segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dilma se irrita com gravação de membro do governo avisando que "ela está sangrando e tem de renunciar"



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

"A senhora presidente Dilma Rousseff está sangrando. É uma questão de tempo para que se dêem conta de que ela tem de renunciar. Temos de esperar o momento certo. Esta é uma decisão exclusivamente dela. Não é decisão nossa. Ela vê que praticamente um milhão de pessoas foram às ruas... Fora as pessoas que estão em casa descontentes com as medidas que foram aplicadas sem ter um conhecimento. Ela agora está sangrando..."


A reação do desgoverno foi sintomática. Basta interpretar, claramente, o que disse ontem ao jornal O Globo um ministro da coordenação política da Presidenta Terceirizada Dilma Rousseff - que preferiu se esconder no conveniente anonimato crítico: " Há uma crise de funcionamento do Estado. A presidente é a mais atingida porque é a personagem política central. Mas por que a oposição não pode ir para a rua discursar? Há uma insatisfação geral com a classe política desde as manifestações de 2013".

O próprio texto meio pró-governista da reportagem de O Globo confirma que a administração federal está alarmada: "Apesar de aliviados com o número menor de manifestantes nas ruas na manhã deste domingo em comparação com os protestos ocorridos no mês passado, integrantes do governo Dilma Rousseff afirmam que não há motivo para comemoração. O Palácio do Planalto se mostra mais apreensivo com o movimento em São Paulo, que reuniu, em 15 de março, um milhão de pessoas na Avenida Paulista, de acordo com a Polícia Militar".
A mídia amestrada pelas verbas oficiais fez de tudo para não divulgar o evento. Na cobertura, também tratou de reduzir seu impacto. Não há dúvidas de que vigorou aquele velho pacto editorial com a máquina de publicidade federal: "Vocês aliviam na cobertura, as verbas continuam a entrar nos seus cofrinhos". Novamente, o Instituto Datafolha teve a coragem de afirmar que apenas 100 mil compareceram à Avenida Paulista. O número é tão distante da contagem da PM (275 mil) e da própria avaliação dos diversos movimentos presentes (600 a 800 mil pessoas). Repito por 13 x 13: A ida espontânea para as ruas, sem manipulação de grupelhos ideológicos tradicionais que aparelham a máquina estatal, é uma novidade positiva no Brasil Capimunista da Impunidade e da Incompetência. As pessoas mostram que são capazes de retomar, por elas e para elas, o protagonismo da ação Política. O cidadão é quem diz o que fazer. Não aqueles que o voto dele elege, na base da fraude ou não. Eles se intitulam "políticos profissionais", embora ajam como amadores - armadores e ladrões dos cofres públicos.

Essa retomada da ação política em importância capital. A pressão popular começa a agir como uma espécie de "poder moderador" contra aqueles que usurpam o poder estatal. Essa visão verdadeiramente democrática, que busca uma segurança do direito através da ação efetiva da cidadania, é extremamente salvadora neste momento de impasse institucional, quase beirando à ruptura, quando os três poderes, apodrecidos em sua lógica de atuação, batem cabeça.

Na Avenida Paulista, não teve preço ouvir a massa repetir o coro: "Lula, cadê você! O Sérgio Moro quer te prender!". Tudo indica que, em breve, o desejo popular pode se transformar em realidade... É só o Judiciário querer, e o amanhã assim será...

O sucesso cidadão do dia 12 de abril é inegável. O resto é esperar pela saída da Dilma - que tem tudo a temer, já que "está sangrando" - conforme proclamou o integrante de seu desgoverno que finge cumprir a missão política de salvá-la do cadafalso da História...

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