sábado, 26 de fevereiro de 2011

BARROCAS / BAHIA: ARMAZÉNS, VENDAS E BODEGAS




Primeiras casas comerciais de Barrocas.
Na casa da direta (duas portas) foi a venda de Aniceto, depois foi a venda de Antônio de Bispo (Antônio Eloy), entre as décadas de 40 e 40.

Supermercados são estabelecimentos comerciais recentes. Nos primeiros tempos de Barrocas, havia os armazéns onde os cereais eram comercializados. As vendas eram casas comerciais de secos e molhados, isto é, casas onde eram vendidas mercadorias sólidas (secos) e mercadorias líquidas (molhados). As bodegas eram pequenos estabelecimentos onde a mercadoria principal era pinga ou cachaça.
Nos armazéns eram comprados os cereais da região, principalmente milho e feijão, também mamona e depois sisal, couros e peles; não só peles de carneiro e bodes eram compradas, mas também peles de jiboia, teiú, gato do mato, tamanduá.
Numa venda típica da época eram vendidas as mercadorias de primeira necessidade para a alimentação e higiene. Além da farinha de mandioca, feijão, arroz, fubá de milho, vendiam-se açúcar e café em grãos. Havia açúcar branco, açúcar preto, mascavo e mascavinho. O açúcar preto e mascavo eram mais baratos, eram usados para torrar o café. Vinham as carnes do sol, carne do sertão conhecida como charque, jabá, carne de porco de sal preso, toucinho e banha; bacalhau, surubim seco, curimatá salgada (“precata de mulher dama” ou “pracatinha”), vinha de juazeiro da Bahia em fardo de esteira amarrados de corda; latas de sardinha e de kitut; pães, bolachas, biscoitos das padarias de Barrocas e biscoito em lata o mais conhecido eram os biscoitos Tupy; vários tipos de bombons coloridos outros em forma de chupetas e de figuras humanas e de animais, cocadas, bolachinhas de goma, pirulitos, queimados enrolados em papéis coloridos, rosários de amendoim torrado; pimenta-do-reino em grãos, cominho, canela em lasca e em pó, dentes de cravo, alho, cebola e coco; sabão massa, sabão azul, sabão de coco, anil e sabonete; vassouras de palha de ouricuri e de piaçava; fumo-de-corda, charutos, papel-de-cigarro; também cigarros de carteira da marca Colomy, Trocadelo, Yolanda Branca e Yolanda Azul. Depois apareceram cigarro Astória, Baliza e Continental; carretel, novelos e tubos de linha, agulhas, alfinetes, fitas, ligas, botões, pressões, colchetes; papel de carta, envelopes, papel pautado, mata-borrão, lápis, canetas de molhar, tinteiros e bico de pena; cordas, cabrestos; pregos de cumeeira, de caibro, de ripa, de salto, chuliadeiras ou taxas.
Na parte de molhados vinham: Querosene ou gás para candeeiro (fifó); vinagre, azeite de dendê, óleo de coco, óleo de rícino, azeite doce, azeite de mamona e as bebidas em geral. Vendiam também remédios como Biotônico, Capivarol, A Saúde da Mulher, Água Inglesa, Phimatosan, Elixir 609, Óleo de Fígado de Bacalhau, alguns xaropes para tosse, Óleo de Rícino Jonas, remédios de lombriga, pomadas, enxofre, iodofórmio, pó-de-carrapato, vaselina, banha de cacau e outros.
As bodegas, estabelecimentos menores vendiam muita cachaça. Havia a cachaça comprada legalmente, engarrafadas, com selo na tampa (sinal que o imposto tinha sido pago) a mais procurada era uma de nome Chica Boa. Havia outra cachaça de fabricação clandestina vinda em barris de 100 e 200 litros, transportados em lombo de animais ou em carros de boi. Essa cachaça era mais barata e de qualidade inferior, porém a mais consumida; era conhecida com vários apelidos: Caéba, lava-jega, murcha-venta, poca-olho, arromba-peito, água que passarinho não bebe, “a mardita” - (ao pedir no pé do balcão, bastava dizer: “Bota u'a aí!” e o balconista já sabia de que se tratava. Eram encontrados também vinhos; o mais procurado era o Vinho de Jurubeba Leão do Norte. Vendiam também conhaque e “Zinebra”; a cerveja era tomada quente não havia ainda geladeira no povoado.

Algumas bodegas tinham no fundo um reservado onde se jogavam baralho e outros jogos de azar: “três sete”, “Vinte e um”; jogos de dado: caipira, pio e ponto maior e outros. Nos bares havia o jogo de bilhar ou de Snook.

A segurança em Barrocas naquela época se limitava ao Juiz de Paz, Inspetor de Quarteirão; depois nomearam um subdelegado de polícia e veio um "praça" (soldado de polícia). As brigas de bêbados eram freqüentes. Quem apartava era a turma do deixa-disso.

Na venda de Antônio Queiroz se vendia tudo isso e ainda cortava boi no dia da feira, sábado. Vendia também tecido: brim cáqui, mescla, linho, tafetá, organza, organdi, tricoline, opala, opaline, bulgariana, madrasto, algodãozinho, ganga, chitão, chita, gorgorão, anarruga e artigos de armarinho.
Nós que já passamos dos 60 anos temos muito o que recordar daqueles primeiros tempos de Barrocas e comparar com os novos tempos cheios de orgulho em ver o progresso de nossa terra.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FAZENDAS MAIS ANTIGAS DE BARROCAS (De S a U)

FAZENDA SANTA ROSA


A Fazenda Santa Rosa foi terrenos de Dr. Graciliano de Freitas. Quando Antônio Ferreira de Oliveira (Antônio da Santa Rosa) casou-se com uma moça do Brejo – Ana Maria de Jesus -, Graciliano deu a Santa Rosa para ele morar. Já velho, comprou a Fazenda Alto da Porteira.

O POVOADO DE SANTA ROSA


Capela de Santa Rosa



Santa Rosa hoje é um povoado, localizado a dois quilômetros dasede, já fazendo parte da zona urbana de Barrocas.
Principais fontes de renda: Agricultura, Cerâmica, Apicultura.
"O povoado de Santa Rosa é muito prospero: tem uma Cerâmica Comunitária, que produz cerca de 40 mil blocos por semana; possui uma associação de apicultores com mais de 25 sócios produtores, e ainda uma pedreira particular que gera renda para a localidade.
Igreja Católica conta com um grupo de Jovem denominado : Jovens Unidos Buscando a Paz (JUBP.),fundado em 12/10/2004(http://jornalanossavozacidade.blogspot.com/p/povoados.html).Origem do nome: Morava um senhor que tinha Santa Rosa como sobrenome.
Nome da Praça: João Batista de Queiroz Irmão.
Curiosidade: Na casa do senhor Dodô, que mora em Santa Rosa desde 1974, há um banco onde os amigos se reúnem nos finais de tarde para bater papo.
Morador mais antigo: João das Virgens Queiroz (Dodô).
Líder político: João Batista de Queiroz Filho, conhecido como Dão do Limoeiro.
(http://jornalanossavozacidade.blogspot.com/p/povoados.html").

FAZENDA TANQUE DO CACHORRO - O Tanque do Cachorro era de Maria Madalena. Ela tinha duas filhas: Josefa Maria de Jesus e Ana. Josefa casou-se com José Manoel da Cunha (Zuza do Rosário) e Ana casou-se com João Quixaba (João Manoel Mota). Cassimiro Joaquim da Mota, filho de Joaquim João da Mota, casou-se com Matildes, filha de João Quixaba, da Fazenda Aroeira; Sisenando, irmão de Cassimiro, casou-se com outra filha, de nome Josefa, apelidada de Bidu. João Quixaba tinha um filho de nome Serafim Quixaba; este tinha um filho de nome José Hotênsio.

Maria Madalena tinha uma escrava de nome Maria Clemência que era parteira. Por ocasião da libertação dos escravos, Maria Madalena deu a ela um pedaço de terra na Fazenda Rosário. Ela tinha um filho, conhecido como Antoninho do Rasário, que ficou morando na terra dela. Madalena deu também à ex-escrava parteira, um pedaço de terra no sítio Retirada.

Clemência tinha muitos filhos. Entre eles, Antoninho do Rosário, Antoninho da Santa Rosa, Justino, uma filha apelidada por Pequena que morava no Cá Te Espero, e Ana, que casou com Joaquim Cantídio, um garimpeiro da estrada de ferro, pai de Zé Borrega, também garimpeiro.

Zé Borrega casou com sua prima Jardilina, filha
de Antoninho da Santa Rosa (Antônio Ferreira de Oliveira) e neta de Clemência. Depois, Zé Borrega deixou Jardilina, com quem era casado no religioso e civil.

FAZENDA TANQUE NOVO - A Fazenda Tanque Novo era de Cassimirinho. Ficava no fundo da Fazenda Angélica; hoje, uma parte pertence a José Miranda da Cunha (Zé de Virgínia).

FAZENDA TANQUINHO – Foi de Agenor de Freitas, pai de Dr. Graciliano de Freitas. Era uma fazenda muito grande, foi vendida a Abel Marques que fornecia lenha e dormentes para a estrada de ferro; foi desfrutada por mais de 10 anos; quando acabou a lenha e a madeira, foi vendida a retalho; A fazenda teve muitos compradores; eram mais de 1.000 tarefas; hoje, uma parte pertence a José Miranda da Cunha (Zé de Virgínia).

FAZENDA TINGUI - Foi de Manoel Geraldo de Serrinha. Depois, foi de João do Morro.

FAZENDA TOCO PRETO – De Gaspar Ferreira da Mota. Conta-se que um incêndio alastrou-se pela fazenda, queimando durante 15 dias; os tocos transformaram-se em carvão; daí o nome.

FAZENDA UMBUZEIRO ..........

Umbuzeiro - entrada do povoado


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

BARROCAS: FAZENDAS MAIS ANTIGAS

FAZENDA ROSÁRIO

Contam os antigos que a Fazenda Rosário ia da Serra do Mocambo até a Fazenda Lajedo e do Coité até a Pedra (Teofilândia atual); teve muitos donos, entre eles, José Manoel da Cunha (Zuza do Rosário).
A fazenda ficava na estrada que ia da Itapororoca a Serrinha. Do lado leste ficava Antônio de Eduardo, esposo de Paixão, e, seguindo do mesmo lado, ficava o Zuza do Rosário.
Mais adiante, ficava Antônio de Eduardo. Ele era casado com Paixão. Seus filhos: Frabriciano (casado com uma moça de Queimadas), Tiago (que morreu atropelado em Serrinha), América (mulher de Pedro Pedro do Maroto), Silvéria (que casou com Oscar, que foi morar perto do Largo do Tanque, em Salvador) e Isabel (casada com Vespasiano Pinto), Paulo (casado com uma moça do Cedro), Amaro (Amarinho) - casado com Ana, filha de Joaquim do Maroto e Basilinho morava entre o Esgoto e os Quatro Umbuzeiros de José Cosme Pereira (conhecido como Zé Miúdo ou Zé Perigo).
Zuza do Rosário tinha duas filhas: Virgínia e Maria, além dos filhos José Braz, Aprígio e outros. Virgínia casou-se com José Miranda (Terto), irmão de Dasdores, esposa de Antônio Queiroz. Maria, conhecida como Maria do Rosário, (Maria Lima Gonçalves), foi esposa de Antônio Alves de Lima, apelidado de Antônio do Coqueiro, dono da Fazenda Riacho Grande. Ela casou-se quatro vezes. Seus maridos: Cirilo Cordeiro, Calisto, Tomé do Mamão e Antônio do Coqueiro – Antônio do Coqueiro foi o último Marido.
Na Fazenda de Zuza do Rosário (José Manoel da Cunha), morava um homem conhecido como Zé dos Santos. Tomava muita cachaça e andava caindo pelas estradas. Ele vivia de cortar lenha na caatinga pra vender à estrada de ferro. Usava a mulher dele como meio de transporte. Amarrava os feixes de lenha e punha na cabeça dela e fazia carregar até á margem da linha do trem, onde a lenha era empilhada.
POVOADO DO ROSÁRIO

ROSÁRIO hoje é um povoado que fica a seis quilômetros da sede a principal fonte de renda é a pecuária e a agricultura: mandioca, feijão, milho e sisal. Há dois templos religiosos: Uma capela da Igreja Católica uma casa de oração da Evangélica Renascer.
A padroeira da comunidade é Nossa Senhora do Rosário; a capela foi construída com doação do povo. Possui um salão de reuniões. Iniciativa da construção da capela foi do grupo de jovens do prédio; o terreno foi doado por José Antônio Pereira e Ana Lima da Mota Pereira.
O Grupo de Jovens do Rosário (GJR) foi fundado em 23/09/1982.
Curiosidade: “No Rosário, morou uma família que era dona de escravos.
No povoado há descendentes de índio, como a senhora Zefa, que está viva e pode contar mais detalhes. Morador mais antigo: José Lopes Simões - conhecido como Dedé do Rosário.
Líderes políticos: José Inácio, Agenor Ferreira (Dodô) e Ananias Cordeiro.

Time de Futebol: Vasco do Rosário”. Fonte:http://jornalanossavozacidade.blogspot.com/p/povoados.html.
Capela
Templo evangélico

Rosário - pracinha principal


Rosário - posto médico

Rosário - quadra esportiva

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FAZENDAS MAIS ANTIGAS DE BARROCAS (N, O, P, Q e R)

FAZENDA NOVA BRASÍLIA (antiga Fazenda Tigre) - Pertencia a Antoninho do Campo Limpo. Hoje pertence a José Pedro Ferreira.
O povoado tem este nome porque foi iniciado juntamente com o começo da construção de Brasília. O nome surgiu de uma brincadeira enquanto Zacarias e outros conversavam durante a construção de um açude feito por Lourinho Chileno.

FAZENDA OURICURI (São Miguel do Ouricuri) – De Antônio Ferreira da Mota e sua mulher Antônia Pinheiro da Mota. Outro dono: Luiz Gonzaga de Oliveira e Maria Joaquina de Oliveira.

“A Fazenda Ouricuri, se deu da seguinte forma: Uma fazenda chamada Ouricuri, devido a grande quantidade de ouricurizeiros, dos proprietários Sr. José do Cumbe e sua esposa Rosa Maria de Jesus, que venderam mais tarde ao Sr. Zacarias Silva; terreno esse, onde está situada a igreja, doado pelo Sr. Zacarias”.
“Mais ou menos nos anos 70, foi construída uma sala escolar que contou com a professora Maria Daniel de Oliveira. Lugar que servia para aglomerar pessoas para ouvir a palavra de Deus. A capela foi construída em 1975”.

“Em 1977, por termos como padroeiro, o Arcanjo São Gabriel, padre Lucas resolve, juntamente com toda a comunidade, alterar o nome para São Miguel do Ouricuri”. (Contada por Laura Santana de Oliveira, Isabel Oliveira de Jesus e José Alcântara de Oliveira; escrita por Robenildo S. Brito; publicada no boletim “A Cidade” (sem data).

FAZENDA PAI JOSÉ - A Fazenda Pai José ficava perto da Fazenda Espera; pertencia a Ciríaco. Ele trabalhava com couro e sola, fazendo jaleco, chapéu de couro, alforje e arreios de animal.

FAZENDA PERIQUITO – Onde morava Caúsa e seu irmão Zelino.

FAZENDA PAI JOSÉ - A Fazenda Pai José ficava perto da Fazenda Espera; pertencia a Ciríaco. Ele trabalhava com couro e sola, fazendo jaleco, chapéu de couro, alforje e arreios de animal.

FAZENDA PERIQUITO – Onde morava Caúsa e seu irmão Zelino.

FAZENDA PEROBA- Pertencia a João Cosme da Mota.

FAZENDA PIRAJÁ I - Foi de Sinfrônio Alves de Queiroz. Hoje pertence a seu filho João da Mata de Queiroz (Joanisio).

FAZENDA PIRAJÁ II - Era de Miguel Santiago e sua esposa Zezita.

FAZENDA REPENTE – pertencia a Joaquim Cantídio; depois foi de João Olegário de Queiroz.

FAZENDA RIACHO GRANDE - A Fazenda Riacho Grande foi de Antônio Alves de Lima (Antônio Garrancho), conhecido também como Antônio do Coqueiro casado com Maria Lima Gonçalves (Maria do Rosário), filha de José Ma noel da Cunha (Zuza do Rosário). A fazenda foi comprada em 1916. Com a morte de Antônio do Coqueiro Maria do Rosário herdou a fazenda.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

BARROCAS/BAHIA - A BANDA 30 DE MARÇO

NOTÍCIA QUE ENTRISTECE


"Filarmônica 30 de Março de Barrocas encerra as atividades por falta de recursos".

“A Filarmônica de Barrocas foi fundada em 30 de março de 2008, desde a sua fundação a diretoria tentou iniciar as atividades, depois de anos organizado a documentação e buscando apoios, a instituição enfim abriu as portas no dia 30 de agosto de 2010”. E agora foi obrigada a fechar suas porta.

“Emocionados diretores, sócios, alunos e funcionários baixaram as portas com a expectativa de que a música volte a tocar logo em breve”.
Alunos do curso de flauta doce

Lamentável. Uma entidade como a Filarmônica 30 de Março ter que fechar suas portas por falta de recursos. Uma frustração geral para os alunos, para a diretoria, para todos que amam a música e a cultura; frustração para toda a comunidade e para os amigos de Barrocas.

O Presidente da Banda, Rubenilson, bastante emocionado disse:

“Fizemos o que estava ao nosso alcance, fundamos, abrimos, formamos turmas, infelizmente chegou-se a este ponto, só quem viu os meninos tocando pode avaliar o quanto perdemos com a suspensão das aulas, algumas pessoas já havia me alertado que por aqui tudo gira em torno do cimento ou pedra, cultura e arte é só fachada” - concluiu.
Alunos do curso de dança

Não se deem por vencidos. Vão à luta; unam-se, conversem... Uma luz há de brilhar no fim do túnel e Barrocas "vai ver a banda passar, tocando coisa de amor"; "a moça triste que vivia calada" vai sorrir. E a meninada toda vai se assanhar "pra ver a banda passar, cantando coisas de amor".

Que estes homens sérios que vivem contando dinheiro, parem de contar e abram a mão para ajudar a cultura local. E, assim, a nossa gente sofrida vai
despedir-se da dor..."Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor".

Saibam mais: http://jornalanossavoz.blogspot.com/2011/02/filarmonica-30-de-marco-de-barrocas.html#comment-form

sábado, 12 de fevereiro de 2011

FAZENDAS MAIS ANTIGAS DE BARROCAS (De L a M)

LAGOA DA CRUZ


A Fazenda Lagoa da Cruz era de Antônio Gabriel, desmembrada da Fazenda Rosário. Antes essa fazenda foi de João Paz Cardoso e de sua esposa Leonor Cardoso. Chama-se Lagoa da Cruz pelo fato de que, durante a “doença do rato” que assolou a região, as pessoas eram enterradas perto da lagoa e aí implantaram uma cruz, onde se faziam orações. A lagoa não existe mais, porém a cruz ainda está lá.
Lagoa da Cruz tornou-se um povoado. Está a oito quilômetros de Barrocas. As fontes de renda são a pecuária e a agricultura. Lá existe um time de futebol - o Santa Cruz - fundado em 10 de abril de 1984. Existem lá as seguintes denominações religiosas: Igreja Católica, Assembléia de Deus e Batista Lírio dos Vales.
A Igreja Católica tem uma capela, cujo padroeiro é Santo Antônio. O terreno foi doado por Antônio Gabriel e família.
“O primeiro morador, Antônio Gabriel, pagava a um professor de Serrinha para dar aulas de Português, Matemática e Religião aos moradores. Resultado: Lagoa da Cruz é um dos povoados com mais moradores com nível superior da região e tem várias freiras,inclusive a Madre Superiora de um Convento .Morador mais antigo: João Pereira.Líder político: Justiniano”.
(Conf.: http://jornalanossavozacidade.blogspot.com/p/povoados.html)

LAGOA REDONDA - Aqui há uma capela, cujo padroeiro é Santo Antônio. A construção foi iniciativa de José Mota Ferreira. Área: 12mx08m. No fundo, há um de pósitocom área de 04mx2,50m.

LAGOA DOS UMBUS - De Lázaro; quando ele morreu, a mulher foi morar perto da Malhada da Aroeira, vizinho a Cassimiro.

LAGOA DO VELHO - O primeiro dono da Fazenda Lagoa do Velho foi Antônio Joaquim. Este senhor possuía muitos escravos e tinha cangaceiros. Com os escravos, ele cavou um tanque dentro da lagoa.
Conta-se que, certa vez, veio de Itapicuru, um grupo de adversários para atacar o Antônio Joaquim. Como ele já vivia assustado, estava sempre atento. Certo dia, ao ouvir o canto alvoroçado de um bando de espanta-boiada, correu para ver o que estava acontecendo. Viu que um grupo de homens armados estava entrando na fazenda. Imediatamente, voltou às pressas e mobilizou os jagunços dele, entrincheirando-os atrás das pedras, armados com espingardas e mandou abrir fogo contra o inimigo. Só escapou um que saiu correndo em disparada e os jagunços de Antônio Joaquim saíram correndo atrás. Foi encontrado à beira do riacho, de joelhos, rezando o ofício de Nossa Senhora. Vendo naquele estado, o dono da fazenda deixou-o vivo e ir em paz.

LARANJA – Foi de Laudelino, um dos filhos de Eduardo do Peba
MAÇARANDUBA - De Manoel Ferreira de Araújo.
MALHADA REDONDA – De Zé Gordinho e outros.
MILHO BRANCO - Foi de Elói, pai de Antônio Elói.

MILHO VERDE - Foi de Pedro Ricardo de Queiroz, casado com Maria Roberta de Queiroz.
Na fazenda há uma capela, tendo como padroeira Nossa Senhora das Graças.

MINAÇÃO - A Fazenda Minação era de Antônio Luiz Damião – conhecido como Antônio da Minação; comprada ao coronel Leôncio Freitas, em 1880, por 500$000 (quinhentos mil réis).
Minação tem como padroeira Santa Luzia; a capela construída com doação do povo em 1979, por iniciativa de Manoel Luiz Damião.

MORRO DA PEDRA – De Miguel Pinheiro, casado com Maria, filha de Antônio Alves de Queiroz e Maria das Dores.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

BARROCAS: JOÃO NETO LANÇA NOVO LIVRO

João Neto

No próximo dia cinco de fevereiro de 2011, João Neto, comemorando seus 90 anos de idade, estará lançando mais um livro sobre sua cidade natal. O ato será realizado no Clube Selão em Barrocas, às 19h, com a presença de familiares, amigos e convidados.

Após a publicação de seu livro BARROCAS, uma filha da estrada de ferro e de sua autobiografia intitulada, RETROSPECTIVA DE UMA VIDA, João Neto achou que ainda ficou muita coisa que não foi contada nos livros anteriores. Por isso, pensou em escrever A HISTÓRIA QUE A HISTÓRIA NÃO CONTOU. Mas a primeira edição dos livros anteriores já se tinha esgotado e muita gente ainda procurava. Resultado: João Neto e seu amigo Tiago de Assis Batista - colaborador em ambas as publicações anteriores - pensaram em publicar um só volume no qual se contassem a história da origem de Barrocas, os assuntos que ficaram faltando no primeiro livro e a sua autobiografia.
Assim, saiu este novo livro BARROCAS: ORIGENS, FAZENDAS, PESSOAS, POLÍTICA E FATOS que a historia não contou .

Nestas páginas, o autor, na simplicidade de suas palavras, sem nenhuma pretensão de produzir uma obra literária, resgata um pouco da história de Barrocas, faz um relato das antigas fazendas e seus primitivos donos, lembra pessoas que influenciaram no desenvolvimento do povoado até se tornar uma cidade ou que, de algum modo, estão ligadas às origens; finalmente, narra a sua biografia.

Ele demonstra que Barrocas nasceu com a passagem da estrada de ferro pela região e ao trem ela deve não só a sua origem, como também o seu desenvolvimento; narra como surgiu o seu povoamento, as primeiras famílias; como surgiu o comércio, cita nomes dos primeiros comerciantes; relata a história da educação e da vida religiosa na cidade; faz uma retrospectiva de sua vida política desde a sua condição e distrito de Serrinha até a sua emancipação, a sua volta a distrito de serrinha e reemancipação; faz um resumo da atuação dos prefeitos e vereadores desde João Olegário até José Almir. Traça um perfil dos políticos de Barrocas e apresenta alguns dados biográficos dos vereadores mais antigos

Para realizar o seu trabalho, João Neto recorreu às lembranças de sua meninice e juventude; consultou antigos moradores; pediu informações; ouviu depoimentos; pesquisou em cartórios, em livros de batizados, casamentos e óbitos de paróquias e da diocese, resgatando escrituras e certidões para documentar seu trabalho.

O autor contou ainda com a colaboração de Tiago de Assis Batista, outro barroquense sobrinho do terceiro comerciante de Barrocas, Pedro Esmeraldo Pimentel. O Tiago, apesar de ter saído criança de Barrocas, guarda muitas recordações de sua terra natal.

Este livro pode não ter valor literário ou um valor histórico no sentido estrito da palavra, mas poderá servir como fonte de conhecimento da origem de Barrocas para as novas gerações e de inspiração para alguém que queira produzir uma obra mais completa sobre sua história.