quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Bolsonaro usa a Globo contra a Globo em entrevista no Jornal Nacional



Presidenciável surpreende Bonner e Renata ao citar a vida pessoal de ambos e usar frase pró-ditadura de Roberto Marinho.

Jeff Benício 

Jair Bolsonaro foi o segundo entrevistado na série do Jornal Nacional com os presidenciáveis. Diante de algumas perguntas baseadas em polêmicas declarações dele próprio, o candidato incomodou William Bonner e Renata Vasconcellos ao fazer comparações citando a privacidade dos âncoras.

Contestado por dizer que, caso fosse empregador, não pagaria a uma mulher o mesmo salário de um homem em igual função, o militar reformado citou a diferença de ganhos entre os dois apresentadores do JN.

É indiscutível que Bonner ganha muito mais do que Renata. Faltou esclarecer questões subjetivas da diferença salarial, como as funções atrás das câmeras (ele é editor-chefe; ela, editora executiva) e o tempo na bancada.

Bonner está na Globo desde 1986, e no JN há 22 anos. Renata foi da GloboNews para a Globo em 2003 e estreou no principal telejornal da emissora há menos de quatro anos. Portanto, a diferença de valores não tem a ver com o gênero.

Ao ser citada pessoalmente, Renata Vasconcellos demonstrou desconforto e fez questão de responder. “O meu salário não diz respeito a ninguém, e eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria ganhar um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”, disse.

Bolsonaro ainda rebateu outra colocação da âncora. Ela ressaltou que, como contribuinte, ajuda a pagar o salário do deputado. “Você vive em grande parte, aqui, com recursos da União”, retrucou o presidenciável. “São bilhões que o Sistema Globo recebe de recursos da propaganda oficial do governo.”

Neste mesmo embate sobre o parlamentar defender que homens ganhem mais do que as mulheres, Jair Bolsonaro produziu humor involuntário. “Renata, você leu, viu ou ouviu isso?”, quis saber. “Eu ouvi e li”, respondeu a jornalista. “Isso foi no programa da Luciana Gimenez?”, questionou. “Sim”, confirmou a âncora.

Não é todo dia que uma atração da RedeTV!, o Superpop, ganha destaque no horário nobre da Globo. Minutos depois de ser citada no principal telejornal da televisão brasileira, a apresentadora postou um vídeo no ‘Stories’ do Instagram. “Gente, não me deixam em paz! Jornal Nacional! Eu tô aqui quieta em Nova York. O que eu posso fazer? O povo não me esquece!”, ironizou Gimenez.

Em outro momento, houve referência direta à vida pessoal de William Bonner. Insistentemente questionado a respeito de hipotético rompimento futuro com seu candidato a Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, Bolsonaro disse ao jornalista: “Nós, Bonner, somos (homens) separados. Até o momento da nossa separação, nós não pensamos numa mulher reserva”.

O âncora insistiu na possibilidade de Bolsonaro “se descasar” de Guedes. “Bonner, quando nós nos casamos, eu com a minha esposa e você com a sua (Fátima Bernardes), nós juramos fidelidade eterna, e aconteceu um problema no meio do caminho, e não cabe a ninguém discutir esse assunto.” Bonner e Fátima anunciaram a separação em agosto de 2016, após 26 anos de união.

Mais uma situação embaraçosa aconteceu quando o candidato do PSL foi confrontado a respeito de uma declaração de seu vice na chapa. O General Mourão levantou a possibilidade de intervenção militar em caso de caos nos poderes da República. Bonner quis saber qual seria a solução que os militares iriam “impor ao Brasil, uma democracia”.

“Eu fico com Roberto Marinho, porque ele declarou no dia 7 de outubro de 1984, vou repetir aqui”, disse Bolsonaro. “O senhor vai repetir?”, indagou Bonner, incrédulo, referindo-se a um comentário do candidato feito durante sabatina na GloboNews, no dia 3 deste mês, sobre o apoio do fundador do Grupo Globo, morto em 2003, ao regime militar.

“Vou repetir: ‘Participamos da revolução democrática de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, distúrbios sociais, greves e corrupção generalizada’. Repito a pergunta aqui: ‘Roberto Marinho foi um ditador ou um democrata?’”

“Já houve editorial sobre isso, o senhor certamente está informado. Nós vamos encerrar agora por causa do tempo”, disse o apresentador, antes de pedir ao entrevistado as considerações finais em 1 minuto.

Após concluir, Bolsonaro teve a intenção de cumprimentar Bonner e Renata, mas o aperto de mão não aconteceu – pelo menos aos olhos do telespectador. Bonner voltou-se à câmera para chamar o intervalo. Sua colega de bancada não foi mais mostrada naquele bloco.

Antes do final da edição do JN, William Bonner leu uma nota emitida pela cúpula do Grupo Globo: “O candidato Jair Bolsonaro disse há pouco que Roberto Marinho, identificado com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, apoiou editorialmente o que chamava então de revolução de 1964. É fato. Não somente O Globo, mas todos os grandes jornais da época. O candidato Bolsonaro esqueceu-se porém de dizer que, em 30 de agosto de 2013, O Globo publicou editorial em que reconheceu que o apoio editorial ao golpe de 1964 foi um erro. Nele, o jornal diz não ter dúvidas de que o apoio pareceu aos que dirigiam o jornal e viveram aquele momento, a atitude certa, visando ao bem do País. E finalizava com essas palavras: ‘À luz da história, contudo, não há por que não reconhecer hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período, que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto e, quando em risco, ela só pode se salva por si mesma’”.

Um comunicado com o mesmo teor foi ‘soprado’ no ouvido da jornalista Miriam Leitão, por meio do ponto eletrônico, na igualmente tumultuada sabatina de Jair Bolsonaro na GloboNews, no começo de agosto.

Quem esperava que o mais controverso presidenciável desta eleição fosse ser massacrado no Jornal Nacional foi surpreendido pelo senso de oportunidade de Bolsonaro ao usar a Globo contra a Globo para escapar de várias contestações. Os anti-Globo podem dizer que a emissora provou do próprio veneno.

O que se viu, acima de tudo, foi um confronto que reforça o valor do telejornalismo. Mesmo com a força crescente da internet, a televisão continua a exercer influência imensurável numa eleição. É o mais poderoso cabo eleitoral de qualquer candidato.

Jair Bolsonaro terá apenas 8 segundos de exposição em cada bloco da propaganda eleitoral na TV, que começa no sábado, dia 1º, para os presidenciáveis. Os 28 minutos da participação dele no Jornal Nacional de ontem geraram gigantesca visibilidade, maior do que terá em todo o horário político na televisão.


https://www.terra.com.br/diversao/tv/blog-sala-de-tv/

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

LAVA JATO QUER PROIBIR LULA DE USAR CELA NA PF COMO COMITÊ DE CAMPANHA


Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba pediram à Justiça que a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, seja impedida de atuar como advogada de Luiz Inácio Lula da Silva no processo da execução da pena de 12 anos e 1 mês de prisão do ex-presidente. Ao se qualificar como defensora jurídica, Gleisi passou a ter direito de visitar seu “cliente” na cela especial montada para ele na sede da Polícia Federal em Curitiba.

O Ministério Público Federal é categórico ao afirmar no pedido apresentado nesta terça-feira, 14, à juiza Carolina Lebbos Moura, que Lula e os petistas transformaram a cela na PF em comitê de campanha eleitoral. O ex-presidente terá seu nome registrado pelo PT nesta quarta-feira, 15, como candidato do partido a presidente da República – mesmo ele sendo inelegível pelas regra da Ficha Limpa.

“As visitas não tem por objetivo a defesa judicial do apenado, senão a de possibilitar por parte de Luiz Inácio Lula da Silva, a condução e a intervenção no processo eleitoral de quem materialmente está inelegível, transformando o local onde cumpre pena – a sede da Polícia Federal – , em seu comitê de campanha”, informa o documento.

Os procuradores da Lava Jato afirmam que “o fato de ser executada pena restritiva de liberdade em estabelecimento especial, não significa que ao apenado seja permitido, ou assegurado indiscriminadamente receber a visita de tantas pessoas, em qualquer dia, como vem ocorrendo”.

Desde que Lula foi preso, em 7 de abril, para início do cumprimento da pena em segundo grau no caso do triplex do Guarujá, Gleisi e outros petistas passaram a ter o direito de ver o ex-presidente. Além de serem recebidos como “amigos”, no mesmo dia de visitação da família, pelo menos cinco petistas que tem carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se qualificaram no processo para poder representar Lula. Assim, eles podem visitar o condenado em qualquer dia da semana, menos nos finais de semana e feriado.

O MPF adverte que “a juntada de instrumento de mandato aos autos é para o exercício da defesa nos autos judiciais da execução penal e não para o exercício de atividade política, como aparenta”.

“A prerrogativa do Advogado permite o exercício legítimo do mandato conferido pela parte, não o abuso ou a visita para fins políticos. Parece haver, em realidade, uma aparente tentativa de ludibriar as regras fixadas para visitação do encarcerado, possibilitando assim a visita em qualquer dia, desde que o visitante seja advogado.”

No caso da presidente do PT, que virou a principal porta voz de Lula para dar as coordenadas ao partido e aliados nas negociações eleitorais, desde que foi qualificada como defesa, a força-tarefa diz que ela “está impedida do exercício da advocacia”.

O documento informa ainda haver elementos de que “uma série de condutas, praticadas por Lula, pessoalmente ou por meio de seus defensores constituídos, que aparentemente não estão em consonância com os limites impostos pela lei de execução penal e pelas regras ditadas pelo juízo”.

“Atos esses que tangenciam a prática de falta disciplinar imputável ao custodiado e que, em condições outras, poderiam redundar em imposição de sanção disciplinar.”

Além de Gleisi, a força-tarefa cita outros quatro petistas que viraram advogados de Lula no processo da execução penal, entre eles o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e nome que será registrado hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como vice na chapa presidencial. Os outros são: Wadih Damous, Luiz Carlos Sigmaringa Seixas e Emídio Pereira.

“Lula está cumprindo pena em regime fechado e não em regime penal diferenciado”, adverte o MPF. “Esse regime de pena foi imposto pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, referendado pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, que, por certo, conhecem as regras de execução penal em regime fechado, que não se coaduna com visitas para fins políticos.”


segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Mais de 1 milhão de petistas recebiam Bolsa Família.
585 mil funcionários públicos.
R$ 2,6 bilhões em fraudes


Lula e Dilma defendiam o Bolsa Família com unhas e dentes não por causa dos pobres, mas sim para garantir mais de um milhão de militantes e cabos eleitorais pagos com dinheiro do contribuinte.

Não é de se estranhar que os petistas briguem tanto para que não se mexa no Bolsa Família. Afinal, o programa vedete do PT, da ex-presidente Dilma Rousseff e do o ex-presidente Lula pode ser a chave para o financiamento de milhões de militantes do partido em todo o país.

As suspeitas do uso irregular do recursos do programa acabam de se confirmar, após um levantamento que mostra o volume de recursos desviado do programa. Funcionários públicos, mortos e até doadores de campanha do PT estão entre os beneficiados. O estudo confirmou que pelo menos 2,6 bilhões de reais do total da verba reservada ao Bolsa Família possivelmente foram parar no bolso de gente ligada ao Partido dos Trabalhadores.

A exploração da imagem da pobreza do povo é algo tão mesquinho, algo tão baixo, que se torna até difícil supor que alguma mente doentia seria capaz de recorrer à este tipo de artifício para roubar a financiar um projeto de poder corrupto. Ao que tudo indica, fizeram isso mesmo. Exploraram a miséria e a fome do povo para justificar o roubo bilionário.

Ai aparece um petista inescrupuloso e pergunta nos cometários desta matéria: Qual é a fonte?

Resposta: O Ministério Público Federal, que a partir do cruzamento de dados do antigo Ministério do Desenvolvimento Social, com informações de órgãos como Receita Federal, Tribunais de Contas e Tribunal Superior Eleitoral. O exame feito em cooperação com todos estes órgãos federais detectou mais de 1 milhão de casos de fraude em todos os estados brasileiros.

Entre os mais de 1 milhão de casos, mas da metade são funcionários públicos distribuídos em milhares de prefeituras petistas e de partidos da base aliada dos antigos governos do PT. Era assim que Lula e Dilma ganhavam eleições. São 585 000 funcionários públicos que atuavam como cabos eleitorais e se beneficiavam irregularmente dos recursos do Bolsa Família. Todos beneficiários ilegais. Em absolutamente todos os casos, os contemplados ganhavam acima do rendimento previsto para se enquadrar no programa e, segundo apurou o estudo, pertenciam a famílias com renda per capita acima da média, situação que os impediria de receber o benefício.

Mas o dinheiro não servia apenas para financiar militantes e cabos eleitorais às custas do contribuinte. Muitos devolviam o dinheiro recebido de forma ilegal ao partido. Os doadores de campanha ocupam lugar de destaque no ranking das categorias de fraudadores identificadas no estudo. O Ministério Público encontrou 90 000 beneficiários do programa que, em 2014, doaram a políticos ou ao PT valores iguais aos recebiam durante todo o ano do programa. É isso mesmo que você leu: 90 000 beneficiários ilegais recebendo dinheiro do Bolsa Família e devolvendo ao partido.

Pelo visto, o Bolsa Família não era apenas um programa de fidelização de votos, mas também sustentava militantes e financiava campanhas do PT. Tem muita gente indócil com a queda de Dilma e agora querem a volta de Lula.

Lula não foi o único na família que tornou milionário.
Três de seus filhos estão envolvidos em denúncias de corrupção


Três filhos do ex-presidente Lula receberam repasses por meio do Instituto Lula e também da empresa de palestras do pai, a LILS. As transferências desses recursos também são alvo de investigação nesta 24ª fase da Operação Lava Jato. O petista teria feito repasses em dinheiro e transferências de recursos para a filha Miriam Cordeiro e seus outros três filhos homens.

Segundo o Ministério Público Federal, grandes empreiteiras investigadas na Lava Jato por desvio de recursos por meio de contratos com a Petrobras seriam as maiores doadoras do Instituto Lula e também as que mais efetuaram pagamentos para a LILS palestras, a "pequena" empresa ex-presidente que faturou cerca de R$ 30 milhões das empreiteiras que participaram do assalto na Petrobras.

As investigações recaem sobre os filhos Fábio Luis, Sandro Luis, Luis Claudio e Marcos Claudio, segundo despacho do fim de fevereiro do juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em Curitiba.

“A causa desses pagamentos deve ser esclarecida”, afirmou o juiz, na sentença que autoriza os pedidos de mandado de busca e apreensão feitos pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. Grandes empreiteiras investigadas na Lava Jato por desvio de recursos por meio de contratos com a Petrobras seriam as maiores doadoras do Instituto Lula e também as que mais efetuaram pagamentos para a LILS palestras,

O filho mais velho do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva. é biólogo e pouco antes do pai se eleger presidente, atuava como zelador em um zoológico, ganhando pouco mais de R$ 1400,00 em valores atualizados. Logo que o pai se elegeu em 2003, Lulinha largou o zoológico e se tornou um dos sócios da Gamecorp, empresa de games que, em 2004, recebeu alguns milhões da operadora da Telemar, atual Oi. Lulinha, que também também é sócio da LLCS, movimentou cerca de R$ 750 milhões em suas empresas.

Sandro Luís Lula da Silva é publicitário e sócio de uma empresa de consultoria em tecnologia que funciona no mesmo prédio da LFT, do irmão Luís Claudio Lula da Silva, investigado na Operação Zelotes. Sua esposa, Marlene Araújo Lula da Silva, que se diz ser "formada em eventos" recebia um salário de R$ 13.500 mensais por mais de oito anos no SESI praticamente sem comparecer ao local de trabalho. Diz ser "formada em eventos". Mesmo sem ter uma renda definida, o casal mora em um apartamento avaliado em mais de R$ 15 milhões.

Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula, é formado em educação física pela FMU, e dono da LFT Mar­keting Esportivo. Luleco é investigado pela Operação Zelotes por ter recebido cerca de R$ 4 milhões entre 2014 e 2015 do escritório de lobby Marcondes & Mautoni, pertencente ao amigo de seu pai, Mauro Marcondes Machado, que está preso por seu envolvimento em um esquema de vendas de medidas provisórias assinadas por...Lula.

Luleco ficou famoso quando afirmou à Polícia Federal que recebeu os pagamentos por “trabalhos prestados” por sua empresa, a LFT Mar­keting Esportivo. Durante as investigações, a PF descobriu que "os trabalhos" foram feitos as pressas, com conteúdo totalmente copiado do site Wikipedia.

domingo, 12 de agosto de 2018

Nota dos bispos do Regional NE3 sobre a ADF442 – B


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) PRETENDE DECIDIR SOBRE O ABORTO

“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

A Presidência do Regional Nordeste 3, que reúne os Bispos dos Estados da Bahia e Sergipe, vem manifestar-se em relação ao pedido de descriminalização do aborto a ser analisado pelo STF nos dias 03 e 06 de agosto deste ano, em audiência pública para a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, a partir de pedido apresentado pelo PSOL.

O drama vivido pela mulher por causa de uma gravidez indesejada ou por circunstâncias que lhe dificultam sustentar a gravidez pode levá-la ao desespero e à dolorosa decisão de abortar. Ela deve receber a maior atenção da comunidade e dos órgãos públicos para aliviar suas dores. No entanto, é um equívoco pensar que o aborto seja a melhor solução.

A Igreja no Brasil reitera: “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas”. E lembra que “urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil” (Cf. Nota Oficial da CNBB: “Pela vida, contra o aborto”, de 11 de abril de 2017).

Por isso, é importante implantar políticas públicas que criem formas de amparo às mulheres grávidas nas mais variadas situações de vulnerabilidade e de risco, de tal modo que cada mulher, mesmo em situações de grande fragilidade, possa dar à luz seu bebê. Esta solução protege tanto a criança, que tem seu direito à vida respeitado, quanto a mulher, que fica realizada quando consegue levar a gravidez até o fim, evitando o drama e o trauma do aborto.

O pedido da ADPF n. 442 defende a supressão de dois artigos do Código Penal aprovados em 1940 e nunca questionados quanto à sua constitucionalidade. Com efeito, eles correspondem ao Art. 5º da Constituição de 1988 e das anteriores. Por isso, uma eventual legitimação do aborto seria uma inovação legislativa de nível constitucional e o órgão competente para tal tarefa é o Congresso Nacional, composto por representantes do povo legitimamente eleitos para isso.

Além disso, sondagens de opinião realizadas por institutos universalmente reconhecidos como confiáveis atestam, de maneira constante ao longo dos anos, que a grande maioria da população brasileira repudia a legitimação do aborto. Seria antidemocrático legislar contra a vontade do povo, sem dispor de legitimidade democrática para representá-lo nessa questão.

O Brasil enfrenta o grande desafio de mais de sessenta mil homicídios por ano. Caso o Supremo Tribunal Federal, que é um dos órgãos de maior respeitabilidade do País, legitimasse a supressão de um ser humano durante a sua gestação, estaria dando um sinal de que seres humanos podem ser suprimidos quando incomodam. Esta mensagem reforçaria a atitude de adolescentes e jovens que se envolvem em atividades em conflito com a lei e que frequentemente acabam em mortes.

É estranha uma cultura que valoriza mais a proteção à vida de um filhote de tartaruga marinha e de outros animais do que de um ser humano!

Nossa civilização foi construída apostando não na morte, mas na vitória sobre a morte. A isso se dedica desde suas origens a Igreja, a isso se dedica em grande parte a Ciência e as melhores instituições buscam incrementar o processo civilizatório, protegendo especialmente os mais fracos. Por isso, o Regional NE3 da CNBB reafirma a posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”. (Cf. Nota Oficial da CNBB: “Pela vida, contra o aborto”, de 11 de abril de 2017).

Invocamos sobre todo o povo brasileiro a proteção de Nossa Senhora Aparecida, para que abençoe a todos, especialmente as mães e os nascituros.

João Carlos Petrini
Bispo de Camaçari
Presidente do Regional CNBB-NE3

João José Costa
 Arcebispo de Aracaju
Vice Presidente do Regional CNBB-NE3

Gilson Andrade da Silva
Bispo Auxiliar de Salvador
Secretário Geral do Regional CNBB-NE3

sábado, 11 de agosto de 2018

Área técnica da CVM pede condenação de Dilma no escândalo da Refinaria de Pasadena


Enquanto a publicitária Monica Moura confirmava ao juiz Sérgio Moro que tratava de dinheiro de campanha diretamente com a ex-presidente Dilma Rousseff, outra informação nada abonadora foi divulgada pela imprensa nacional nesta sexta-feira, 10. A área técnica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) responsabilizou a petista os ex-conselheiros de administração da Petrobras, então presidido por Dilma, por prejuízos causados à estatal no episódio envolvendo a aquisição da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

O relatório do Inquérito Administrativo pede à Comissão que responsabilize Dilma e os demais conselheiros por terem “faltado com o dever de diligência quando da aprovação da aquisição” da refinaria.

O inquérito foi instaurado ainda em 2014, quando Dilma ainda era presidente, com base em investigações sobre a controversa compra da refinaria nos EUA, em 2006. A investigação da CVM foi aberta após as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal avançarem.

Além de Dilma, foram responsabilizados por faltar com o dever de diligência os ex-conselheiros Fábio Barbosa, Cláudio Haddad, Gleuber Vieira e Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda. O então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli também foi responsabilizado por faltar com o dever de diligência, tanto na qualidade de membro de diretoria quanto do conselho de administração. Dilma está com os bens bloqueados na Justiça por determinação do Tribunal de Contas da União. A corte responsabilizou a petista por um prejuízo bilionário à Petrobras.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

RAQUEL DODGE PEDE AO STF QUE CASO EM QUE DILMA É INCRIMINADA SEJA ENVIADO PARA SÉRGIO MORO


A Procuradoria-Geral da República (PGR) acaba de pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF)que os depoimentos de marqueteiros que incriminam a ex-presidente Dilma Rousseff sejam enviados para o juiz Sergio Moro, responsável pela a 13ª Vara Federal de Curitiba. Raquel Dodge quer que os depoimentos do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que tratam de suposta prática de caixa dois nas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff em 2010 e 2014, sejam enviados para o juiz responsável pela coleta dos depoimentos na primeira instância. A Segunda Turma do STF determinou o envio do material para a Justiça Eleitoral. No entanto, para a PGR, o caso deve ser investigado pela Justiça Federal.

Segundo O GLOBO, "No recurso, o vice-procurador-eleitoral Luciano Mariz Maia pediu que os depoimentos sejam encaminhados a Moro “em razão dos diversos repasses feitos pela Odebrecht guardarem relação com investigações e ações penais em curso” na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Para ele, “ainda que o desenrolar de eventuais investigações decorrentes dos presentes termos de depoimento apontem que os envolvidos praticaram crime eleitoral em conexão com crimes comuns, é certo que tal circunstância não conduzirá à competência exclusiva da Justiça Eleitoral para processá-los e julgá-los”. O procurador explicou que tanto a Justiça Eleitoral quanto a Justiça Federal têm a obrigação de conduzir as apurações, “por razões de índole técnica”.

Ainda segundo a publicação, "Santana e Mônica Moura dizem que Dilma tinha pleno conhecimento de que a Odebrecht ficou responsável por pagar, via caixa dois, R$ 35 milhões ao casal na campanha de 2014. Outros R$ 70 milhões foram pagos com recursos declarados. Em sua delação, Mônica Moura contou que, já em 2010, uma parcela relevante da campanha no primeiro turno foi paga mediante caixa dois. Os valores, em espécie ou transferidos por meio de uma conta na Suíça, teriam sido repassados com a ajuda da Odebrecht"

As informações são de O GLOBO


sábado, 4 de agosto de 2018

Bolsonaro impõe à Rede Globo a maior humilhação da história da Televisão


4 de agosto de 2018 

O presidenciável Jair Bolsonaro, líder de todas as pesquisas eleitorais, foi o sabatinado desta sexta-feira (03) na GloboNews, canal de notícias da Rede Globo.

Como é comum nas entrevistas com Bolsonaro, que é capitão do Exército, o tema descambou para o Regime Militar de 1964.

Bolsonaro alegou que o regime de 64 teve amplo apoio popular, inclusive da imprensa e citou o emblemático editorial do Jornal ‘O Globo’ assinado por Roberto Marinho no Dia 1° de Abril de 1964 parabenizando os militares por intervir no país e resolver a crise política em que o Brasil se encontrava.

O Jornalismo da GloboNews, claramente com viés esquerdista, ficou tão irritado que ao final do programa resolveu fazer pedir um ‘direito de resposta’ para contestar a opinião do próprio fundador e alma da Rede Globo.

Bolsonaro obrigou os jornalistas da Rede Globo mancharem e metaforicamente cuspirem na história e legado do fundador da empresa.

Pelo ponto eletrônico, Miriam Leitão repetiu gaguejando uma nota da emissora afirmando que num editorial de 2013 (Roberto Marinho já havia falecido) o jornal – provavelmente por pressão do governo Dilma – pedia desculpas por ‘ter apoiado o Golpe de 64’, um editorial que não muda em nada os fatos relatados por Bolsonaro, já que na ocasião Roberto Marinho já havia falecido.

Imediatamente milhares de comentários na internet ridicularizam o jornalismo da Globonews. A Globo news foi exposta ao ridículo.

A Globo passou pela maior humilhação da sua história.

Confira o papelão da Globo News:

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Raquel Dodge diz que Lula desprezou "ideais republicanos" praticando crimes de corrupção e lavagem de dinheiro


De forma contundente, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestou contrária ao recurso feito pela defesa do ex-presidente Lula ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar suspender sua prisão.

Em um documento de quase 80 páginas enviado ao Supremo anexado ao processo nesta terça (31), Dodge fez duras críticas a Lula, dizendo que o ex-presidente "demonstrou desprezo aos ideais republicanos que prometeu cumprir como chefe de Estado" e "frustrou as expectativas de milhões de brasileiros" ao usar o cargo "para obter vantagem financeira".

A procuradora-geral defendeu a condenação de 12 anos e um mês dada ao petista pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a chefe do MPF, não há como sustentar que os desvios praticados por um presidente da República devam ser tratados do mesmo modo que os incorridos por qualquer outro agente público. Raquel Dodge destaca ainda que os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro praticados por Lula tinham também a motivação de manter o esquema de cartel e corrupção na Petrobras funcionando.

"Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para o mais alto cargo do Executivo Federal com um ferrenho discurso anticorrupção, alardeando sua honestidade e prometendo combate aos dilapidadores dos cofres públicos. Elegeu-se em virtude de sua retórica de probidade e retidão. Tais fatos elevam sobremaneira o grau de censurabilidade da conduta do recorrente e devem ser punidos à altura".

A procuradora-geral refuta os argumentos da defesa de Lula e lembra que "há material probatório farto" segundo o qual a construtora OAS concedeu a Lula "a posse e a propriedade de fato" do tríplex no Guarujá (SP), "bem como a respectiva reforma para adaptá-lo, somente não lhe tendo transferido o bem formalmente como um ardil voltado a ocultar o crime de corrupção passiva anterior".

Raquel Dodge prossegue destacando que "o recebimento indevido, por Luiz Inácio Lula da Silva, de bem imóvel e de sua reforma se deu em retribuição a um conjunto de atos de ofício por ele praticados na então condição de Presidente da República, em especial a indicação e manutenção, em cargos de direção da Petrobrás, de pessoas comprometidas com ato de corrupção."

Dodge não poupou palavras duras contra o condenado que chegou a ser denunciado como chefe de organização criminosa. Segundo ela, se "está diante de crimes praticados por ex-Presidente da República no âmbito do maior escândalo de corrupção que o Brasil já conheceu – e um dos maiores da história mundial. Trata-se de caso que demanda uma punição proporcional a essas características."

"É preciso compreender que a lei tem parâmetros mínimos e máximos, pois as condutas ostentam graus de censura. Se há um caso na história em que as penas deveriam se aproximar da máxima, é este".

Raquel Dodge, procuradora-geral da República

Com informações do UOL