quinta-feira, 29 de março de 2012

PRIMEIROS TEMPOS DE BARROCAS NA LEMBRANÇA DE PESSOAS MAIS IDOSAS

Dona Maria Pimentel Batista (foto)*, com 94 anos de idade completos, completa as lembranças de D. Martila sobre Barrocas. Nascida na Fazenda Fortuna (hoje pertencente ao município de Teofilândia), irmã de Pedro Esmeraldo Pimentel, terceiro comerciante de Barrocas, junto com João Afonso da Silva e Antônio Alves de Queiroz. Com cinco anos de idade, em 1922, a menina Maria Pementel de Oliveira deixava a Fazenda Fortuna e vinha morar em Barrocas com seu irmão mais velho, conhecido também como Pedrinho Pimentel.
Hoje, apesar da idade, continua bem lúcida e fala com entusiasmo e muito saudosismo de sua infância em Barrocas. Sabendo da entrevista que D. Martila deu sobre o início de Barrocas, ela faz uma observação, dizendo que quando elas nasceram Barrocas já existia. Havia uma estação do trem, feita de madeira e coberta de zinco; já havia uma capelinha do lado esquerdo da linha no sentido de quem vinha de Serrinha Para Salgada (Salgadália); que já havia as “vendas” de João Afonso, de Antônio Queiroz, marido de Dasores e a de Pedrinho (Pedro Esmeraldo Pimentel); já havia a escola da profª. Alice - professora formada - da qual foi aluna. D. Pimentel se lembra da árvore onde se vendiam, em sua sombra, alguns objetos nos dias de sábado, como utensílios de barro cozido, frutas, doces, esteiras, chapéus, urupembas, vassouras e outros. Ela lembra que a árvore era um flamboyant plantado por Antônio Queiroz em frente à sua venda.

O senhor João Gonçalves Pereira Neto (foto)**, com 91 anos de idade, chama a atenção para o equívoco de que antes Barrocas era uma fazenda. Não. Não havia uma fazenda chamada Barrocas. Esse nome foi dado pela estrada de ferro ao ponto de parada do trem que, depois, se tornou estão. O território onde foi construída a estação e o abarracamento dos trabalhadores da ferrovia pertencia à Fazenda Espera, do senhor José Alves Campos. Como também fazia parte da Fazenda Espera todo o terreno onde é construída a atual igreja matriz, incluindo toda a Praça São João Batista até a estação, foi doado por José Alves Campos e sua esposa Felisberta à Paróquia de Serrinha para a construção da capela do Padroeiro.


João Neto também foi aluno da professora Alice.


Escreveu os livros BARROCAS, uma filha da estrada de ferro e BARROCAS, Origens, Fazendas, Pessoas, Política e fatos, além de sua autobiografia.
Comemorando o 12º aniversário da emancipação de Barrocas, é muito bom lembrar esses depoimentos das pessoas mais antigas, como também não esquecermos as pessoas que deram o mais que puderam de si para o surgimento, crescimento, desenvolvimento e liberdade desta terra. Não podemos esquecer nomes como João Afonso, os irmãos Antônio Alves Queiroz e Sinfrônio Alves Queiroz, Pedro Esmeraldo Pimentel, João Olegário de Queiroz, Joaquim Otaviano e tantos nomes que aparecem na história política de Barrocas, desde que era distrito de Serrinha, até chegar ao grupo Barrocas Livre até os cidadãos que hoje mantêm o mandato através do voto livre e democrático. Cada um com seus sonhos, suas ideologias, sua maneira de pensar diferente, mas todos com sincero e verdadeiro amor a este jovem município de Barrocas e no desejo de mantê-lo livre, soberano e próspero, com sua gente feliz e orgulhosa por esta terra.
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* D. Maria Pimentel reside em Alagoinhas - Ba, desde muitos anos. É viúva de Ediel de Assis Batista, que chegou em Barrocas como feitor de turma da estrada de ferro, em 1933.


** João Neto, natural de Barrocas (Fazenda Itapororoca), hoje reside em Salvador, mas está sempre visitando sua terra.

2 comentários:

  1. Oi. Meu nome É Luiz Lima Queiroz Junior, filho de Luiz Lima Queiroz e Neto de Sinfronio Queiroz Sobrinho, que nasceu em Barrocas. Gostaria de saber mais informações sobre a família Queiroz.

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  2. Sou Luiz Lima Queiroz Junior, Neto de Sinfronio Queiroz Sobrinho, de Barrocas. Informações sobre a Família Queiroz, luizlimajr2119@gmail.com

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