domingo, 30 de janeiro de 2011

FAZENDAS MAIS ANTIGAS DE BARROCAS (De J a L)

Continuação... LAGOA DA CRUZ

A Fazenda Lagoa da Cruz era de Antônio Gabriel, desmembrada da Fazenda Rosário. Antes essa fazenda foi de João Paz Cardoso e de sua esposa Leonor Cardoso. Chama-se Lagoa da Cruz pelo fato de que, durante a “doença do rato” que assolou a região, as pessoas eram enterradas perto da lagoa e aí implantaram uma cruz, onde se faziam orações. A lagoa não existe mais, porém a cruz ainda está lá. Lagoa da Cruz tornou-se um povoado. Está a oito quilômetros de Barrocas.

As fontes de renda são a pecuária e a agricultura. Lá existe um time de futebol - o Santa Cruz - fundado em 10 de abril de 1984. Existem lá as seguintes denominações religiosas: Igreja Católica, Assembléia de Deus e Batista Lírio dos Vales. A Igreja Católica tem uma capela, cujo padroeiro é Santo Antônio. O terreno foi doado por Antônio Gabriel e família. “O primeiro morador, Antônio Gabriel, pagava a um professor de Serrinha para dar aulas de Português, Matemática e Religião aos moradores. Resultado: Lagoa da Cruz é um dos povoados com mais moradores com nível superior da região e tem várias freiras, inclusive a Madre Superiora de um Convento .Morador mais antigo: João Pereira.Líder político: Justiniano”. (Conf.: http://jornalanossavozacidade.blogspot.com/p/povoados.html) .

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JENIPAPO - A Fazenda Jenipapo pertencia a Inácio Gonçalves Pereira, tio de Joaquim do Maroto. Joaquim do Maroto contava que, certo dia, Inácio saindo da Fazenda Brejo para o Jenipapo, ao chegar à Fazenda Porteira, viu uma luz debaixo de um umbuzeiro que havia à beira da estrada; vendo aquela luz vindo a seu encontro, ele puxou o facão, grande e largo, tipo espada, para se defender daquele fenômeno. Como o facão não podia golpear a luz, atingiu a sua bota, cortando-a e ferindo a perna. Diante do espetáculo, o burro em que ele estava montado espantou-se e saiu correndo desembestado até a Fazenda Jenipapo. Ele deixou o burro solto com os arreios; entrou em casa e debruçou-se sobre a mesa e adormeceu, passando ali a noite. Pela manhã, teve que cortar a bota para tirá-la, pois estava cheia de sangue coalhado. Depois, foi ver o que tinha acontecido com o burro; esse estava de pé, quieto, na frente da casa, sem ter saído do local. Do Jenipapo, seguindo para o norte, havia outras fazendas. Uma delas era a Fazenda Periquito onde morava Caúza e Zelino que tinha um filho chamado Marciano; outra era a Fazenda Cipó, que era de Leopoldino que morava no Cedro; foi da família de Eduardo do Peba. Também, o terreno onde é localizado o Tanque do Esgoto era dessa família. Seguindo mais para o oeste, encontrava-se a Fazenda Laranja, que era de um dos filhos de Eduardo do Peba. Eram filhos de Eduardo: Horácio – que era ferreiro em Salgadália; Laudelino, Antônio, Vítor e Leopoldino do Cedro. Hoje, a comunidade do Jenipapo tem como padroeiro Senhor do Bonfim. A capela foi construída por iniciativa de Josefa Cordeiro dos Santos, em 1986, com doação do povo.

JITAÍ - Pertencia a José Cosme Damião, filho de Pedro Cosme Damião e Antônia.

JITIRANA - Os primeiros donos da Jitirana eram do pessoal de Dr. Graciliano de Freitas; pertenceu a Justino Alves de Lima, que herdou de seu avô João (bisavô de José Edilson de Lima Ferreira, que foi prefeito de Barrocas); depois, pertenceu a Leobino mestre de linha.


Assombração na Fazenda Jitirana

Em certa ocasião, começaram a aparecer fatos estranhos em uma casa da Fazenda Jitirana. À noite, começava a cair flores no telhado de uma das casas. A noticia se espalhou e os curiosos corriam para ver o que acontecia. Era inexplicável o acontecimento. Os moradores recorreram ao Padre Carlos, pároco de Serrinha, para ter uma explicação do fenômeno. O padre perguntou se havia por lá alguma criança. Havia um garoto, que logo foi apresentado ao padre. Sendo interrogado a sós, o sacerdote deu ao garoto uma oração de São Miguel Arcanjo para que ele recitasse todos os dias. Com o passar do tempo, o fenômeno desapareceu.

LADEIRA – Conta-se que “lá pelos meados de 1888, Antônio Pinheiro de Carvalho (Antônio da Ladeira) chegou a essa localidade com sua esposa Maria Salustiana, vindos de um lugar chamado Boa Sorte; construíram sua casa e, ali, tiveram seus filhos: Ana, Antônia, Pedro, Joaquim, José, Maria, Genoveva, Cecília, Júlia, Antônio, Ermírio e Rosa”. Essa fazenda pertenceu também a Maxi que vendeu a Antônio José de Carvalho. A Comunidade de Ladeira possui uma capela construída em 1981. Padroeiro: Sagrado Coração de Jesus; terreno doado por José de Souza Pinheiro.

LAJEDINHO - Pertencia a Ana dos Reis e a seu esposo. Hoje pertence a João Cosme da Mota e outros.

LAJEDO - A Fazenda Lajedo foi de Leôncio e passou para seu filho Dr. Graciliano de Freitas. Depois da morte do dono, a viúva fez um testamento deixando para uma pessoa que nem era da família. Hoje a Fazenda Lagedo pertence a Marcelo de Carvalho Costa e a seu irmão Alberto de Freitas Costa Filho, ambos filhos de Alberto de Freitas Costa, sobrinho em 1º grau de Graciliano Pedreira de Freitas.

LAGOA DANTA – Eram moradores da Fazenda Lagoa Danta: José Queiroz Sobrinho (Juca de Nane), José Roque (Zé Roque), filho de Anjinho do Socovão e casado com Regina. Depois da morte de Zé Roque, a viúva casou-se com José Cândido que ficou morando na fazenda. Na Lagoa Danta, Zé Roque teve venda e foi construído um campo de futebol.

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