O ideal de todo rapaz e de toda moça em Barrocas de antigamente,era o casamento. Também a maior alegria dos pais era casar uma filha com um rapaz de boa família, mesmo que fosse de origem humilde. Meninos e meninas eram educados desde pequenos para futuramente serem esposos e esposas, pais e mães. Os meninos seguiam o exemplo dos pais; começavam a ajudar o pai desde cedo: se o pai era comerciante, o filho já começava a ajudá-lo no balcão; se era ferreiro, carpinteiro, funileiro, ajudavam-no em sua tenda enquanto iam aprendendo a profissão. Na roça, cedo começavam a pegar na enxada, na foice, no machado; à medida que iam crescendo, já começavam a plantar sua rocinha de milho, feijão, mandioca, amendoim, fumo; se o pai criava vacas, ovelhas e cabras, o garoto já ia aprendendo a apartar bezerro, tirar leite, cuidar da criação; aprendiam a lidar com os animais de montaria e de carga; onde havia carro de boi, o menino começava como chamador de boi, depois ia aprendendo a carrear; quando o pai lidava com tropas de burros ou de jegues, o filho aprendia esta atividade. Passado o tempo, ficando rapaz, o jovem começava a namorar; começava a se estabelecer numa profissão ou fazia o seu roçado e construía sua casa. Era tempo de pedir ao pai da moça licença para namorar na porta; depois pedia a moça em casamento; ficavam noivos e marcavam já o casamento. Havia o costume entre alguns chefes de família, de o pai do rapaz pedir ao pai da moça a mão da filha em casamento para o filho. Casado, a história ia se repetindo: criar os filhos para serem futuros pais de família.
Procedimento semelhante ocorria com as filhas. Essas tinham a mãe como exemplo. Desde meninas se preparavam para o casamento; olhando o procedimento da mãe, iam aprendendo como ser esposas e mães. Ajudavam a mãe nos afazeres domésticos: cozinhar, lavar roupa, buscar água na fonte, cuidar dos irmãos menores. Quando a mãe estava de resguardo, as filhas tomavam conta da casa, lavavam os cueiros do nenê. Cuidava dos irmãos menores. Desde criança já iam à fonte com a mãe lavar roupa; estendia os panos, molhava-os no quarador, estendia na cerca para enxugar.
Procedimento semelhante ocorria com as filhas. Essas tinham a mãe como exemplo. Desde meninas se preparavam para o casamento; olhando o procedimento da mãe, iam aprendendo como ser esposas e mães. Ajudavam a mãe nos afazeres domésticos: cozinhar, lavar roupa, buscar água na fonte, cuidar dos irmãos menores. Quando a mãe estava de resguardo, as filhas tomavam conta da casa, lavavam os cueiros do nenê. Cuidava dos irmãos menores. Desde criança já iam à fonte com a mãe lavar roupa; estendia os panos, molhava-os no quarador, estendia na cerca para enxugar.
Eram cercadas de todos os cuidados e vigilância para que se mantivessem inocentes e puras, para que assim, fossem para o altar receber o noivo como marido. Havia brinquedos de meninas e brinquedos de menino; menina brincava com menina e menino com menino. Os pais tinham o maior cuidado para as filhas não ficarem “faladas”. Moça falada não encontravam namorados sérios nem casamento; ou ficavam pra titia ou “se jogavam na vida” com a excomunhão dos pais; muitas, depois de se perderem, eram expulsas de casa.
Com a mãe as filhas aprendiam todos os deveres de uma esposa e mãe exemplar; os mistérios para se tornarem mães, aprendiam com alguma colega mais ousada que já tinha passado pela experiência ou com alguma vovozinha mais desinibida.
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