domingo, 11 de setembro de 2011

BARROCAS: MALVADEZA COM AS ÁRVORES

Vandalismo, crime, política, desavença, perseguição?


Na manhã de sexta-feira (09/09/11) os barroquense que foram a Praça da Matriz lamentaram ao ver uma árvore caída, depois de ser cortada numa ação oculta, que levantou dúvidas, se trata-se de vandalismo, crime, ato político, desavença ou perseguição? Planejada ou não todos que observavam tinham um palpite sobre os motivos do ato e até de quem teria partido a ordem para tamanha “malvadeza”.


Lendo a matéria publicada no blog do Rubenilson, estranhei a notícia, uma vez que hoje se vem incentivando o plantio de uma árvore e não a derrubada.


Esse fato me fez relembrar o que João Neto publicou em sua autobiografia (RETROSPECTIVAS DE UMA VIDA), falando também da derrubada de uma palmeira real que ele tinha plantado ao lado da Igreja Matriz e mandaram derrubar na calada da noite.


Ele conta:


“Um fato desagradável que aconteceu e me deixou entristecido e magoado foi a derrubada de uma palmeira que eu havia plantado ao lado da igreja de Barrocas. Na Semana da Árvore do ano de 1986, eu plantei duas palmeiras imperiais em frente da igreja - uma de cada lado. Uma morreu ainda pequena e a outra cresceu frondosa e bonita. Quando já completava 16 anos de plantada, o padre que administrava a paróquia resolveu fazer uma reforma na igreja, murando-a toda. Para isso foi preciso puxar uma alvenaria de um lado a outro, atingindo a palmeira. O padre, ao invés de dialogar com as pessoas interessadas, disse que a palmeira teria que ser derrubada, 'mesmo sabendo que iria comprar uma briga com João Neto' - disse ele. Sabendo da intenção dele, levei-o até a palmeira e disse-lhe: Padre, olhe para esta árvore! Ele disse: ‘É bonita, mas há este problema’. Eu lhe sugeri que viesse com a alvenaria até perto do tronco, a uma distancia de uns 30 centímetros, fizesse uma meia-lua, salvando a planta e depois continuar com a obra. Ele disse que ainda faltavam dois meses para continuar o serviço e que iria pensar... Até que um dia, às três horas da manhã, um amigo do padre mandou um cidadão derrubar a planta. Pela manhã de um domingo, um senhor, meu amigo, que viu a derrubada, veio avisar-me.


Chamei um fotógrafo e mandei tirar fotos de vários ângulos da palmeira caída . Como eu já possuía outras fotos dela em pé, juntei todas e levei ao senhor Bispo em Feira de Santana; contei-lhe toda a história apresentando-lhe as fotos como prova, dizendo: 'Eis as fotos da vida e da morte'! Dom Itamar olhou-as e disse-me textualmente: 'O Santo Padre João Paulo II recebeu um balaço como o senhor; ele foi levar o perdão ao culpado no xadrez; espero que haja perdão mútuo para o restabelecimento da harmonia'.


Diante de tudo isso, eu disse que estava pronto a perdoar... Caí numa depressão tal que tive de procurar uma psicóloga.


Depois de tudo isso, não obstante o meu estado de saúde, ainda continuei a participar das funções religiosas quando estava em Barrocas. O tempo passou e o famoso padre foi transferido".

Sem entrar no mérito ou demérito do recente corte da árvore, o mínimo que podemos dizer, (concordando com a opinião citada acima, é que foi uma "malvadeza". Grande malvadeza!


A palmeira

Ó palmeira, te plantei,
Com carinho te molharam.
Tu crescendo contemplei;
Os meus olhos se alegraram.

Ora vejo derrubada
Sobre a terra caída.
Mão cruel, ordem malvada
Te deixaram sem a vida.

Os meus olhos hoje choram
Tua morte prematura;
O perdão a Deus imploram
Por tão grande desventura.

Que meus olhos se consolem,
Vendo árvores tão floridas...
Contemplá-las todos podem
E louvar o Deus da vida!

Tiago Pimentel de Assis Batista


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