sábado, 30 de janeiro de 2016

Agricultores barroquenses encontram dificuldades no plantio da mandioca: "Tá faltando manaíba na região".

Foto: Reprodução
Segundo agricultores consultados pelo JANV, diante das constantes chuvas, a região vive o momento ideal para semear o solo; com o clima propício, dá para plantar de tudo, mas, especialmente, "o feijão de corda e a mandioca", como destacou a senhora Nilza, moradora da região de Nova Brasília.
Secretária Maria Lucenir
Porém, os agricultores têm enfrentado dificuldade para encontrar a manaíba, que é uma parte do caule da mandioca adulta. Manaíba ou manivas - São pedaços de caule de plantas adultas saudáveis, com 15 a 25 cm de comprimento e cerca de 2,5 cm de diâmetro. As manivas são colocadas em sulcos ou covas de 5 a 10 cm de profundidade.

Segundo a secretária de Agricultura Maria Lucenir, em outras ocasiões a manaíba vinda da cidade de Santo Antônio de Jesus, distante 202 quilômetros de Barrocas, adquirida em parceria com a Prefeitura Municipal de Barrocas, não adaptou-se ao clima e solo da região. "O que plantou não se desenvolveu". Para aproveitar o bom tempo e as chuvas, a Secretaria tem tentado adquirir a raiz em outras cidades da Região do Sisal; "caso alguma cidade como Serrinha, Teofilândia, Conceição do Coité,  etc. tiverem a manaíba, podemos trazer para plantar em Barrocas".

Cerealista Gelson da Farinha
Para o cerealista Gelson da Farinha, a cultura de produzir a própria farinha da mandioca está prestes a ser extinta na cidade. "Diante da ausência de mão de obra, tempo de espera e produção com baixo retorno financeiro, as famílias preferem comprar pronta", afirma o Gelson da Farinha. Sobre a manaíba deixou claro que a procura existe agora por um número 'razoável' de pessoas. 

Um dos derivados da mandioca, a farinha de mandioca, em estabelecimentos comerciais barroquenses variam de preço; o litro custa de R$ 1,50 a R$ 3,50 reais do produto trazido da cidade de Crisópolis-BA. Na feira-livre, às sextas e aos sábados, é fácil encontrar a goma, bolo de aipim e a bolacha de goma.
Poucas casas de farinhas comunitárias são vistas em funcionamento atualmente no município. A tradição vem perdendo forças, quando antigamente dezenas de mulheres em grupo passavam dias raspando, coando e preparando a goma para o beiju e diversos derivado da mandioca, dedicação que gerava emprego e renda nos povoados.
Foto: Arquivo
Conheça o inventor barroquense que resolveu o problema da falta de mão de obra na produção da farinha de mandioca. Veja aqui! Conheça a comunidade que conseguiu um curso para ensinar a trabalhar com os derivados da mandioca. Veja Aqui!

@ Nossa Voz da Redação - Victor Santos e Rubenilson Nogueira

Fonte: http://www.jornalanossavoz.com.br/

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