sábado, 15 de dezembro de 2012

Casa do Sertão prestou homenagem a Luiz Gonzaga, o Rei do Baião

Raimundo Sanfoneiro

Dizem os moradores mais antigos da comunidade de Boa União, que certo dia um surgiu na região, um senhor dirigindo um Jeep. Ele parou à beira da estrada para pedir informação. O homem seria Luiz Gonzaga que queria chegar à cidade de Ichú onde realizaria um show. Assim que recebeu a orientação para chegar ao destino o Rei do Baião, conforme conta-se, perguntou se o informante não estava lhe conhecendo, ao receber o não como resposta, disse: “Sou Luiz Gonzaga”.

Gonzagão completaria no dia 13 de dezembro de 2012, 100 anos, por isso em todo o Brasil, a quinta-feira (13) foi marcada pelas homenagens merecidas ao mais ilustre nordestino, também   conhecido por Lula, apelido dado a Gonzaga por seus pais, Januário e dona Santana.

Uma destas homenagens aconteceu ontem na Casa do Sertão. Celso Coelho reuniu os amigos e amantes da cultura para contar, através de versos, um pouco da história musical do Rei. Coube à dupla Antônio Queiroz e Antônio Pedreira, tirar da viola o som que Luiz tirava da sanfona, não tanto quanto seu Pai Januario, mas o suficiente para conquistar o mundo.

Falando em Sanfona, ela não se absteve da festa, foi Raimundo quem relembrou dos tempos antigos em época moderna, e fez o povo balançar o esqueleto com um trio formado por ele na sanfona, um zabumbeiro e o homem do triângulo, formação inventada por Gonzaga. Era assim que ele se apresentava nos circos.

Celso, como surpresa, revelou o museu da Casa do Sertão, um sonho realizado, uma conquista para Barrocas. Tudo isso teria que ser num dia especial como o centenário de Luiz Gonzaga. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes para se unir a Celso, Alzamira e família e, juntos, aplaudirem o homem que cantou Aza Branca contando a história do sertão.

Por Rubenilson Nogueira

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