terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

COMENTÁRIOS ANÔNIMOS NÃO DEVEM SER PUBLICADOS

Lendo no Blog de Rubenilson - Jornal @ Nossa Voz -, encontrei uma matéria em que o redator dizia ter decidido não publicar mais os comentários anônimos, justificando que “diante dos numerosos comentários que estão chegando para este Blog, em sua grande maioria contendo textos com difamações, acusações sem provas, politicagem, “baixaria” e ameaças por não publicarmos os mesmos..., comentários estes vindo de ambos os lados, principalmente de quem não aceita às mudanças, cada um defendendo os seus próprios interesses e não o da população barroquense, nós, em reunião ocorrida na segunda-feira, decidimos por suspender temporariamente os comentários anônimos”.
Eu apoio a ideia de suspender os comentários anônimos. Temos garantido o direito de expressão. Qualquer um pode fazer as críticas que acharem justas e úteis para o bem comum. As críticas sérias, justas e cabíveis, por mais contundentes que sejam, só ajudam. E quem as faz deve assumi-las. Fazer a crítica e se esconder no anonimato, demonstra falta de compromisso com o que diz. Para que publicar um comentário que nem o autor assume o que disse?
Depois, são comentários que envergonham a educação em Barrocas. Esses anônimos não aprenderam nada na escola. Ignoram as regras básicas da Gramática Portuguesa; não têm a ideia mínima de pontuação.
Esses comentários não devem ser publicados. Poupemos a Escola de Barrocas a passar por esta vergonha por causa desses maus alunos que não aprenderam a redigir nem a falar corretamente nosso idioma.
Tememos como exemplos estes comentários abaixo:
Anônimo 13/02/12
“kkkkkkkkkkkk rubenilson sempre garfando os comentarios anomino em vc naum tem geito mesmo kkkkkkksabemos que vc tem medo de processos e de bala vc tem medo tambem e de nois dar uns tapas em seus filhos tem tambem pois o que vamos fazer vai ser isso viu se prepareee" em .<>(Comentário enviado em 13/02/12)”
Esse sujeito não tem jeito mesmo. Estraçalhou a gramática e ainda quer dar tapas em crianças. Note a expressão: “De nois dar uns tapas”. Ele tem mesmo que se esconder por trás do anonimato.

O comentário seguinte também é curioso e humorístico em sua forma. Veja:
Anônimo Feb 12, 2012 11:26 AM
“se almi treuiu alguem foram aqueles que ecreditaram que ele iri botar voces tudo para fora logo no primeiro ano, não traiu vocês, esses monte de como de graça, tem uns aí que nunca trabalhou de verdade, se vevem nos melhores carnavais, nas vaquejadas tem camarote exclusivo, tao pensando q o povo não viu tudo isso, kkkkk vocês vão ver na eleição, a revolta é grande. chega desse grupo no poder”.
Em ambos os comentários, os erros de português e redação são gritantes, basta ver o “nois dar” do primeiro e o “ se vevem” do segundo.



OLHANDO O PASSADO
Em meu tempo de criança e de jovem, em Barrocas só havia o curso primário. Mas as crianças aprendiam na escola a fazer redações empregando bem as regras gramaticais e a fazer a pontuação adequada; aprendiam regras de ortografia e de concordância; a conjugar os vermos em todos os tempos, modos e pessoas; falar e escrever bem, era uma honra para o aluno. Quando alguém queria elogiar outra, dizia: Ele é bem-falante. Ser bem-falante punha as pessoas em destaque.
Eu era criança e João Olegário já homem casado. João Olegário, barroquense que orgulha sua terra, era um bem-falante; João Neto era e é um bem-falante; Antônio Simões, Joaquim Otaviano, Sebastião de Caduda, Donato, Os filhos de Miguel Pinheiro – Antônio, Deusdedit, Carlinhos; os filhos de Torquato, de Pedrinho de Cândido e tantos outros da época, eram também bem-falantes. Todos estudaram em Barrocas. Todos tinham vergonha de “falar errado”. Não havia o ginásio em Barrocas nem em Serrinha ainda, mas a escola primária preparava os alunos para a vida. Ensinava os elementos fundamentais da Língua Pátria, da Aritmética, História, Geografia e Ciências Naturais e Civilidade.
Relembrando João Olegário, além de bem-falante, ele escrevia muito bem, basta ver uma carta que ele escreveu por ocasião da volta de Barrocas a Distrito de Serrinha, publicada no livro de João Neto sobre a História de Barrocas.
Pena que hoje em Barrocas, com tantos colégios, com professores e professoras preparados e qualificados, com tantos recursos da tecnologia moderna na educação, e ainda há alguns alunos que não sabem aproveitar. Passam pela escola e saem semianalfebatizados. Pior que ainda pretendem escrever comentários e dar opiniões sobre assuntos que eles desconhecem. Como desconhecem, dizem bobagens e ainda partem para provocações.
O
blog, não deve publicar provocações.

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