DEPUTADO BAIANO DIZ QUE SALÁRIO DE R$ 56,7 MIL "É MAIS OU MENOS"

Foto: Maiana Marques/PH
Muitos brasileiros ainda estão comemorando o aumento do salário mínimo para R$ 622, mas alguns deputados andam um tanto deprimidos com o faturamento mensal. Um deles é Maurício Trindade (PR-BA) (foto), apontado como um dos mais gastões da Câmara em 2011. Após ter custado R$ 301 mil só de verba parlamentar no ano passado, o deputado afirmou ao Política Hoje que para políticos que “trabalham muito como ele” o salário é “mais ou menos”. “Alguns merecem mais, outros menos”, justificou. Campeão de gastos com combustível – com uma conta de R$ 49,5 mil para abastecer o carro em 2011 - ele garantiu que necessita receber três vezes mais. “Precisaria de mais para combustível. O limite é R$ 4 mil e eu gasto R$ 12 mil por mês. Tiro do meu bolso”, disse.
Sobre o salário de R$ 56,7 mil mensais – fora benefícios que fazem um deputado custar até R$ 166 mil por mês – Trindade ressalta que pode até parecer muito, mas assegura que “não está ganhando dinheiro” com a política. “Só para dar uma ideia, tenho quatro empréstimos no banco da Câmara Federal”, revelou. Ele também é vice-líder nos gastos com segurança (R$ 45 mil) entre os 513 deputados, mas assegura que o valor também é extremamente necessário. “Para quem entra onze horas da noite nos piores locais possíveis, não tem jeito”, afirmou.
Na tentativa de usar a velha tática de desviar o foco e jogar a culpa em outro, Trindade ainda esqueceu que é aliado da presidente Dilma Rosseff e disparou contra a petista. “São 513 deputados e um presidente. Sabe quanto custou o cartão corporativo da presidente só no ano passado? R$ 7 milhões. Isso só o cartão dela (Dilma)”, pontuou. Trindade aponta que a divulgação dos gastos deveria ser motivo para comemoração, pois a “Câmara é transparente”.
Sandro Badaró
Fonte: politicahoje.com.br

VEJA TAMBÉM

Pressionado por uma repórter do SBT, o secretário de Obras de Luiziânia se enrolou todo ao explicar o fiasco nas obras de prevenção a enchentes da cidade.

“Criticar é fácil, agora fazer as coisas no período de chuvas é difícil”, ele disse. Um dos culpados, acrescentou o secretário, é a imprensa. “Ao invés de ajudar, ela não deixa a gente trabalhar. Eu tô desde ontem só no telefone e dando entrevista (…) e isso aí atrapalha o serviço da gente.
(Veja vídeo, clicando aqui).