terça-feira, 25 de junho de 2013

A trinca de conselheiros comprova que Dilma não entendeu a mensagem das multidões


O jornalista Lauro Jardim informou que Gilberto Carvalho anda amuado por não ser ouvido pela presidente Dilma Rousseff. Essa é a notícia boa: pouco importa o que tem a dizer quem só diz besteira. A notícia ruim é que, segundo o ex-seminarista que virou porteiro de bordel, a chefe agora só ouve a trinca formada por Aloizio Mercadante, Fernando Pimentel e João Santana.

Promovido a ministro da Propaganda, o marqueteiro João Santana costuma alternar lances espertos com ideias de jerico. Na campanha de 2010, por exemplo, ele acertou ao promover Dilma Rousseff a Mãe do PAC. Errou feio ao imaginar que a presidente deveria aparecer na abertura da Copa das Confederações. Garantiu que a chefe teria uma recepção de rainha. Foi mais vaiada que o zagueiro que enterrou o time.

Seja qual for o cargo que ocupe, Aloizio Mercadante não perde chances de justificar o título de Herói da Rendição. Especialista em retiradas e capitulações, inventou a revogação do irrevogável quando era o líder da bancada do PT no Senado. Agora no duplo papel de ministro da Educação e da economia, foi o primeiro a aconselhar Dilma Rousseff a embarcar na Constituinte e foi o primeiro a recomendar à chefe que abandonasse a canoa furada.

Disfarçado de ministro de Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Fernando Pimentel é o Primeiro-Acompanhante de Dilma, de quem é amigo desde os tempos em que ambos tentavam trocar a tiros a ditadura militar pela ditadura do proletariado. A solidez dos laços afetivos garantiu-lhe a permanência no emprego mesmo depois da descoberta de que ganhou muito dinheiro usando as fantasias de “conferencista” (que cobrou caro por palestras que não deu) e “consultor financeiro” (que precisou de meia dúzia de conselhos para levar à falência uma fábrica de tubaína).

Se é verdade que resolveu combater a corrupção, Dilma pode começar com a demissão de Pimentel. Leia na íntegra

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