Presidente do PSDB, Aécio Neves diz que compreensão dos petistas de que o julgamento do chamado 'mensalão' foi "político", conforme nota divulgada neste fim de semana, "não contribui para a democracia"; "O que eu lamento, e falo agora como presidente nacional do PSDB, é o presidente do PT ter confundido uma decisão da Suprema Corte brasileira com uma ação política", disse o senador, referindo-se a Rui Falcão; durante evento em Poços de Caldas (MG), ao lado de FHC e governadores tucanos, Aécio declarou que o caso deve servir de exemplo para todos os outros, inclusive o mensalão tucano
Minas 247 – O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, rebateu nesta segunda-feira 18 uma nota do PT que considerava o julgamento da Ação Penal 470, o chamado 'mensalão', como "político". "Não foi um julgamento político", declarou o senador, durante evento em Poços de Caldas (MG). Aécio estava ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de governadores tucanos, como de Minas, São Paulo, Paraná e Alagoas.
"O que eu lamento, e falo agora como presidente nacional do PSDB, é o presidente do PT ter confundido uma decisão da Suprema Corte brasileira com uma ação política", disse ainda o pré-candidato à Presidência, em referência ao recém-eleito Rui Falcão. De acordo com nota assinada por Falcão divulgada na sexta-feira 15, o partido reafirmou seu posicionamento de considerar o julgamento "injusto, nitidamente político e alheio a prova dos autos".
Não só o PT, mas os próprios presos políticos, como o ex-ministro José Dirceu e ex-presidente do PT José Genoino, se declararam presos políticos na última sexta, ao se entregarem na sede da Polícia Federal. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou a prisão imediata de 12 réus da Ação Penal 470 durante o feriado da Proclamação da República. Nove estão na penitenciária da Papuda, em Brasília, duas mulheres estão na PF da capital e Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, está foragido.
Aécio não comemora prisões
Apesar da crítica ao julgamento, o parlamentar afirmou que "ninguém comemora prisões ou sofrimento de quem quer que seja". No entanto, as prisões dos petistas, em sua avaliação, acabaram com o "sentimento de impunidade do País". Quando questionado sobre o provável julgamento do mensalão tucano, no ano que vem, respondeu que "o que serviu para este caso [envolvendo o PT] deve servir para todos os outros". Ele participou em Minas do evento Federação Já, Poços de Caldas + 30, que comemora o apoio ao movimento das Diretas Já.
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