terça-feira, 29 de junho de 2010

PAVIMENTAÇÃO DAS RUAS DE BARROCAS

Na gestão de Horiosvaldo Bispo dos Santos como prefeito de Serrinha (07 /04/55 - 06/04/59), o senhor João Gonçalves Pereira Neto (já residindo em Barrocas, por ter deixado a profissão de telegrafista da Leste Brasileiro) ficou responsável pelo patrimônio da Prefeitura de Serrinha existente em Barrocas.

Logo após a posse do prefeito, houve um acordo entre João Neto e o prefeito eleito no sentido de fazer a pavimentação da atual Rua Maximiniano da Mota, partindo da atual casa “Para Todos” até a casa da esquina da Avenida João Afonso, junto à estação da estrada de ferro (naquela época comercializava ali o senhor Antônio Eloy, conhecido como Antônio de Bispo). As pedras do calçamento, extraídas da pedreira da Fazenda Santa Rosa, foram compradas ao senhor Genésio Boaventura.
Naquela ocasião, tudo acordado, o Prefeito comprou 10 sacos de cimento na casa de material de construção de Neném Gonzaga e deixou na estação da Leste em Serrinha, sendo o transporte dali até Barrocas, pago pelo senhor João Gonçalves Pereira Neto. Toda a mão-de-obra foi paga com a renda arrecadada pela Prefeitura. Quando faltavam uns vinte metros para o término da pavimentação, o Prefeito mandou parar a obra, dizendo que precisava do dinheiro. Na época, alertaram-no sobre o perigo e o prejuízo que poderiam ocorrer com a suspensão da obra e a vinda das chuvas de trovoada. Ele ficou insensível. Na primeira chuva, a enxurrada arrancou poste, abriu crateras, danificou o calçamento e interrompeu o trânsito na estrada de ferro. Diante desse fato, o senhor João Neto rompeu com o prefeito Horiosvaldo.
Assumindo a Prefeitura o Dr. Carlos de Freitas Mota, substituindo Horiosvaldo, e sendo eleito também vereador, representante de Barrocas, o senhor João Olegário, conseguiu-se pavimentar uma faixa de três metros de largura por 200 metros de comprimento, indo da Rua Antônio Queiroz, partindo do armazém do senhor Sinfrônio no sentido Noroeste.
O prefeito Carlos Mota e seus sucessores calçaram a Rua Antônio Pinheiro da Mota, até a atual Casa Havaí e, subindo pela lateral da Praça até próximo ao posto de gasolina; calçou também a Rua Professora Ana Gonçalves (Anita) até a Rua Maria das Dores; pavimentou as salas de aulas dos complexos Júlio Veríssimo e Gilca de Matos Nogueira.
João Olegário continuou o calçamento iniciado e interrompido pelos prefeitos anteriores de Serrinha; pavimentou a Rua Padre Demócrito até a casa residencial de Laerte, subindo para o lado Sul até encontrar a Rua Maria das Dores; colocou naquela rua o nome de Décio Teixeira (um telegrafista de Serrinha).

José Edilson, no primeiro mandato, calçou de 28 ruas com rede de esgoto na sede e reformou a Praça São João. No segundo mandato, construiu a Praça Jardim da Saudade e Praça Miguel Carneiro, duplicou e calçou a saída para Bandarrinha. José Almir continuou os calçamentos iniciados por Edilson, construiu a Praça João Ferreira da Mota, reformou a Rua Serrinha, fez a pavimentação asfáltica e duplicação da saída de Barrocas para Santa Rosa. E ainda não parou aí. Novas ruas e praças vão surgindo em Barrocas e o trabalho de pavimentação não para.

terça-feira, 22 de junho de 2010

ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM BARROCAS



Exemplo de lampião a gás usado na iluminação das ruas de Barocas nos primeiros tempos.

A primeira iluminação pública de Barrocas foi por meio de lampião a gás, instalados nas imediações da estação da estrada de ferro, sob os cuidados de Pedro Avelino de Queiroz (Pedrinho de Cândido). Tempos depois, a Leste Brasileiro instalou o sistema de luz de força motriz, com um motor localizado no armazém de carga da estação, abrangendo apenas uma pequena área. Quando João Olegário foi eleito vereador pela primeira vez e sendo prefeito de Serrinha o Dr. Carlos de Freitas Mota (07/04/59-06/04/63), foi inaugurado o conjunto de força motriz onde hoje está a Agência do Banco do Brasil S/A.
Em oito de outubro de 1967, foi inaugurada a rede elétrica de Paulo Afonso que já havia chegado a Teofilândia e de lá puxada para Barrocas. Isso foi conseguido através de uma verba destinada de Brasília para este fim. Teve papel importante para que a energia elétrica de Paulo Afonso chegasse a Barrocas, o senhor Francisco Ferreira Alves (Francisquinho). Ele, juntamente com o deputado Pedro Manso Cabral, foi a Brasília para uma audiência com o então presidente da república Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, amigo do pai de Francisquinho, para agilizar a vinda da energia. Com a energia elétrica de Paulo Afonso, Barrocas acelerou o seu progresso.


Quando José Edilson foi prefeito municipal de Barrocas, logo no primeiro mandato, recuperou a iluminação pública nas ruas e praças da sede e levou energia e elétrica a 37 localidades em parceria com a COELBA. Hoje há esta energia em todos os povoados e residências da zona rural.


Hoje a energia eletrica chegou aos povoados e á zona rural.

A minha geração foi criada até o início da adolescência com a luz do candeeiro (o fifó a querosene) e, à noite, para brincar de picula na rua, tinha que esperar a noites de lua crescente e cheia. Quando o rádio chegou à Barrocas, era alimentado à bateria de caminhão. Quando a bateria (acumulador) descarregava, tinha que ser levado a Serrinha para recarregar. Finalmente, Joaquim Otaviano Construiu no quintal de sua casa um catavento e acoplou um gerador para recarregar os acumuladores.
As gerações seguintes á nossa já foram as gerações da energia elétrica, do rádio a corrente elétrica; depois veio a geração da TV e, agora, está aí a geração da informática e da internet. Com alegria e felizes, nós da terceira idade, estamos aí competindo com os jovens no mundo virtual, graças à tecnologia e à energia elétrica.


terça-feira, 15 de junho de 2010

VEREADORES QUE REPRESENTARAM O DISTRITO DE BARROCAS NA CÂMARA MUNICIPAL DE SERRINHA

JOAQUIM OTAVIANO DE OLIVEIRA (4 mandatos):
De 14/03/48 a 30/01/51;
de 07/04/59 a 06/04/63;
de 07/04/67 a 31/01/71;
de 01/03/71 a 31/01/73.

JOÃO OLEGÁRIO DE QUEIROZ (7 mandatos):

De 7/04/59 a 06/04/63;
de 07/04/63 a 07/04/67;
de 07/04/67 a 31/01/71;
de 01/03/71 a 31/01/73;
de 01/02/73 a 31/01/77;
de 01/02/77 a 31/01/83;
de 01/02/83 ....



João Olegário (foto) renuncia antes de terminar o mandato para se candidatar a futuro prefeito de Barrocas e ganha a eleição.

***
JOSÉ EZEQUIEL DE BARROS (2 mandatos):

De 31/01/51 a 06/04/55;
de 07/04/55 a 05/05/59.

***
ROQUE AVELINO DE QUEIROZ (3 mandatos):
De 01/02/73 a 31/01/77;
de 01/02/77 a 31/01/83;
de 01/02/83 a 03/12/88.

Em nove de maio de 1985, Barrocas é emancipada. Nas eleições de 15 de novembro do mesmo ano, João Olegário de Queiroz é eleito prefeito municipal, tendo como vive, Josemir Araújo Lopes. A posse ocorre no dia primeiro de janeiro de 1986.

A Câmara de Vereadores foi composta por:

Abílio Cardoso de Oliveira
José Nário de Queiroz (Genário)
João Batista de Queiroz
João de Mata Queiroz
Joseval Ferreira Mota (Joanísio)
Justiniano de Jesus Mota
Luiz dos Santos Queiroz (Pimba)
Miguel Carvalho de Queiroz e
Moacyr Carvalho de Queiroz.
Em 31 de dezembro de 1988, Barrocas perde a condição de município e
volta a ser distrito de Serrinha até 30 de março de 2000, quando reconquista a sua indepêndencia.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

VIDA POLÍTICA DE BARROCAS ANTES DA EMANCIPAÇÃO

Barrocas antiga - Praça principal.

Com a eleição de João Barbosa de Oliveira para prefeito de Serrinha, com mandato de 14 de março de 1948 a 30 de janeiro de 1951, foi eleito como primeiro representante de Barrocas na Câmara Municipal, o senhor Joaquim Otaviano de Oliveira. No mandato do Dr. José Vilalva Ribeiro (Dr. Zezito) (31/01/51-06/04/55), foi eleito vereador representando Barrocas, o senhor José Ezequiel de Barros, oriundo de Sergipe, vindo como Agente da Leste Brasileiro para Barrocas.
Com a Lei Estadual nº 628 de 30 de dezembro de 1953, Barrocas passou à categoria de Distrito de Serrinha, continuando ser representada pelo senhor Barros. Nessa época, com o apoio do então Governador do Estado da Bahia, Dr. Luiz Regis Pereira Pacheco, foi construído o açude público que muitos benefícios trouxe à população.
Tentando eleição pelo Partido de Representação Popular (PRP) e partidos coligados o senhor Horiosvaldo Bispo dos Santos (Lourinho), com seu slogan “Um tostão contra o milhão”, conseguiu derrubar uma oligarquia de mais de 30 anos e teve como adversário o Coronel Nenezinho Carneiro e forças do Partido Social Democrático (PSD).
O primeiro mandato de Horiosvaldo foi de sete de abril de 1955 a cinco de abril de 1959. O senhor José Ezequiel de Barros, tendo tentado a reeleição de vereador, como representante de Barrocas pelo PSD, e o senhor João Gonçalves Pereira Neto como candidato pelo PRP, não foram eleitos. O senhor João Gonçalves Pereira Neto ficou na primeira suplência e Barrocas sem representação na Câmara.
No período de 07/04/1959 a 06/04/1963, foi eleito para prefeito de Serrinha o senhor Carlos de Freitas Mota e representando Barrocas na Câmara Municipal o senhor João Olegário de Queiroz (primeiro mandato) e Joaquim Otaviano de Oliveira (segundo mandato).
De 07/04/63 a 07/04/67, foi Prefeito o senhor Horiosvaldo Bispo dos Santos (segundo mandato) e representantes de Barrocas João Olegário de Queiroz (segundo mandato) e Joaquim Otaviano de Oliveira (terceiro mandato).
De 07/04/67 a 31/01/71, Carlos de Freitas Mota foi Prefeito de Serrinha e os representantes de Barrocas João Olegário (terceiro mandato) e Joaquim Otaviano (quarto mandato). Em sete de abril de 1969 a Câmara cassou o mandato do senhor Joaquim Otaviano por ter faltado a quatro sessões extraordinárias consecutivas no mês de março. A cassação foi fundamentada no item III, artigo 8º da Lei 201 de 27 de fevereiro de 1967 e também com base no Ato Institucional nº 05 de 13 de dezembro de 1968, e por não ter comparecido às solenidades comemorativas da Revolução de 31 de Março de 1964, na sessão do dia.
De 01/02/1971 a 31/01/1973 - Prefeito de Serrinha foi o senhor Aluízio Carneiro da Silva e representantes de Barrocas os vereadores João Olegário de Queiroz (quarto mandato) e Roque Avelino de Queiroz Filho (primeiro mandato).
De 01/02/1973 a 31/01/1977 - Prefeito de Serrinha o senhor Mariano de Oliveira Santana e representando Barrocas: João Olegário de Queiroz (quinto mandato) e Roque Avelino de Queiroz Filho (segundo mandato).
De 01/02/1977 a 31/01/1983 Prefeito Serrinha senhor Aluízio Carneiro da Silva, representantes de Barrocas: João Olegário (sexto mandato) e Roque Avelino (terceiro mandato)
De 01/02/1983 a 03/12/1988 - Prefeito de Serrinha Antônio Josevaldo da Silva Lima e representantes Barrocas: João Olegário (sétimo mandato) e Roque Avelino (quarto mandato).
Nesse período, João Olegário renunciou ao cargo de vereador de Serrinha para candidatar-se a prefeito de Barrocas. Ganhou a eleição em primeiro de novembro de 1985, tomando posse em primeiro de janeiro de 1986. Com a emancipação de Barrocas, o vereador Roque Avelino Queiroz deixou de ser representante do novo município e continuou na Câmara Municipal de Serrinha.
Em 31/12/1988, por ordem judicial, julgado o processo de anulação da elevação à categoria de cidade, Barrocas retornou a condição de Distrito de Serrinha, voltando a ser representada pelo vereador Roque Avelino de Queiroz. Com o falecimento de Eronilton Cosme Carneiro de Oliveira, assume o suplente Joseval Ferreira Mota.
De primeiro de janeiro de 1993 a 25 de julho de 1996, sendo prefeito de Serrinha o senhor Claudionor Ferreira da Silva, foram representantes de Barrocas os senhores Luís dos Santos Queiroz (Pimba), Roque de Avelino Queiroz (Roquinho), Joseval Ferreira Mota, Eronildes Avelino de Queiroz (Bimba) e José Edílson de Lima Ferreira.
(Conf. A Colonização Portuguesa numa Cidade do Sertão Baiano de Tasso Franco – Serrinha.
Conf.: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro de João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista – 2007.

domingo, 6 de junho de 2010

ORIGEM DO NOME DA CIDADE DE BARROCAS

Estação ainda com o nome primitivo: BARROCAS
Estação ferroviária de Barrocas hoje, transformada em centro cultural - 2007


Com a passagem da linha férrea, os fazendeiros de Serrinha que tinham suas fazendas próximo à plataforma de embarque de materiais, solicitaram a construção de um “ponto de parada” para embarque e de desembarque de passageiros e mercadorias. Foi então construída uma casa, tendo como base madeira sobre trilhos, com paredes de tábuas e teto de zinco.
Foram sugeridos alguns nomes para aquele ponto de parada que, em breve, seria um próspero povoado: Ibingatu, Ibiçoroca, Barrocas e outros. Dentre os nomes sugeridos, a Comissão das Estradas escolheu Barrocas - designativo de terras rasgadas feitas pelas enxurradas. E assim ficou sendo chamada. (Conf. documentos fornecidos pela Lesta Brasileiro).
Posteriormente, com o desvio de cruzamento de trens, foram designados agentes (funcionários responsáveis pelo ponto e que autorizavam as paradas, partidas e cruzamentos dos trens). Os agentes, de início, passaram a morar na referida casa de madeira coberta de zinco.
Em 1941, por determinação do então Diretor da VFFLB, Dr. Lauro Farani Pedreira de Freitas (engenheiro), foi enviada de Salvador para Barrocas uma empresa construtora da Capital que colocou, ao noroeste da estação, um vagão fechado, com portas laterais, para nele funcionassem os aparelhos de telégrafo.
O Agente (chefe da estação) passou a residir em casa alugada. A primitiva casa onde morava o agente foi demolida, sendo erguida em seu lugar a atual estação com o nome de Barrocas gravado na plataforma e no piso externo. A inauguração aconteceu em 13 de maio de 1943. Posteriormente o nome Barrocas foi substituído pelo nome de Agenor de Freitas, em homenagem a um membro da família do então Diretor da VFFLB, Dr. Lauro Farani Pedreira de Freitas. Essa denominação não foi aceita pela população que continuou chamando de Barrocas. Vindo a tornar-se município, conservou o nome primitivo.

sábado, 5 de junho de 2010

BARROCAS: A VIDA RELIGIOSA

Atual igreja matriz de Barrocas -Resultado da ampliação da igreja mais antiga
Praça São João Batista qdo barrocas ainda era um povoadoSegunda igreja construída em Barrocas - 1942


Desde a criação da Paróquia de Senhora Santana em Serrinha, a assistência religiosa tem sido uma constante em Barrocas:
Em 11 de maio de 1882 houve o casamento do senhor José Alves Campos com Felisberta Maria de Jesus, celebrado pelo Vigário de Raso (Araci) com licença do pároco de Serrinha, conforme consta na respectiva certidão de casamento de nº 335.
Em 11 de março de 1892, na matriz da cidade de Serrinha, realizou-se o casamento de Pedro Telles de Oliveira e Felisberta Maria de Jesus (viúva de José Alves Campos).
Em 1898 em uma Missão receberam em matrimônio José Ferreira de Oliveira e Guilhermina Maria de Jesus.
Em 28 de novembro de 1917, receberam-se em matrimônio Sinfrônio Alves de Queiroz e Maria Madalena de Jesus, tendo como celebrante o Padre Carlos Olympio Ribeiro.
Primeira capela
Em 1929, foi construída pelo senhor João Afonso uma capelinha no povoado de Barrocas, tendo como padroeiro São João Batista, santo de sua devoção. O terreno para construção foi doado verbalmente à Paróquia de Serrinha pelo próprio João. A capelinha ficava situada ao lado sudeste da Avenida João Afonso. Nela eram celebrados os atos religiosos pelos padres de Serrinha que vinham a Barrocas por ocasião da festa do Padroeiro e em outras festas religiosas; o pároco vinha celebrar missa, realizar casamentos, administrar o batismo e catequizar as crianças.

De quando em vez, havia a “desobriga” e santas missões pregadas pelos Frades Capuchinhos, vindos de Salvador. Nessas ocasiões eram celebradas as crismas. Ao padres e missionários ficavam hospedados na casa do senhor Antônio Queiroz. A população mais idosa de Barrocas ainda guarda a lembrança de Mons. Carlos Olympio, Pe. Carlinhos e Pe. Demócrito Mendes de Barros.

CONSTRUÇÃO DE UMA CAPELA MAIOR


O comércio de Barrocas foi desenvolvendo-se, a população aumentando, casas melhores foram sendo construídas, mas a capelinha lá estava, humilde, simples, já não comportava as pessoas que iam aos atos religiosos. A população precisava de um templo mais amplo para expressar sua fé e devoção.

Diante disso, sensibilizados, o senhor Pedro Telles de Oliveira e sua mulher D. Alberta Maria de Jesus doaram um terreno - com escritura pública datada de 24 de outubro de 1935 - para a construção de uma capela maior que oferecesse mais conforto aos fiéis. As dimensões do terreno eram de três tarefas de terra de comprimento por uma de largura, partindo do fundo da estação até onde foi construída a igreja.Também na escritura era doada meia tarefa de terra para a construção de um cemitério, visto que aquela área já estava sendo usada para sepultamentos. O local escolhido para a edificação da nova capela foi o mais apropriado possível, devido à sualocalização, na parte mais alta do povoado.

Algum tempo depois, iniciou-se a construção da igreja. Foi erguida toda de em pedra e cal, tendo como responsável e coordenador da construção o senhor Sinfrônio Alves de Queiroz, ajudado pelo senhor José Maximiniano da Mota. A construção foi feita em mutirão e o material transportado pelos carros de bois dos fazendeiros. Em março de 1942 foi concluída a construção da nova capela, conservando São João Batista como padroeiro.

Em qualquer vista panorâmica de Barrocas, lá está ela, a igreja, em destaque testemunhando a fé de seus habitantes e convidando a todos a elevarem seus pensamentos e corações às realidades divinas. E os mais devotos deixam escapar do peito uma saudação piedosa: “Deus vos salve Casa Santa, onde Deus fez a morada; onde morada o Cálice Bento e a Hóstia Consagrada”.

Com a construção da nova igreja, teve inicio a praça que hoje se chama Praça São João Batista. Com o passar do tempo, a antiga capelinha foi demolida. O terreno onde era edificada é ocupado hoje pela velha delegacia de polícia.


DE CAPELA A IGREJA MATRIZ

Em oito de dezembro de 1996, a capela de Barrocas passou a ser Igreja Matriz. Nessa data, o bispo diocesano de Feira de Santana, Dom Itamar Vian criou a Paróquia de São João Batista de Barrocas, desmembramdo-a da Paróquia de Serrinha. O padre Carlos Palácio Morale foi empossado como o primeiro administrador paroquial.

A Paróquia conta com três comunidades eclesiais no centro: Nossa Senhora Aparecida, Sagrado Coração de Jesus e São José Operário, e 21 no interior: Santa Rosa, Alagadiço, Alto Alegre, Boa

nião, Barras, Cedro, Curralinho, Jenipapo, Lagoa da Cruz, Lagoa Redonda, Ladeira, Minação, Milho Verde, Nova Brasília, Rosário, Sossego, Socovão, São Miguel, Tanque Bonito, Toco Preto, Baraúna do Rumo.


OUTRAS DENOMINAÇÕES RELIGIOSAS EM BARROCAS



A partir de 1980, começaram a surgir outras denominações religiosas em Barrocas. O senhor José Matins fundou a Igreja Batista; depois foram surgindo outras Igrejas Evangélicas, existindo hoje na cidade mais de uma dezena Igrejas Cristãs de diversas denominações e um Salão do Reino das Testemunhas de Jeová.

Conf.: BARROCAS, una filha da estrada de ferro - João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista - 2007.