Não devemos andar com más companhias.
Mais pode ser advérbio e quer dizer aumento; pode ser substantivo e quer dizer o restante; pode ser preposição e quer dizer em companhia de.
Ex.: Estuda mais e serás aprovado.
Por hoje é só, o mais fica para amanhã.

Meu tio mais sua filha estão vindo para cá.
Veja: http://idealdicas.com/dica/?gratis.

Aqui fica a minha colaboração. Da próxima vez, tem MAIS.
Dei as dicas, MAS eu também erro às vezes.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BARROCAS - BAHIA


O que é a Lei Orgânica de um município?


A Lei Orgânica do Município é uma lei “que oferece ao município instrumentos legais capazes de enfrentar as grandes transformações que a cidade passa, o que vai proporcionar nova ordem ao desenvolvimento de todo o município”.

A Lei Orgânica é promulgada pela Câmara Municipal. Nela “está contida a base que norteia a vida da sociedade local, na soma comum de esforços visando o bem-estar social, o progresso e o desenvolvimento de um povo”.


A Lei Orgânica Municipal de Barrocas foi elaborada na primeira legislatura da Câmara Municipal de Barrocas, sob a presidência do vereador Luiz dos Santos Queiroz (Pimba de Ziza) e participação dos demais vereadores da época.


Para adaptar essa lei às novas exigências do Município e da sociedade, no ano de 2007, foi promovida uma grande revisão do texto original da Lei Orgânica do Município. Essa revisão foi presidida pelo então Presidente da Câmara Municipal de Barrocas, vereador Miguel Carvalho de Queiroz (Guel) com a participação dos vereadores dessa legislatura, sendo publicada em outubro de 2008.


A Lei Orgânica é dividida em Títulos; cada título é dividido em Capítulo e cada capítulo dividido em Seções.


Os Títulos traçam as linhas gerais da Administração: O Município com sua identidade, competência e divisão administrativa; a Organização do Município; a Organização do Governo Municipal; a Administração Financeira; a Ordem Econômica e Social.


ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL (Título V).


O Título V da Lei Orgânica é importante que o cidadão e a cidadã comuns conheçam para fazer suas reivindicações no momento oportuno. Lá estão contidos os deveres do Município de Barrocas para com a sociedade barroquense, nos campos da: Política Urbana (moradia, saneamento ambiental, transporte, trabalho, lazer etc.); Previdência e Assistência Social, Saúde, Cultura, Educação, Desporto; Assistência à Família, à Criança, ao Adolescente e ao Idoso; ao Meio Ambiente.

Conhecendo a Lei Orgânica de seu município, o cidadão e cidadã poderão ajudar ao Poder Público a servir melhor.


CAPÍTULO IV DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BAROCAS

DA SAÚDE


Art. 153 – Sempre que possível o Município promoverá:


I – Formação de consciência sanitária individual nas primeiras idades, através do ensino primário;


II – Serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União e os Estados;

III – Combate ás moléstias específicas, contagiosas e infectocontagiosas.


IV – Combate ao uso de tóxicos;

V - Serviço de assistência à maternidade e infância;


§ 1º - Compete ao Município complementar, se necessário, a legislação federal e estadual que disponham sobre a regulamentação,fiscalização e controle das ações e serviços de saúde, que se organizam em sistema único, observados os preceitos estabelecidos na Constituição Federal.

§ 2º - O Município aplicará, anualmente, em ações de serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre o produto de arrecadação de impostos a que se refere o artigo 77 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) na Constituição Federal, sobre a participação do município na arrecadação do imposto sobre a renda do FPM (Fundo de Participação dos Município).

Art. 154 – A inspeção médica, nos estabelecimentos de ensino municipal, terá caráter obrigatório.

Parágrafo único – Será efetuado periodicamente nos servidores municipais inspeção médica de caráter obrigatório.

Art. 155 – O Município cuidará do desenvolvimento das áreas urbanas e interurbanas, provendo-as de saneamento e urbanismo, com a assistência da União e Estado, sob condições estabelecidas em lei complementar federal.

***
Conscientize-se dos seus direitos e dos deveres do Município para com a comunidade. Ajude os Poderes Públicos a servir melhor.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

OS CASAMENTOS EM BARROCAS DE ANTIGAMENTE

O ideal de todo rapaz e de toda moça em Barrocas de antigamente,era o casamento. Também a maior alegria dos pais era casar uma filha com um rapaz de boa família, mesmo que fosse de origem humilde. Meninos e meninas eram educados desde pequenos para futuramente serem esposos e esposas, pais e mães. Os meninos seguiam o exemplo dos pais; começavam a ajudar o pai desde cedo: se o pai era comerciante, o filho já começava a ajudá-lo no balcão; se era ferreiro, carpinteiro, funileiro, ajudavam-no em sua tenda enquanto iam aprendendo a profissão. Na roça, cedo começavam a pegar na enxada, na foice, no machado; à medida que iam crescendo, já começavam a plantar sua rocinha de milho, feijão, mandioca, amendoim, fumo; se o pai criava vacas, ovelhas e cabras, o garoto já ia aprendendo a apartar bezerro, tirar leite, cuidar da criação; aprendiam a lidar com os animais de montaria e de carga; onde havia carro de boi, o menino começava como chamador de boi, depois ia aprendendo a carrear; quando o pai lidava com tropas de burros ou de jegues, o filho aprendia esta atividade. Passado o tempo, ficando rapaz, o jovem começava a namorar; começava a se estabelecer numa profissão ou fazia o seu roçado e construía sua casa. Era tempo de pedir ao pai da moça licença para namorar na porta; depois pedia a moça em casamento; ficavam noivos e marcavam já o casamento. Havia o costume entre alguns chefes de família, de o pai do rapaz pedir ao pai da moça a mão da filha em casamento para o filho. Casado, a história ia se repetindo: criar os filhos para serem futuros pais de família.
Procedimento semelhante ocorria com as filhas. Essas tinham a mãe como exemplo. Desde meninas se preparavam para o casamento; olhando o procedimento da mãe, iam aprendendo como ser esposas e mães. Ajudavam a mãe nos afazeres domésticos: cozinhar, lavar roupa, buscar água na fonte, cuidar dos irmãos menores. Quando a mãe estava de resguardo, as filhas tomavam conta da casa, lavavam os cueiros do nenê. Cuidava dos irmãos menores. Desde criança já iam à fonte com a mãe lavar roupa; estendia os panos, molhava-os no quarador, estendia na cerca para enxugar.


Eram cercadas de todos os cuidados e vigilância para que se mantivessem inocentes e puras, para que assim, fossem para o altar receber o noivo como marido. Havia brinquedos de meninas e brinquedos de menino; menina brincava com menina e menino com menino. Os pais tinham o maior cuidado para as filhas não ficarem “faladas”. Moça falada não encontravam namorados sérios nem casamento; ou ficavam pra titia ou “se jogavam na vida” com a excomunhão dos pais; muitas, depois de se perderem, eram expulsas de casa.
Com a mãe as filhas aprendiam todos os deveres de uma esposa e mãe exemplar; os mistérios para se tornarem mães, aprendiam com alguma colega mais ousada que já tinha passado pela experiência ou com alguma vovozinha mais desinibida.
Site de relacionamento - Namoro on line

Mas essa era já passou. Graças à facilidade de comunicação, informação e educação mais abertas, a juventude feminina do interior mais longínquo, já tem outra visão da vida, da sexualidade, do casamento; os rapazes continuam ajudando seus pais, porém, se tornam independentes sempre mais cedo. Quanto ao casar-se ou deixar de casar ou quando devem se casar, rapazes e moças decidem pela própria cabeça, sem ficarem submissos ao desejo e aos caprichos dos pais.

domingo, 10 de outubro de 2010

LAZER E PASSA-TEMPOS NOS PRIMÓRDIOS DE BARROCAS



No início, o lazer das pessoas em Barrocas era muito simples. Mas as pessoas viviam felizes. Após um dia de trabalho e canseiras, famílias, vizinhos, amigos ou parentes se reuniam em frentes de suas casas, à noite, para baterem papo, contar estórias, anedotas, “causos”; faziam adivinhações e repassavam os fuxicos.


Vitrola antiga (gramofone)

Em outras noites, reuniam-se na casa de Pedrinho Pimentel para “apreciar” vitrola (um instrumento musical, com uma manivela que se girava para “dar corda” e poder fazer rodar um enorme disco de vinil de 78 rotações por minuto.



Aparelho de rádio antigo



Depois Pedrinho Pimentel e Joaquim Otaviano adquiriram aparelho de rádio que funcionava por meio de um “acumulador” (bateria de caminhão). Outras pessoas de poder aquisitivo maior foram adquirindo rádios. As baterias tinham que ser recarregadas em Serrinha. Foi aí que Joaquim Otaviano montou um catavendo, acoplando a ele um gerador que recarregava os acumuladores.

Acumulador que fazia os primeiros aparelhos de rádio funcionarem


Os adolescentes se divertiam jogando bola de borracha ou bola feita de meia velha de sapato cheia molambo ; também improvisavam uma bola enchendo de ar uma bexiga de boi conseguida no “curral da matança”; brincavam de cavalo-de-pau ou de trenzinhos formados de latas de sardinhas engatadas umas às outra e um ferro velho de passar como se fosse a locomotiva.

Também se divertiam badogando passarinho e armando arapucas, esparrelas, visgueiras, alçapões e eixos pelas roças e fazendas vizinhas.


Crianças brincando de picula

Nas noites de lua, meninos brincavam de cabana, corriam picula, “chicotinho queimado”, de “carneirinho quer mel”, cabra-cega. As meninas brincavam de roda, de lagarta pintada, anelzinho e outras brincadeiras inocentes. A vigilância das mães era grande sobre as meninas; raramente meninos e meninas brincavam juntos e isso somente entre irmãos e primos.

Primas e priminhos brincando de roda (Saudade!)


Os rapazes organizavam partidas de futebol para disputarem com os times das localidades vizinhas. Em vésperas de jogo de futebol, os galinheiros eram visitados à noite, para providenciar comida para os jogadores de fora e de casa.

Fonte: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro – João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista – 2007.

Parece estarmos falando de uma era longínqua, mas faz pouco mais de 60 anos. Rapidamente, tudo evoluiu. Hoje o lazer é outro e muito variado. A adolescência foge ao controle dos pais; os jovens vivem em outro mundo bem distante dos limites da família, da sua comunidade; ultrapassam fronteiras, navegam pelas ondas da rede mundial de computadores e formam suas comunidade, suas tríbus.

Vovozinha mexendo no computador - E por que não?


E ai dos pais que também não entrarem nessa da juventude. Ficarão para trás e jamais poderão entender e dialogar com seus filhos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

OS RESGUARDOS E OUTROS CUIDADOS COM A SAÚDE

Em Barrocas de antigamente, como era difícil o acesso aos centros de saúde e muito precários os cuidados com a higiene, os resguardos e outros cuidados eram rigorosamente observados para evitar doenças ou recaídas. O resguardo da mulher parida era o mais rigoroso de todos; durava 40 dias. A parida ficava com os ouvidos tapados com algodão e cabeça amarrada. Muito preconceito e crendices giravam em torno da mulher desde quando estava “naqueles dias” até o final do resguardo. Durante esse tempo, muitas comidas eram proibidas, banhos só de folhas cozidas.

Quando uma mulher estava próximo a dar à luz, já ia preparando os capões para comer durante o resguardo; preparava uma bebida com cachaça, mel e folhas aromáticas (a famosa meladinha), para oferecer às amigas e comadres que a vinham visitar. Logo que a criança nascia, soltavam-se foguetes para avisar que a criança tinha nascido e a mãe já tinha “se livrado” (expelido a placenta). Se a criança era homem, soltavam-se três foguetes; se mulher, dois. O umbigo de menino era enterrado no quintal da casa, mas de preferência na porteira de um curral, pois isso daria sorte ao recém-nascido, segundo a crença de algumas pessoas.


Outros cuidados com a saúde


As pessoas tinham muito cuidado em não misturar certos alimentos com outros e frutas com outras “para não fazerem mal”; Os alimentos eram classificados como carregados e não carregados; as frutas como remosas e em não remosas, quentes ou frias.

Também não bebiam água quando chegavam suadas do trabalho ou de viagem; ao tomar um café quente, não saiam ao vento para não se estoporarem; evitavam tomar água em casa dos outros - em viagem (quase sempre a cavalo, jegue ou a pé), preferiam beber água nos tanques numa cuia ou abaixado jogando água na boca com a mão côncava. Se alguém pedisse água em uma casa, a dona jogava o caneco ou copo no borralho e depois lavava areando com cinza; ao levantar da cama, não pisavam no chão frio...
Quem tivesse sarampo, catapora, varicela, “papeira” (caxumba) observava um rigoroso resguardo: banho só depois de um mês, sendo que o primeiro deveria ser de folhas cozidas de alecrim-de-boi e outras.


Fonte: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro – João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista – 2007.

sábado, 2 de outubro de 2010

MEDICINA POPULAR

Nos primeiros tempos de Barrocas, devido à dificuldade de acesso aos centros de saúde, ao médico e aos medicamentos, a população, para curar suas doenças recorria a vários meios: Chás de folhas e raízes de plantas, rezadores, benzedores, garrafeiros e, às vezes, a curadores. Como ajuda na cura e prevenção das doenças, os “resguardos” eram rigorosamente observados. Também usavam remédios de farmácia, mas sem receita médica. Algumas vezes a pessoa ia à farmácia, contava ao dono o que sentia e logo um medicamento era indicado. Aquela pessoa tendo-se dado bem com o remédio ensinava às outras dizendo que tal remédio, para tal doença, era mesmo que um “arrelique”, era tiro e queda.


Os chás de folhas e raízes de plantas

Erva-cidreira: Para gases ,comida que tinha feito mal, empanzinamento, dor


de cabeça.




Capim-santo


Pau de rato: Para mal do estômago e intestino .
Implastro de mastruz (mastruço) para pancadas, hematomas e fratura de ossos.
Orvalho colhido da folha de mandioca pela manhã, para lavar os olhos quando acometidos de dor d'olhos (conjuntivite).



Arruda


Goma de tapioca dissolvida em água para disenteria, diarréia e “desarranjo”.
“Lambedor” - Um xarope feito com folhas de maria-preta, camará, cebola branca, folha de pitanga, raiz de fedegoso e mel. Servia para tosse, catarro no peito e ”difluxo”.
Casca de umburana-de-cambão cozida com leite para doença do peito (bronquite, catarro).
Pó de fumo torrado dissolvido na água para provocar vômito quando algum elemento tóxico era ingerido.
Pó de café para estancar sangue.
Rapé preparado com capas de fumo-de-corda torrado juntamente com folhas de velame e caroço de umburana-de-cheiro para gripe, resfriado, “defloxo” (coriza).
Sumo da rama de melancia, contra cólicas quando a mulher estava de “incômodo”, estava na fase da “lua”.
Chá de sabugueiro - para sarampo; quebra-pedra - para doenças dos rins;
Pau-de-resposta - para impotênci sexual.

Erva-cidreira


Para limpar os dentes usavam-se folhas do juazeiro ou capa de fumo de corda.
Muitas outras folhas eram usadas na medicina popular para as mais diversas doenças, fraquesas, incômodos ou outros males:
Losna, arruda, afavaca, cabelo de milho, malva branca, velame, manjerona, nanjericão, babosa, alecrim do reino, alecrim do taboleiro, espítio-de-lima, fedegoso (caroço e raiz), laranja, (folha e cascado fruto), casca do angico e de umburana, além de muitas outras que só a sabedoria popular conhece.

Garrafeiros



Havia também “os garrafeiros” que preparavam infusões de vários tipos de folhas de plantas e raízes (garrafadas) para muitas doenças e indisposições.
Curandeiros - Não eram muito comum, mas algumas pessoas recorriam a curandeiros e curandeiras, entendidos, rezadores. Como havia poucos na região, corriam para Alagoinhas em busca de cura contra males que, segundo assas pessoas, eram causados por feitiço, “olho grande”, inveja ou por “encosto” de algum espírito ruim.
Fonte: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro – João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista - 2007.