sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O verdadeiro inimigo é o Estado Capimunista

$talinácio é consequência,
não a causa!
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Sabe quem traçou o retrato justo e perfeito do desgoverno do crime organizado - e suas "gestapos" - no Brasil? Ninguém menos que o super-bem-remunerado advogado da turma do Mensalão e do Petrolão, bem como de grandes empresários. Nos arredores do apartamento dele em Paris, sentado em um barco à margem do Rio Sena, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, pontificou:

"Hoje temos dois problemas: o daquele que não tem acesso ao Judiciário e dos que são penalizados por serem ricos. O Brasil vive, sem a menor dúvida, um momento de criminalização da Riqueza, em que a Justiça tenta a qualquer custo jogar a sociedade contra quem tem algum tipo de poder. Esses juízes que pensam que são deuses, esses procuradores que pensam que são semideuses".

Kakay e mais 104 advogados, de forma bem articulada, vão além. Publicam um manifesto em vários jornais, atacando abertamente o juiz Sérgio Moro e toda a Força Tarefa da Lava Jato, acusando-os de violar garantias fundamentais de suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Os defensores reclamam que os métodos empregados ameaçam o estado de Direito. Condenam o que chamam de vazamento seletivo de informações sigilosas para forçar acordos de delação premiada, em uma espécie de inquisição na qual já se sabe qual será o resultado.

Estrategicamente, os advogados detonam: “O menoscabo à presunção de inocência, ao direito de defesa, à garantia de imparcialidade da jurisdição e ao princípio do juiz natural, o desvirtuamento do uso da prisão provisória, o vazamento seletivo de documentos e informações sigilosas, a sonegação de documentos às defesas dos acusado, a execração pública dos réus e o desrespeito às prerrogativas da advocacia, dentre outros graves vícios, estão se consolidando como marca da Lava-Jato, com consequências nefastas para o presente e o futuro da Justiça criminal brasileira”.

Quem discorda frontalmente dessas críticas é o procurador da República Alan Mansur, diretor de Comunicação da Associação Nacional dos Procuradores da República: "É um direito (dos advogados) de espernear. Mas as decisões são baseadas em provas robustas. As delações são um ponto de partida das investigações. Para se conseguir uma condenação, todas precisam ser ratificadas. Não se trata de decisões de um juiz isolado. É a jurisprudência reiterada de vários tribunais, inclusive da Suprema Corte".

Não por coincidência, a bem articulada manifestação de advogados acontece no momento em que se reconhece que existe um ambiente criado para uma eventual prisão do poderoso Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto que o ex-Presidente passou um recibo de que "algo muito grave pode lhe acontecer". Não foi à toa que ele contratou o ex-governador do Rio de Janeiro (1994), o conceituado e caríssimo advogado criminalista Nilo Batista, para reforçar o time de seus defensores, já formado por Cristiano Zanin, Roberto Teixeira e pelo deputado federal petista Wadih Damous. O curioso é que Nilo Batista garante que trabalhará de graça para Lula - um gênio que fez fortuna dando palestras, mas agora gasta toda a lábia na milagrosa tentativa de não deixar seu mito terminar lavado a jato...

O papo politicamente furado de $talinácio, o esperneio dos advogados e a revolta de profissionais do Judiciário que desejam fazer Justiça merecem uma profunda reflexão sem paixões e ideologias. Todos travam um debate que chegará a conclusão alguma. Todos focam nos efeitos, nas consequências, e não nas causas estruturais da falência institucional do Estado Capimunista Rentista Corrupto do Brasil. Nada funciona corretamente, enquanto os quatro poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e Militar) batem cabeça. Enquanto não funcionar o quinto poder (o Cidadão) nada tem jeito... A regra do jogo é a do Crime Organizado. A cidadania já começa o jogo derrotada previamente no País que nunca teve Democracia (Segurança do Direito) e muito menos plena Ordem Pública - a base de tudo, pois assegura a vida, regulando a convivência humana. Só uma profunda Intervenção Cívica Constitucional pode reinventar e refundar o Brasil em bases republicanas e federalistas, com ordenamento jurídico mais claro e simplificado, para ser cumprido de forma consciente pelo cidadão.

Quando chegarmos a esse grau cidadão-civilizatório, não haverá problema que um Lula seja investigado. Até porque é bem capaz de alguém como Lula nem consiga prosperar politicamente. Exatamente por isto, a prioridade do Brasil é mudar para melhor. O brasileiro já se rebela e promove uma revolução (nem tão silenciosa) contra a desgovernança do crime que serve a qualquer "patrão" que comandar a máquina estatal.

Nosso inimigo é este Estado de Merda. Quem for inimigo do Estado vai ser vítima do rigor seletivo de ocasião. Uma hora é um empresário produtivo, outra é um banqueiro, de vez em quanto é um corrupto, raramente é um político, mas sempre, no final das contas, é o cidadão honesto que só paga imposto e sustenta a máquina criminosa, camaleônica, que se reproduz e perpetua, fazendo a vítima que for conveniente em cada ocasião. Lutar contra isto é fundamental.

A guerra não vai ser fácil... Os bandidos já estão trazendo de volta a grana que roubaram e esconderam no exterior, na maior lavagem e esquentamento de grana nunca antes visto na História, tudo com a canetada da Dilma Rousseff, a pedido dos políticos e demais corruptos a eles associados... A quantidade de "ricos" ilícitos vai aumentar mais ainda... Ai de quem reclamar desta riqueza literalmente criminalizada...

Conclusão: se não mudarmos a estrutura estatal, não adianta atacar meras consequências, porque o mal sempre vai garantir sua hegemonia. Mudar o Estado no Brasil exige vontade, competência, persistência, sabedoria e (o que a maioria não gosta) muito estudo e debate aberto, livre e democrático, ouvindo e tolerando toda a galera ideológica e corporativista - mesmo reconhecendo, na prática, que o malandro verniz gramscista há muito tempo leva vantagem, pois é cinicamente empregado pelos canalhas das organizações criminosas.

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