sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FAZENDAS MAIS ANTIGAS DE BARROCAS _ Alambique

ALAMBIQUE

Na série FAZENDAS MAIS ANTIGAS DE BARROCAS, citaremos aqui mais uma das fazendas mais antigas de Barrocas – Alambique - indicando seus donos primitivos. Claro que não é uma informação exata a rigor; haverá muitas falhas, porém aproximará o mais possível da realidade. Para isso, recorri à memória privilegiada e às informações do barroquense João Gonçalves Pereira Neto e de outras pessoas antigas e conhecidas da região.

Com o passar do tempo, a Fazenda Alambique - que foi de Joaquim de Umbelino, tornou-se um povoado. Localiza-se a três quilômetros de Barrocas; sua principal fonte de renda é o cultivo da mandioca. Sua origem vem desde os portugueses que ali se instalaram ao longo da “estrada real” que passava na localidade ligando o litoral a Vila Nova da Rainha (Senhor do Bonfim).
Na baixada fértil iniciaram um plantio de cana-de-açúcar e instalaram um alambique. Daí o nome da fazenda e, depois, povoado. O senhor Umbelino é citado como um dos moradores mais antigos; foi dono da Fazenda Alto Alegre, que ficava entre o atual Alto Alegre e a Fazenda Alambique. Dizem que Umbelino teve um alambique na localidade, onde fabricava cachaça. No povoado de Alambique a estrada principal ramifica-se em três outras estradas, ligando a sede do município a vários outros povoados e fazendas.
Possui uma quadra de esporte e dois times de futebol: Náutico e Bahia. O Bahia foi fundado em 1990; em 1995, conquistou o título de campeão no Campeonato Regional de Barrocas. (Conf.: http://jornalanossavoz.blogspot.com/ ).

A comunidade católica está construindo uma igreja; os atos religiosos estão sendo celebrados na antiga escola; um grupo de jovens ainda está em formação. A moradora mais antiga da comunidade é a senhora Martiniana Cardoso de Oliveira.

Curiosidade: Uma antiga baraúna é um ponto de referência do povoado. Os moradores mais antigos já encontraram lá e os antepassados faziam referência a ela.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A COMUNICAÇÃO EM BARROCAS

http://jornalanossavoz.blogspot.com/

Barrocas não tinha Agência ou posto dos Correios, mas havia o trem que trazia e levava as correspondências, em um vagão (uma classe) do trem de passageiro destinado para esse fim. As pessoas podiam postar as cartas diretamente no Correio do trem. A estrada de ferro prestava também o serviço de telégrafo para a população. Os jornais chegavam pelo trem. Naquela época costumava-se chamar o jornal de notícia de gazeta. Já existia o jornal “A Tarde”; a mais famosa das revistas era “O Cruzeiro”. Pouca gente comprava jornal e revista, mas iam passando de mão em mão para os que tinham o hábito da leitura.

Fora das noticias que vinha pelo jornal “A Tarde” e pelo “Cruzeiro” ou por outro boletim de notícia de Serrinha, a comunicação dos fatos e acontecimentos era feita de boca em boca. E acontecia o que diz o ditado: “Quem conta um conto, aumenta um ponto”.
Mas, eu quero registrar aqui um jornalzinho de Barrocas que teve significativa importância na luta pela reemancipação de Barrocas. Refiro-me ao “VOZ COMUNITÁRIA”. Ele foi idealizado e criado por José Leonys Pereira Cosme (Leonys Pereira) e mais outras pessoas idealistas, justamente quando se começava a lutar pela reemancipação de Barrocas.
“Devido à grande dificuldade enfrentada por toda comunidade, surgiu a feliz e providencial idéia de se criar um veículo que divulgasse os fatos e colocasse de forma coerente e transparente os desejos e a voz de quem não tinha vez nem voz para se expressar. Eles tiveram o pensamento de criar um informativo de linguagem simples e de fácil compreensão” - conta Leonys. Foi o informativo “Voz Comunitária” que trouxe em destaqueem suas páginas a notícia:

“Somos Independentes! - Barrocas já tem prefeito”!
José Edílson de Lima Ferreira (Edílson da Serraria) estava eleito prefeiro de Barrocas e Joseval Ferreira Mota seu vice-prefeito.




JORNAL@NOSSA VOZ – BARROCAS-BAHIA


Dando continuidade ao processo de comunicação de massa em Barrocas, foi fundado, em cinco de setembro de 2005, o informativo impresso intitulado JORNAL@NSSA VOZ – BARROCAS-BAHIA. Uma criação de Rubenilson Nogueira e vem se mantendo com o apoio de sua equipe:Verônica Mota, Antônio Zacarias, Marcos Tripa, Telma Queiroz, Jailton de Deus, Berlane Nogueira, Wilian, Brito e Rafael, com a assessoria jurídica de Dr. Nerciso Lima.

No início começou com apenas duas páginas e pouco mais que 100 exemplares. Hoje é editado com 10 páginas e 1.000 exemplares. Seus temas são os mais variados: Atualidades, Opinião, Juventude, Esporte, Espaço do Leitor, Figura Popular, Me Contaram, Fala Povo, Perfil, Cidade em Foco. A edição de julho e agosto de 2010 teve um número especial, já comemorando oseu quinto aniversário, na qual lideranças da cidade e cidadãos e cidadãs comuns puderam dar sua opinião a respeito do Jornal.

Na ocasião, Marcos Tripa assim se expressou: “Foram cinco anos de crescimento, e hoje despertamos o prazer da leitura nas diversas pessoas do nosso município, independentemente de partido político, religião, classe social e/ou hierarquia social. Todos têm a possibilidade de se expressar aqui no Jornal@Nossa Voz”.

Clécio Avelino de Queiroz diz: “O Jornal tem uma grande importância no desenvolvimento do comércio que o utiliza como meio de divulgação de suas propagandas”.

José Almir afirma: “O Jornal impresso é um meio de informação de tudo que acontece em nossa cidade e região. O Jornal a Nossa Voz traz informações diversificadas e desperta o interesse pela leitura, levando o leitor a desenvolver seu senso crítico, tornando um cidadão atuante no meio social”.


O BLOG

Outra iniciativa ousada e fefeliz de Rubenilson Nogueira e sua equipe foi a criação blog http://jornalanossavoz.blogspot.com/. Sua primeira matéria postada data do dia 17 de Fevereiro de 2010. Daí para cá esta página vem sendo um sucesso. Pessoas de Barrocas espalhados por várias cidades, estados e países vêm acessando. Com menos de um ano de criada, o número de acessos já ultrapassou os 100.00 (cem mil).

Apesar de suas preferências políticas pessoais dos responsáveis, o Blog procura manter uma posição equilibrada quanto aos comentários e notícias de cunho político. Nos comentários postados relativos às diversas publicações, não faltam as críticas negativas, mas os elogios são muito maiores.

O blog presta um serviço muito importante aos barroquense e amigos de Barrocas que residem longe da sua terra. É um meio de cada um ser bem informado do que se passa no município e região, e de poder expressar suas opiniões.

sábado, 4 de dezembro de 2010

FAZENDA ESPERA - BARROCAS - BAHIA

Escrevendo sobre as fazendas mais antigas de Barrocas, João Neto assim se expressa: “São várias as fazendas mais antigas de Barrocas, mas começo falando da Fazenda Espera, porque ela tem uma importância marcante para a história de Barrocas e de seus primeiros habitantes.
Foto: João Neto e Tiago de Assis autografando o livro "BARROCAS,uma filha da estrada de ferro (22/08/2007).

Ela pertencia ao senhor José Alves Campos. O seu território ia desde a sede da fazenda até o limite com a Fazenda Maçaranduba, que ficava a 300 metros do lado sudoeste da estação da estrada de ferro. A residência do proprietário era localizada onde hoje é o sangradouro do atual açude da cidade, a uma distância de aproximadamente um quilômetro da estação.

O senhor José Alves Campos foi casado com dona Felisberta Maria de Jesus. Ele era filho legitimo de Manoel Alves Campos e dona Ana Maria de Jesus. Ela, filha natural de Marcolina Maria de Jesus.

Dessa união nasceram duas filhas: Guilhermina Maria de Jesus e Jerônima Maria de Jesus.

Guilhermina casou-se no dia 12 de março de 1898 com José Ferreira de Oliveira (Caduda), filho de Ângelo Ferreira Oliveira e Madalena Maria Oliveira. Desse casamento nasceram: Maria Madalena de Jesus (Mariquinha), Santinha, Antônia (Totonha) e José Bonifácio.,br>
Maria Madalena de Jesus (Mariquinha) casou com Sinfrônio Alves de Queiroz.
Santinha casou-se com Fernando, ferroviário, residente em Salgada (Salgadália).
Jerônima Maria de Jesus - filha de José Alves Campos e Felisberta Maria de Jesus - casou-se com Antônio Teles de Oliveira (irmão de Pedro Teles). Dessa união nasceram: José Zeferino, Joaquim, Messias, Miro Teles, Antônia, Felisberta, Balbina, José Teles e Joana.
Com a morte de José Alves Campos, Felisberta Maria de Jesus casou-se com Pedro Teles de Oliveira, irmão de Antônio Teles, natural de Ouriçangas (Ba), filho legítimo de Joaquim Teles e de Balbina. Dessa união de Felisberta e Pedro Teles, nasceu Raimundo Teles de Oliveira, entre outros. Ficando viúvo, Pedro Teles casou-se pela segunda vez com Maria Alves de Lima (Bilia), vindo a falecer com 103 anos, em 08 de agosto de 1961.

Com a morte de José Alves Campos, e Pedro Teles, casando com a viúva, passou a ser dono de uma parte da Fazenda Espera com a sua esposa Felisberta. Antônio Teles, casando com Jerônima, filha de José Alves, passou a ser dono também da outra parte da fazenda. Com o passar do tempo, a fazenda foi dividida entre os herdeiros e muitos já venderam a parte herdada, dando origem a outras pequenas fazendas. Lembrar que o perímetro urbano da cidade de Barrocas também fazia parte da Fazenda Espera”.

O comércio do povoado foi desenvolvendo-se, a população aumentando, casas melhores foram sendo construídas, mas uma capelinha simples, que tinha sido construída para atender celebrar os atos religiosos, já não comportava as pessoas que freqüentavam para ouvir a Palavra de Deus e fazer suas devoções. Situava-se justamente onde foi a delegacia velha, com frente para a estrada de ferro. Precisava-se de um templo mais amplo e confortável.

Igreja antiga de Barrocas e a praça, cujo terreno foi doado á igreja por Pedro Teles e sua esposa.
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Diante disso, sensibilizados, o senhor Pedro Telles de Oliveira e sua mulher D. Felisberta Maria de Jesus (conhecida também por Alberta) doaram um terreno - com escritura pública datada de 24 de outubro de 1935 - para a construção de uma capela maior que fosse mais adequada a atender os fiéis. O terreno media três tarefas de comprimento por uma de largura, partindo do fundo da estação até onde foi construída a atual igreja.

Algum tempo depois, iniciou-se a construção da igreja. Foi erguida toda de em pedra e cal em regime de mutirão. Foi concluída em março de 1942. O local escolhido para a edificação do novo templo foi o mais apropriado possível, devido à sua localização, na parte mais alta do povoado.

O documento de doação do terreno para a construção da igreja encontra-se no Livro de Notas do Cartório de Imóveis de Serrinha (BA), número 18, folhas, 99 e 100, assinado pelo tabelião Cornélio Paz Cardoso.